Importância do congelamento de óvulos
As mulheres têm uma quantidade predeterminada de óvulos, e quando atingem uma certa idade, essa reserva ovariana reduz significativamente em número e qualidade.
5 coisas que você precisa saber sobre a Infertilidade Masculina
Falar sobre a capacidade de reprodução masculina ainda é um tabu. Por muitas vezes um diagnóstico de infertilidade é associado à falta de masculinidade. Por isso, não é raro que os homens evitem se submeter a exames, ao tratamento ou apenas pesquisar sobre o tema. Então, para ajudar a quebrar esse mito que vincula problemas de reprodução à pouca virilidade, preparamos um texto sobre algumas possíveis causas para essa condição.
Congelamento de tecido ovariano deixou de ser apenas experimental!
A medicina não para de avançar em relação às técnicas de reprodução assistida e preservação da fertilidade. O novo tratamento descoberto e ainda pouco conhecido é o congelamento de tecido ovariano.
Março Amarelo: Mês Mundial da Conscientização da Endometriose
Março é mês em que os olhos do mundo se voltam para a conscientização da endometriose. Essa doença, apesar de ainda ter origens obscuras, pode apresentar sintomas expressivos, como dor incapacitante e infertilidade.
Plano B: inseminação artificial para solteiras e mães solo
O seu maior sonho é ser mãe, contudo ainda não encontrou um parceiro para compartilhar essa responsabilidade? Você quer encarar o desafio de ser mãe solo? Então, saiba que a produção independente pode ser a melhor alternativa.
FSH: O que é e como age no ciclo menstrual
Quem não é da área, geralmente, sabe apenas que as mulheres menstruam uma vez por mês e, quando esse processo não acontece, é sinal de uma possível gravidez. Em linhas gerais, é realmente isso o que acontece, mas, ao esmiuçarmos esse fenômeno mensal, vemos que há muitos fatores envolvidos. E um deles está relacionado à produção de hormônios. Vamos conhecer melhor?
Gravidez com óvulos doados. Quem determina as características do bebê?
É comum ouvir no consultório médico a seguinte pergunta das pacientes quando o assunto é a recepção de óvulos doados: “O bebê terá alguma característica minha?”
Para responder a essa pergunta é preciso levar em consideração as condições genéticas, as condições epigenéticas, além da ativação ou desativação dos genes. Mas, em resumo, é possível dizer que, para garantir a compatibilidade com a receptora dos óvulos, as características físicas da doadora, tais como altura, peso, cor do cabelo, cor dos olhos e raça, são preservadas.
Isso porque o objetivo é que a doadora seja bastante parecida com a receptora. Para isso, o tipo sanguíneo também deve ser o mesmo, até para evitar dúvidas na cabeça da criança gerada, deixando a mãe livre para decidir contar ou não sobre a origem do óvulo usado na fertilização.
Mas o que mais determina as características do bebê?
Condições genéticas
Além do que mencionamos, é preciso entender que temos, em nosso código genético, popularmente conhecido como DNA, as características herdadas pelos nossos pais.
Contudo, você sabia que a semelhança entre todos os seres humanos é assustadora? Pois bem, saiba que aproximadamente 99,9% do DNA de todas as pessoas do mundo é igualzinho!
Mesmo assim, conseguimos ver as diferenças que ocorrem, principalmente, em famílias maiores, com muitos filhos. Nelas, existem irmãos que não são tão parecidos uns com os outros e que também se diferem dos seus pais.
Somando-se a isso, há, ainda, as características externas ao DNA, que são essenciais para a formação do novo bebê que está sendo gerado.
Condições epigenéticas
A palavra “epigenética” vem do grego epi = além de + genética, ou seja, o termo significa “além da genética”. Isso quer dizer que nós somos também resultado do meio em que vivemos.
Além disso, pesquisadores publicaram um conteúdo onde se comprovou que a receptora dos óvulos poderia mudar a genética do óvulo implantado, mesmo que ele tenha vindo de outra pessoa. Isso nos mostra que realmente existe uma ligação entre a grávida e o embrião.
Os estudiosos concluíram também que estruturas das células da grávida atuaram no epitélio endometrial, modificando esse tecido. Tais alterações foram transportadas para o líquido endometrial, que, por sua vez, foi modificado e recebido pelo embrião, alterando seu desenvolvimento. Essa comunicação é responsável pela maneira como os genes são ativados ou desativados no novo bebê.
Ativação ou desativação dos genes
Por fim, vale destacar que o útero da mulher atua na ativação ou desativação dos genes que levamos conosco. As características do bebê também levam em consideração o amor dispensado, o afeto, o tipo de alimentação da mãe, quais medicamentos foram usados, as condições às quais a grávida se submeteu, as emoções vividas etc.
Os genes que todo o embrião carrega, cuja definição se serão expressos ou não, iniciaram na formação dos gametas masculino e feminino, prosseguiram na fertilização e foram determinados em nossa gestação nas primeiras semanas de vida.
Podemos concluir, portanto, que a receptora determina como será o seu filho, não sendo passiva nesse processo.
Brasil lidera ranking em reprodução assistida entre os países latino-americanos
Sabemos que quando as dificuldades para engravidar batem à porta, o casal começa a procurar respostas e soluções para o problema. Esse processo envolve exames médicos e tratamentos específicos para cada situação, incluindo alternativas como a indução da ovulação ou métodos de reprodução assistida, que são cada vez mais comuns no Brasil.
Tão comuns que, segundo dados divulgados em 2019 pela Rede Latino-Americana de Reprodução Assistida (REDLARA), o nosso país lidera o ranking em reprodução assistida entre os países latino-americanos.
Brasil está no topo do ranking em reprodução assistida
É isso mesmo. Os dados mostram que o Brasil foi o país que mais realizou os procedimentos de fertilização in vitro (FIV), inseminação artificial e transferência de embriões em quase três décadas. Ao todo, foram 83 mil nenéns brasileiros que nasceram, em 25 anos, por meio de tratamentos de reprodução humana. O segundo lugar do ranking ficou com a Argentina, com 39.666 bebês nascidos, seguida pelo México, com 31.903.
O alto índice brasileiro evidencia que, além de sermos o país mais populoso da região, ainda detemos o maior número de centros de reprodução assistida, cerca de 40% do total.
Fertilização in vitro e inseminação artificial são os procedimentos mais realizados
O estudo também pontuou que a fertilização in vitro e a inseminação artificial estão entre as técnicas mais realizadas nos pacientes, correspondendo a 53% do total. A transferência de embriões corresponde a 32% dos procedimentos.
Mudança de perfil dos brasileiros
O levantamento notou certa mudança de postura dos brasileiros. Em 2000, por exemplo, as mulheres com idade inferior a 34 anos eram as responsáveis por realizar metade dos tratamentos. Porém, em 2016, o número caiu para 28%.
Na mesma época, o tratamento foi mais procurado pelas mulheres com idade superior a 40 anos. O índice, que era de 14,9%, conseguiu atingir, em 2016, 31%, mais do que o dobro.
E a tendência continua. É cada vez mais comum as clínicas de reprodução humana receberem mulheres mais maduras. Isso acontece devido a vários fatores, mas, principalmente, ao fato de elas adiarem a maternidade para priorizar a carreira. Na verdade, essa é uma realidade mundial e não somente do Brasil ou da América Latina.
Por fim, os médicos da área salientam os benefícios proporcionados pela reprodução assistida, mas não deixam de trazer à tona a relação entre fertilidade e idade, além da importância de otimizar a concepção natural.
O que as mulheres realmente precisam para serem saudáveis
Afinal, o que a mulher deve fazer para ser saudável? Com tantas orientações na mídia e a grande quantidade de informações falsas que circulam nas redes sociais, pode ser difícil para as mulheres entender quais medidas são realmente importantes para manter a saúde em dia.
Especialmente para quem planeja ter filhos no futuro ou já está tentando engravidar, cuidar da saúde é fundamental. Infelizmente, muitas mulheres não sabem que, a longo prazo, determinados hábitos podem acabar prejudicando sua função reprodutiva de maneira direta ou indireta.
De maneira geral, podemos dizer que quanto melhor a saúde de uma mulher, maiores são as chances de conseguir engravidar, naturalmente ou não.
Medidas importantes para preservar a saúde da mulher
Sabemos que, na internet, não faltam dicas simples para melhorar a saúde reprodutiva, a digestão, a respiração… mas a verdade é que para que a mulher seja saudável, o importante mesmo é adotar hábitos consistentes de autocuidado e ficar atenta aos momentos de realizar exames e procurar ajuda médica. Vamos explicar:
Alimentação saudável
“Você é o que você come” é uma frase que tem mesmo um pouco de verdade. Dietas ricas em ultraprocessados, gorduras e carboidratos simples estão associadas a uma série de doenças como diabetes, obesidade, hipertensão e até alguns tipos de câncer.
Para além de prejudicar a saúde como um todo, todas essas doenças podem dificultar as chances de gravidez e ainda aumentar os riscos de uma gestação de risco.
Vale ressaltar, também, que bebida alcoólica em excesso prejudica a saúde como um todo e pode causar alcoolismo. Cigarro, então, causa uma série de problemas, então é melhor não fumar!
Vida ativa
Além de ajudar a controlar o ganho de peso, a prática de atividade física regular contribui para a saúde como um todo. Todas as pessoas devem praticar exercício moderado pelo menos três vezes por semana para prevenir o desenvolvimento de câncer, melhorar o funcionamento cardiovascular e fortalecer a musculatura.
Tudo isso contribui para um envelhecimento com muito mais saúde.
Saúde mental
A saúde mental é tão importante quanto a saúde física e, infelizmente, estamos vivendo numa era em que diversos fatores contribuem para o desenvolvimento de depressão, ansiedade e outros transtornos.
Ter um estilo de vida saudável, controlar as horas de trabalho, uso de redes sociais e manter um círculo de apoio próximo são formas de evitar o desenvolvimento de depressão e ansiedade. Entretanto, nem sempre é possível prevenir esse tipo de transtorno. Por isso, é importante que a mulher fique atenta aos sintomas e procure ajuda. Alguns deles podem ser:
- Mente acelerada
- Palpitação cardíaca
- Desânimo constante
- Sensação de falta de propósito
- Medo irracional
- Mudanças súbitas de humor
- Ganho ou perda de peso rapidamente
- Mudanças na frequência de sono
Ainda existe muito estigma em torno de problemas de saúde mental, o que leva as pessoas a demorar muito para procurar ajuda especializada e iniciar o tratamento adequado. Para as mulheres, que são as mais afetadas por esses transtornos, isso pode significar muitos anos de sofrimento e sensação de isolamento da família e dos amigos.
Sexualidade e contraceptivos
A sexualidade é um aspecto muito importante da vida adulta e da saúde como um todo. Ela promove intimidade com o próprio corpo e com o(a) parceiro(a)!
Na nossa sociedade, a sexualidade feminina ainda é um tabu, motivo pelo qual muitas mulheres escondem suas dúvidas a respeito do assunto e algumas passam muitos anos sem sequer sentir prazer nas relações sexuais.
Para além disso, os métodos contraceptivos também são importantes para as mulheres que vão se relacionar com pessoas do sexo masculino. Afinal, o ideal é que a gravidez seja planejada para acontecer no melhor momento possível!
Hoje, existem uma série de métodos disponíveis na rede pública e particular de saúde, como a pílula anticoncepcional, preservativo feminino e masculino, implante, diafragma, injeção hormonal mensal e trimestral, DIU hormonal e o DIU não hormonal. Cada um deles tem vantagens e desvantagens e é importante que a mulher faça a sua escolha de maneira informada!
Lembrando, é claro, que o único método contraceptivo que previne contra IST’s (Infecções Sexualmente Transmissíveis) é a camisinha. Vale realizar testes regularmente e, é claro, procurar ajuda médica caso notar algo diferente na vulva ou vagina!
Rastreamento do câncer
O câncer de mama ainda é o tumor que mais acomete as mulheres, mas o câncer de colo do útero e o câncer colorretal ainda são comuns no sexo feminino. Todos esses tumores são rastreáveis por meio de exames periódicos que devem ser realizados a partir de determinada idade.
Algumas mulheres têm predisposição a desenvolver câncer. Se você tem casos de câncer de mama, intestino ou útero na família, é importante buscar acompanhamento médico para iniciar o rastreamento antes.
Vacinas em dia
Vacina não é só coisa de criança e adolescente! Mulheres adultas também devem ser vacinadas contra hepatite B, pneumonia, febre amarela, gripe, HPV, tríplice bacteriana e, agora, a vacina contra Covid-19 (já disponível para gestantes e puérperas).
Se você tem dúvidas se já tomou todas as vacinas importantes, leve seu cartão de vacinas até um posto de saúde para checar!
Seguindo essas orientações, a maioria das mulheres será capaz de levar uma vida saudável e preservar a fertilidade. A saúde é o nosso bem mais precioso, então tome as rédeas da sua vida e cuide do seu corpo, buscando ajuda médica sempre que for necessário!
Tudo sobre FIV em pacientes soropositivas
Cerca de 80% das pessoas soropositivas estão em idade reprodutiva. Com os avanços na expectativa de vida e qualidade de vida desses pacientes, cada vez mais mulheres HIV positivas desejam formar uma família biológica.
Cuidar de pacientes soropositivas que querem engravidar requer uma abordagem multidisciplinar que envolve, muitas vezes, a reprodução humana assistida, especialmente se o casal for sorodiscordante (uma das pessoas é soropositiva e a outra não).
Reprodução humana assistida em pacientes soropositivos
Vale ressaltar, também, que a população soropositiva possui maiores taxas de infertilidade em relação à população geral, fazendo dos tratamentos de fertilidade uma necessidade, em muitos casos.
Em casais sorodiscordantes em que o homem está infectado, a reprodução humana assistida é a melhor forma de prevenir a transmissão do vírus do HIV.
Depois de um processo que chamamos de lavado do espermático, é possível realizar tanto uma inseminação intrauterina quanto uma Fertilização In Vitro. A escolha entre esses métodos será feita de acordo com a avaliação de fertilidade do casal.
Já em casais sorodiscordantes em que a mulher é soropositiva, a gravidez é possível com inseminação intra-uterina ou fertilização in vitro, dependendo
Entretanto, se após seis ciclos de tentativa ou se a paciente tiver algum problema de fertilidade, é melhor procurar a reprodução humana assistida.
Impactos no sucesso da FIV em mulheres soropositivas
Nesse sentido, alguns fatores podem influenciar os resultados da FIV em pacientes soropositivas, como a idade da mulher, sua reserva ovariana, raça, Índice de Massa Corporal (IMC), tabagismo e doenças tubárias preexistentes.
Assim como para a população feminina em geral, a fertilidade de mulheres soropositivas começa a declinar por volta dos 30 anos, e o processo é significativamente acelerado em torno dos 35 anos.
Como consequência, a taxa de sucesso da FIV nessas pacientes pode ser menor, tanto pela diminuição da reserva ovariana quanto pela queda na qualidade dos óvulos.
Até o momento, não foi comprovado que a infecção HIV pode prejudicar a reserva ovariana feminina, mas existe a teoria de que a terapia antirretroviral pode ter uma influência.
Alguns efeitos colaterais dos medicamentos, como disfunção mitocondrial, alterações metabólicas e resistência à insulina podem ter influências nos processos ovulatórios.
Em relação à raça, muitos estudos encontraram diferenças nos índices de sucesso da reprodução humana assistida, com maiores taxas de infertilidade entre mulheres negras. Entre os problemas reportados, estavam problemas tubários, uterinos e maiores taxas de perda gestacional.
O sobrepeso e obesidade entre pessoas HIV positivas têm aumentado nos últimos 20 anos, o que pode estar relacionado ao aumento da expectativa e qualidade de vida.
Isso porque, com a adoção de uma vida cada vez mais normal, esses indivíduos tendem a acompanhar a tendência mundial da população em geral.
Muitos estudos demonstraram que o tabagismo é significativamente prevalente entre pessoas soropositivas, e muitas outras pesquisas mostraram que fumar traz consequências negativas para o tratamento de fertilidade e sucesso na fertilização, implantação e desenvolvimento da placenta.
Já as doenças tubárias são prevalentes entre mulheres soropositivas de acordo com diversos estudos, entretanto, muitos deles são datados anteriormente a tratamentos importantes durante a reprodução humana assistida. O histórico de doença inflamatória pélvica também precisa ser levado em conta.
Com todas essas questões envolvidas, ainda não é claro se pacientes soropositivas possuem mais dificuldades na FIV do que a população em geral.
Podemos afirmar o mesmo a respeito da estimulação ovariana, levando à conclusão de que cada paciente é única e as chances de sucesso devem ser avaliadas levando em conta os múltiplos fatores que podem impactar a reprodução humana assistida.
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