Problema na tireoide? Entenda o papel desta glândula na fertilidade
Uma em cada oito mulheres apresenta problemas na tireoide, e eles podem impactar significativamente a saúde feminina, inclusive a capacidade de engravidar e conduzir uma gestação saudável.
Isso ocorre porque a tireóide produz dois hormônios diferentes, a tiroxina (T4) e a triiodotironina (T3). O T4 é considerado um maestro do metabolismo, ou seja, diversos problemas podem aparecer quando seus níveis estão fora do que é considerado normal.
Como o processo de ovulação é complexo e necessita de um equilíbrio metabólico específico para acontecer normalmente e ser bem sucedido, alterações no funcionamento da tireoide podem sim acabar afetando seriamente a fertilidade da mulher.
Quando o T4 é produzido em excesso, temos um quadro de hipertireoidismo, o que acelera muito o metabolismo da paciente. Já quando os níveis desse hormônio caem, temos um quadro de hipotireoidismo, que faz com que o metabolismo fique muito mais lento.
Sem o tratamento adequado, ambas as condições podem acabar prejudicando a fertilidade da mulher
Problemas na tireoide têm impacto indireto na fertilidade
As gonadotrofinas, hormônios produzidos pela hipófise responsáveis pela ovulação, também interagem com o T4, de maneira que esse desequilíbrio na tireoide pode influenciar a ovulação e o seguimento da gravidez.
Como falamos, quem tem hipertireoidismo fica com o metabolismo muito acelerado, o que aumenta, também, a atividade dos ovários. Assim, o ciclo menstrual fica irregular e, portanto, a ovulação fica comprometida.
Isso diminui as chances da mulher engravidar, mas não impede a concepção. Esse é só mais um motivo para que essa gestação seja acompanhada pelo médico: as alterações metabólicas causadas pelos níveis inadequados de hormônios da tireoide e dos hormônios sexuais também podem colocar o feto em risco.
Já um quadro de hipotireoidismo pode fazer com que o óvulo seja liberado fora da fase adequada ou mesmo impedi-la completamente, causando anovulação. Sem a liberação do óvulo de seu folículo, a fecundação se torna impossível e a mulher não consegue engravidar.
Ainda que a mulher consiga ficar grávida com níveis baixos do hormônio T4, o hipotireoidismo aumenta os riscos de abortamento, mortalidade intrauterina, descolamento da placenta e nascimento prematuro.
Durante a gravidez, os hormônios da tireoide são fundamentais para a manutenção da gestação e, inclusive, parte do T4 é transferida para o feto por meio da placenta.
Diagnosticando problemas na tireoide
Mesmo trazendo consequências tão sérias para quem planeja ter filhos biológicos, os problemas na tireóide são bem simples de diagnosticar.
Um exame de sangue para rastreio dos níveis de TSH e se necessário , outros exames como anticorpos antitireoidianos, T3 e T4, são capazes de apontar se a paciente possui um quadro de hipertireoidismo ou hipotireoidismo, e, se for necessário, um ultrassom poderá ser realizado.
As doenças da tireoide costumam se manifestar mais comumente entre os 30 e 40 anos, faixa etária em que muitas mulheres procuram tratamentos de fertilidade porque tentaram engravidar sem sucesso.
Por isso, não é incomum que a reprodução assistida envolva o controle dos hormônios da tireoide nestes casos, para aumentar as chances de concepção e também garantir que a mãe e o bebê vão ter uma gestação saudável.
Inseminação artificial intracervical (IC) e inseminação artificial intrauterina (IU): Qual a diferença?
A inseminação artificial é um dos tratamentos de fertilidade mais simples, em que o esperma é aplicado diretamente na cavidade uterina ou excepcionalmente no colo do útero, dependendo do método utilizado, que pode ser a inseminação intrauterina ou intracervical.
Esse procedimento possibilita a concepção sem relação sexual e costuma ser um dos mais procurados por casais com problemas de fertilidade, já que resulta em poucos efeitos colaterais.
Além disso, ele pode ser feito, também, por mulheres interessadas em produção independente, utilizando o esperma de um doador.
Para quem a inseminação artificial é indicada
Para que a gravidez ocorra naturalmente, é necessário que o esperma faça o caminho do canal vaginal até as trompas, onde o óvulo será fertilizado.
Entretanto, algumas condições podem fazer com que o esperma do homem não tenha a mobilidade necessária para se deslocar pelo corpo feminino. Outra situação que dificulta a fecundação natural são alterações anatômicas no colo do útero, por exemplo. Disfunções no ciclo ovulatório também podem dificultar a fecundação.
Em casos como esses, a inseminação artificial poderá ser considerada otimizando as chances deencontro entre o óvulo e o espermatozóide.
Geralmente, esse método é indicado para mulheres com menos de 35 anos, que apresentem trompas pérvias e que a causa da infertilidade seja fator masculino leve, endometriose leve e infertilidade sem causa aparente; quando a reserva ovariana começa a ficar comprometida ou o tempo de infertilidade for superior a três anos , pode ser mais estratégico investir em métodos de reprodução assistida mais complexos, como a Fertilização in Vitro, por exemplo.
Inseminação intrauterina x Inseminação intracervical
Tanto a inseminação intrauterina quanto a inseminação intracervical funcionam como atalhos para o esperma.
Em ambas as técnicas, dependendo do grau de fertilidade da mulher, podemos realizar um ciclo de estimulação ovariana para garantir que um ou mais óvulos estejam maduros e disponíveis para a fecundação.
Na inseminação intracervical o sêmen do doador ou parceiro é aplicado no colo do útero utilizando uma seringa específica. Trata-se de uma região de transição entre a vagina e o interior desse órgão, de maneira que os espermatozóides ainda precisarão se deslocar pelo útero até as trompas para fecundar o óvulo. Era um procedimento mais utilizado no passado. Após ficar estabelecido pela literatura que a inseminação intrauterina apresenta melhores resultados do que a intracervical, esta foi perdendo espaço. Hoje em dia quando mencionamos inseminação estamos nos referindo à inseminação intra uterina Ger
Na inseminação intrauterina o sêmen é aplicadodiretamente dentro do útero e, para isso, o material precisa passar por um preparo especial.
Nesse processo, removemos proteínas e outros componentes que podem afetar a fertilização, o que torna o sêmen mais concentrado, aumentando as chances de fecundação.
Com um espéculo, o médico vai abrir o acesso ao útero e inserir um instrumento através da vagina até o interior do órgão, depositando o esperma. É um processo parecido com um teste de papanicolau.
, A mulher é orientada a aguardar alguns minutos antes de se levantar e, algumas semanas depois, poderá realizar um teste de gravidez e descobrir se o método foi bem sucedido.
Ou seja, as principais diferenças entre os dois métodos é que na inseminação intrauterina o deslocamento do sêmen é ainda menor do que na intracervical e esse material costuma passar por essa preparação especial. A IU é portanto mais eficaz qu e a IC.
Todos esses aspectos são explicados para a mulher ou o casal tentante quando procuram a reprodução assistida para que eles possam fazer a melhor escolha naquele momento e, caso a inseminação falhe, ainda podem investir em outros métodos.
De maneira geral, por ser um tratamento considerado simples, as taxas de sucesso da inseminação artificial são inferiores às de métodos mais complexos como a Fertilização In Vitro, por exemplo, motivo pelo qual muitas tentantes estão optando por realizar a FIV antes mesmo da inseminação.
Tudo que você precisa saber sobre o banco de doadores de esperma
O banco de doadores de esperma ou banco de sêmen é uma das alternativas que possibilitam a mulheres ou casais tentantes a realização do sonho de ter um bebê.
Geralmente, esse recurso é procurado por casais homossexuais femininos, mulheres solteiras em busca de produção independente e casais heterossexuais que enfrentam problemas de fertilidade masculina.
A doação de gametas ainda é vista com alguma desconfiança aqui no Brasil e, justamente por isso, precisamos abordar esse assunto com muita seriedade e riqueza de informações, para que aqueles que procuram a reprodução assistida possam tomar suas decisões de maneira segura.
O que é o banco de sêmen
O banco de sêmen é uma espécie de arquivo que reúne amostras do material biológico coletado de doadores voluntários. O sêmen, que contém milhões de espermatozóides, é armazenado em tanques de nitrogênio líquido a -196ºC e chegam a ter 30 anos de validade.
Esse banco reúne, também, diversos dados a respeito do doador, como seu histórico médico, familiar, cor dos olhos, da pele, cabelo, altura, peso, idade, profissão e outras informações. Assim, a mulher ou casal tentante consegue escolher o doador de acordo com seus próprios critérios.
Vale ressaltar, entretanto, que as doações são anônimas e voluntárias de acordo com a legislação brasileira e o Conselho Federal de Medicina.
Quem são os doadores de esperma
Os doadores de esperma são homens que decidem ir até o banco e se oferecerem para integrar o cadastro de voluntários. É necessário ter entre 18 e 50 anos, ser saudável e não pertencer a grupos de risco para doenças sexualmente transmissíveis.
Além disso, o doador também não pode ser portador de doenças genéticas ou ter patologias congênitas graves na família.
Com a decisão tomada, é necessário fazer uma série de testes, como espermograma e exames sorológicos para ter certeza de que o esperma é de boa qualidade e produzirá embriões saudáveis quando for utilizado.
A amostra fica, então, armazenada por um período para observação da janela de manifestação de determinadas doenças. Se estiver tudo certo, o homem entra de forma anônima para o cadastro de doadores.
Porque procurar o banco de doadores de esperma
O banco de esperma costuma ser procurado por mulheres que querem ser mães solo por meio da produção independente, ou seja, engravidar sozinhas sem a participação direta de um homem no processo.
Na maioria dos casos, são mulheres acima dos 35 anos que ainda não encontraram um parceiro para dividir a paternidade, mas que desejam engravidar assim que possível. Geralmente, a preocupação é com a viabilidade dos óvulos, que começa a ficar prejudicada a partir dessa idade.
Outra possibilidade são casais homoafetivos femininos que, sem a doação de esperma, não conseguiriam ter um bebê biológico. Além disso, a reprodução assistida possibilita que elas recorram à gravidez compartilhada, em que uma das mulheres doa o óvulo e a outra gera o bebê.
Casais heterossexuais em que o homem possui alterações graves no sêmen também podem se beneficiar da doação de esperma, realizando uma inseminação artificial intrauterina ou a Fertilização In Vitro com o esperma do doador.
Nos dois primeiros casos, a doação costuma ser encarada de maneira mais tranquila pelas pessoas envolvidas, mas ainda é um desafio, para muitos casais heterossexuais, receber uma doação de gametas.
Por isso, é muito importante que o casal tome essa decisão a partir de muito diálogo, se informando sempre com a equipe médica ou fontes confiáveis.
O sigilo envolvido no banco de doadores de esperma
Muitas pessoas se preocupam com o sigilo em relação à doação de gametas, mas o Conselho Federal de Medicina estabelece que a clínica que realiza o procedimento deve manter o sigilo em relação às identidades do doador e da família que recebeu a doação de esperma.
Ou seja, quando o homem doa seus gametas, não existe a possibilidade de reivindicar a paternidade do bebê gerado a partir do seu esperma.
Outra informação importante é que a clínica deve garantir que cada doador só produza duas gestações de crianças sexos diferentes em uma mesma região.
Entenda o exame que ajuda a avaliar a fertilidade feminina
Quando uma mulher ou um casal procura a reprodução assistida, fazemos uma série de exames para verificar qual o seu status de fertilidade. Um deles pode ser o exame anti-mulleriano, que avalia a reserva ovariana da tentante, ou seja, a quantidade de óvulos disponíveis para a fecundação.
Quando uma mulher ou um casal procura a reprodução assistida, fazemos uma série de exames para verificar qual o seu status de fertilidade. Um deles pode ser o exame anti-mulleriano, que avalia a reserva ovariana da tentante, ou seja, a quantidade de óvulos disponíveis para a fecundação.
O resultado desse teste, em associação com outros tipos de exame, poderá ajudar a determinar qual método de reprodução assistida vai oferecer as maiores chances da mulher engravidar.
Ao longo desse processo, ele também poderá ser utilizado para estimar a resposta do organismo aos tratamentos realizados, ajudando a dosar a medicação necessária para a estimulação ovariana, por exemplo.
Entendendo o exame e o hormônio anti-mulleriano
O hormônio anti-mulleriano (HAM) é uma glicoproteína produzida pelos folículos ovarianos, estruturas que armazenam os óvulos antes da maturação. Ele é responsável por regular o crescimento e o desenvolvimento dos folículos durante a vida reprodutiva da mulher, do nascimento à menopausa.
Na reprodução humana assistida, esse hormônio pode ser utilizado como um indicador da reserva ovariana feminina. Ao testarmos a quantidade de HAM no sangue da mulher, é possível prever a quantidade de óvulos disponíveis, para serem fecundados naturalmente ou por meio de algum tratamento específico.
A análise é realizada por meio de exame de sangue simples, sendo que as taxas podem variar entre < 0,16 ng/ml (baixa resposta) a > 4,0 ng/ml (alta resposta). Quanto maior a taxa de HAM, mais os folículos estão ativos e, portanto, maior a quantidade de gametas.
Uma das vantagens desse tipo de exame é que ele pode ser realizado em qualquer etapa do ciclo menstrual, sem sofrer alterações. Inclusive, o uso de anticoncepcional não afeta o resultado do exame anti-mulleriano.
Para quem o exame anti-mulleriano é indicado
De maneira geral, a análise do hormônio anti-mulleriano é indicado para mulheres que pretendem engravidar e, por algum motivo, podem apresentar uma reserva ovariana comprometida.
Veja só os principais casos de indicação dessa análise:
- Mulheres que estão passando por um tratamento de fertilidade;
- Mulheres com histórico de menopausa precoce na família ou que já entraram em falência ovariana prematura;
- Mulheres que pretendem preservar a fertilidade com congelamento de óvulos;
- Avaliação para dosagem de medicamento durante a estimulação ovariana no tratamento de fertilidade
Interpretando os resultados do exame anti-mulleriano
Ok Embora os resultados do exame anti-mulleriano não sejam decisivos a respeito da capacidade de uma mulher engravidar ou não com seus próprios óvulos, os valores de referência são uma boa ferramenta para ajudar a determinar os melhores métodos de reprodução assistida para a tentante em questão.
- HAM > 4,0 ng/ml: resposta muito alta;
- HAM entre 2,0 e 4,0 ng/ml: resposta alta;
- HAM entre 1,0 e 2,0 ng/ml: resposta média;
- HAM entre 0,16 e 1,0 ng/ml: resposta baixa;
- HAM < 0,16 ng/ml: resposta muito baixa;
Como falamos, quanto maior o índice do hormônio anti-mulleriano, maiores as chances da mulher engravidar em tratamento de reprodução assistida. Isso significa que aquelas com HAM acima de 4,0 ng/ml têm mais óvulos disponíveis, enquanto aquelas com HAM abaixo de 0,16 ng/ml têm estoque muito baixo ou esgotado.
Entretanto, ter uma reserva ovariana baixa ou mesmo nenhum óvulo disponível não significa que a mulher não possa realizar o sonho de ser mãe.
Para as que não estão mais ovulando, existe a opção de doação de gametas, em que a mulher recebe um óvulo e até mesmo um embrião de uma doadora anônima e realiza uma Fertilização In Vitro.
Aquelas que possuem poucos óvulos podem passar por um processo de estimulação ovariana, para que eles fiquem maduros e possam ser coletados para Fertilização in Vitro.
Quando a reserva ovariana é muito baixa, a FIV costuma ser o método mais indicado porque é mais complexo e tem maiores taxas de sucesso do que a inseminação artificial, por exemplo.
Quando uma mulher ou um casal procura a reprodução assistida, fazemos uma série de exames para verificar qual o seu status de fertilidade. Um deles pode ser o exame anti-mulleriano, que avalia a reserva ovariana da tentante, ou seja, a quantidade de óvulos disponíveis para a fecundação.
O resultado desse teste, em associação com outros tipos de exame, poderá ajudar a determinar qual método de reprodução assistida vai oferecer as maiores chances da mulher engravidar.
Ao longo desse processo, ele também poderá ser utilizado para estimar a resposta do organismo aos tratamentos realizados, ajudando a dosar a medicação necessária para a estimulação ovariana, por exemplo.
Entendendo o exame e o hormônio anti-mulleriano
O hormônio anti-mulleriano (HAM) é uma glicoproteína produzida pelos folículos ovarianos, estruturas que armazenam os óvulos antes da maturação. Ele é responsável por regular o crescimento e o desenvolvimento dos folículos durante a vida reprodutiva da mulher, do nascimento à menopausa.
Na reprodução humana assistida, esse hormônio pode ser utilizado como um indicador da reserva ovariana feminina. Ao testarmos a quantidade de HAM no sangue da mulher, é possível prever a quantidade de óvulos disponíveis, para serem fecundados naturalmente ou por meio de algum tratamento específico.
A análise é realizada por meio de exame de sangue simples, sendo que as taxas podem variar entre < 0,16 ng/ml (baixa resposta) a > 4,0 ng/ml (alta resposta). Quanto maior a taxa de HAM, mais os folículos estão ativos e, portanto, maior a quantidade de gametas.
Uma das vantagens desse tipo de exame é que ele pode ser realizado em qualquer etapa do ciclo menstrual, sem sofrer alterações. Inclusive, o uso de anticoncepcional não afeta o resultado do exame anti-mulleriano.
Para quem o exame anti-mulleriano é indicado
De maneira geral, a análise do hormônio anti-mulleriano é indicado para mulheres que pretendem engravidar e, por algum motivo, podem apresentar uma reserva ovariana comprometida.
Veja só os principais casos de indicação dessa análise:
- Mulheres que estão passando por um tratamento de fertilidade;
- Mulheres com histórico de menopausa precoce na família ou que já entraram em falência ovariana prematura;
- Mulheres que pretendem preservar a fertilidade com congelamento de óvulos;
- Avaliação para dosagem de medicamento durante a estimulação ovariana no tratamento de fertilidade
Interpretando os resultados do exame anti-mulleriano
Embora os resultados do exame anti-mulleriano não sejam decisivos a respeito da capacidade de uma mulher engravidar ou não com seus próprios óvulos, os valores de referência são uma boa ferramenta para ajudar a determinar os melhores métodos de reprodução assistida para a tentante em questão.
- HAM > 4,0 ng/ml: resposta muito alta;
- HAM entre 2,0 e 4,0 ng/ml: resposta alta;
- HAM entre 1,0 e 2,0 ng/ml: resposta média;
- HAM entre 0,16 e 1,0 ng/ml: resposta baixa;
- HAM < 0,16 ng/ml: resposta muito baixa;
Como falamos, quanto maior o índice do hormônio anti-mulleriano, maiores as chances da mulher engravidar em tratamento de reprodução assistida. Isso significa que aquelas com HAM acima de 4,0 ng/ml têm mais óvulos disponíveis, enquanto aquelas com HAM abaixo de 0,16 ng/ml têm estoque muito baixo ou esgotado.
Entretanto, ter uma reserva ovariana baixa ou mesmo nenhum óvulo disponível não significa que a mulher não possa realizar o sonho de ser mãe.
Para as que não estão mais ovulando, existe a opção de doação de gametas, em que a mulher recebe um óvulo e até mesmo um embrião de uma doadora anônima e realiza uma Fertilização In Vitro.
Aquelas que possuem poucos óvulos podem passar por um processo de estimulação ovariana, para que eles fiquem maduros e possam ser coletados para Fertilização in Vitro.
Quando a reserva ovariana é muito baixa, a FIV costuma ser o método mais indicado porque é mais complexo e tem maiores taxas de sucesso do que a inseminação artificial, por exemplo.
Anovulação: o que é, qual sua relação com a infertilidade e como tratar
Você tem ciclos menstruais irregulares ou mesmo parou de menstruar por muitos meses, sem estar grávida? Se sim, você pode estar experienciando um quadro de anovulação.
A cada ciclo menstrual, um folículo, estrutura nos ovários que armazena o óvulo, se rompe e libera o gameta para a fecundação.
Entretanto, algumas condições podem dificultar a liberação desse óvulo, o que impede o encontro com o espermatozóide e, consequentemente, impede a gravidez.
Esse distúrbio caracteriza a anovulação e afeta entre 6 a 15% das mulheres. Geralmente, a anovulação é causada pela Síndrome do Ovário Policístico (SOP), mas diversos outros problemas também podem levar à interrupção do processo ovulatório.
A boa notícia é que é possível induzir a ovulação por meio do tratamento médico, de acordo com a causa do problema. Isso possibilita que mulheres com anovulação voltem a liberar os gametas e tenham mais chances de engravidar.
Entendendo o ciclo menstrual
Geralmente, o ciclo menstrual tem a duração de 28 dias, sendo dividido entre três fases: a folicular, ovulatória e a lútea.
Cada fase prepara o corpo feminino para a etapa seguinte. Então, para engravidar naturalmente, é muito importante que elas se desenvolvam corretamente.
A fase folicular se caracteriza pelo recrutamento dos folículos que armazenam os óvulos, fazendo com que um deles aumente de tamanho e amadureça. Isso ocorre graças à atuação do hormônio FSH. Ela começa durante a menstruação.
Inclusive, os folículos recrutados secretam estradiol, hormônio responsável pelo espessamento do endométrio, camada que reveste o útero, preparando-o para receber o embrião.
Em torno do 14º dia do ciclo, se inicia a fase ovulatória, em que o hormônio luteinizante estimula o rompimento do folículo e a liberação do óvulo, que viaja pelas trompas para encontrar o espermatozóide.
Por fim, se inicia a fase lútea, em que o folículo, depois de liberar o óvulo, passa a produzir progesterona, hormônio que, juntamente do estradiol, espessa mais ainda o endométrio, oferecendo o suporte necessário para a gravidez.
Caso a fecundação não ocorra, o folículo, que assumiu a forma de um corpo lúteo, se desfaz, provocando uma queda nos hormônios estrogênio e progesterona, fazendo com que o endométrio descame das paredes uterinas e a mulher finalmente menstrue e o ciclo recomece.
Percebe como a fecundação só pode ocorrer se as outras etapas acontecerem corretamente? Se a mulher não menstruar ou o óvulo não amadurecer e, portanto, não for liberado, todo o ciclo é comprometido e as chances de engravidar caem significativamente.
Causas da anovulação
Geralmente, a anovulação é causada por irregularidades menstruais, com ciclos mais longos do que o normal, maior ou menor quantidade de fluxo menstrual ou até mesmo ausência de menstruação, chamada de amenorréia.
Esses problemas são causados por desequilíbrios hormonais, já que, como explicamos, são essas substâncias que provocam as alterações no sistema reprodutor feminino que levam à cada etapa do ciclo menstrual.
Muitas condições podem motivar esses desequilíbrios hormonais, mas a mais comum é a Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP), caracterizada justamente por alterações nos níveis hormonais que levam a uma série de sintomas como ciclos menstruais irregulares, presença de múltiplos cistos nos ovários, excesso de pelos faciais, acne e também dificuldades para engravidar.
Entretanto, outros fatores também podem contribuir para que o delicado equilíbrio hormonal necessário para um ciclo menstrual regular seja afetado, como estar com o peso abaixo ou acima do recomendado.
Problemas na hipófise, que secreta gonadotrofinas, e alterações na glândula da tireoide, tanto o hipotireoidismo e o hipertireoidismo também podem ser responsáveis pela anovulação, já que os hormônio tireoidianos também agem estimulando o desenvolvimento e amadurecimento dos folículos.
Por fim, a falência ovariana prematura (conhecida popularmente como menopausa precoce) também leva, naturalmente, à anovulação.
Tratamento para anovulação
O tratamento para a anovulação vai depender da causa do problema. Por exemplo, mulheres abaixo do peso podem iniciar um trabalho com nutricionista para restabelecer uma composição corporal saudável e ter um ciclo mais regular.
O mesmo vale para aquelas com excesso de peso, que vão buscar emagrecer para estabilizar os níveis hormonais e, consequentemente, o ciclo menstrual.
Entretanto, o principal tratamento, voltado para quem quer engravidar de imediato ou preservar a fertilidade, é a estimulação ovariana. Nesse procedimento, utilizamos medicamentos hormonais semelhantes aos naturais no início do ciclo menstrual, acompanhando o desenvolvimento por ultrassonografia.
Assim, vamos saber o momento ideal de administrar a última dose de medicamentos, que leva ao amadurecimento de mais de um óvulo e sua liberação dos folículos.
O que acontece depois vai depender do nível de fertilidade, planejamento e desejo de cada tentante. Quem quer engravidar imediatamente pode ter relações sexuais programadas, fazer inseminação intrauterina ou uma Fertilização In Vitro (FIV), sendo esta última o procedimento mais complexo.
Se a mulher quer apenas preservar a fertilidade para engravidar em outro momento, ela pode fazer a criopreservação dos óvulos, em que os gametas são congelados para serem utilizados em outro momento.
Análise genética do embrião na FIV: será que é pra você?
Quando uma mulher ou um casal inicia um processo de reprodução humana assistida, muitos esforços são empreendidos para que o objetivo de ter um filho seja alcançado.
Para algumas pessoas, a análise genética do embrião, exame que ajuda a identificar possíveis patologias genéticas, pode aumentar as chances de sucesso da Fertilização in Vitro porque possibilita realizar a implantação somente de embriões saudáveis.
O que é e como funciona a análise genética do embrião
Na FIV, depois que o óvulo é fecundado pelo espermatozóide, o embrião é cultivado em laboratório para se desenvolver até ser possível transferi-lo para o útero materno.
O processo de desenvolvimento de um embrião consiste numa série de divisões e diferenciações celulares, em que possíveis erros podem acarretar alterações cromossômicas causadoras de doenças que, em muitos casos, prejudicam o andamento da gestação.
Entre 5 a 6 dias depois da fecundação, o embrião atinge o estágio de blastocisto, no qual podemos realizar o Teste Genético Pré-Implantacional (PGT), por meio de uma biópsia.
As células embrionárias são retiradas e encaminhadas para análise genética, onde vão passar pelos testes PGT-A ou PGT-M. Em alguns casos, ambos podem ser realizados.
No primeiro, a técnica irá rastrear mais de 100 doenças genéticas, principalmente aquelas relacionadas a alterações no número de cromossomos, como síndromes de Down, Edwards, Turner e Patau, que estão, frequentemente, relacionadas à perda gestacional.
Já o PGT-M vai rastrear doenças hereditárias específicas, que acometem vários membros da mesma família e que possuem altas chances de serem transmitidas para os descendentes, como anemia falciforme, fibrose cística, neuropatias, entre outras.
Depois de avaliados, os embriões euplóides, ou seja, sem alterações genéticas, são selecionados para implantação no útero. Essa medida diminui o risco de abortos espontâneos por alterações cromossômicas, e ou doenças ligadas à má-formação genética.
Para quem a análise genética do embrião é indicada
Esse procedimento pode ser indicado para pessoas com mais chances de terem gametas de má qualidade, como mulheres acima dos 38 anos ou cujos parceiros têm idade avançada ou alterações seminais graves.
Casais que passaram por falhas repetidas de implantação na FIV ou perda gestacional recorrente também podem se beneficiar desse tipo de teste, bem como aqueles que possuem alterações genéticas que podem ser transmitidas para os filhos ou que passaram por falhas repetidas de implantação na FIV.
As vantagens e riscos da análise genética do embrião
As principais vantagens da análise genética do embrião são as menores chances de desenvolvimento de bebês com patologias ou doenças hereditárias por meio da transferência de embriões saudáveis. Assim, aumentamos as chances da gestão ser bem sucedida.
Além disso, muitas mulheres se sentem mais tranquilas ao saberem que escolheram um embrião saudável e que têm mais chances de ter uma gestação tranquila.
Por outro lado, o sequenciamento genético pode revelar que todo os embriões possuem patologias que impedem a transferência, o que seria, também, uma grande decepção. Além disso, o procedimento oferece riscos baixos de inviabilizar o embrião para implantação.
É também importante ressaltar que ainda existe a possibilidade do embrião desenvolver algum tipo de patologia após a transferência, ok?
Agora que você já entendeu melhor esses importantes aspectos a respeito da análise genética de embriões, você já consegue imaginar se ele é ou não indicado para você. De qualquer forma, fique tranquila: quando você começa o seu processo de reprodução assistida, nós do Centro de Reprodução Humana do Mater Dei vamos te fornecer todas as informações necessárias para que você realize o seu tratamento de fertilidade da melhor maneira possível, ok?
Como os cistos ovarianos impactam a fertilidade feminina
Estima-se que 25% das mulheres em idade fértil no Brasil apresentem cistos ovarianos, um crescimento benigno que, quando pequeno, não costuma provocar sintomas e até desaparece com o tempo. Entretanto, em alguns casos, os cistos podem sim causar alterações hormonais que dificultam a gravidez.
Tudo o que você precisa saber sobre gravidez solo
Nem sempre o sonho de se tornar mãe envolve um par: a gravidez por produção independente está se tornando cada vez mais comum entre mulheres que querem ser mães solo, ou seja, sem a participação de um parceiro ou parceira.
Chamamos, também, de produção independente os casos de mulheres que estão em relações homoafetivas e que querem engravidar, já que o procedimento, em si, é o mesmo. Entretanto, alguns aspectos psicossociais são diferentes, já que a realidade da mãe solo e do casal de mulheres que vão ter um bebê são distintas.
Tomando a decisão de ter uma gravidez solo
Independentemente do motivo, a legislação brasileira garante a qualquer mulher acima dos 18 anos o direito de procurar a reprodução assistida para engravidar sem um parceiro masculino.
Muitas tomam essa decisão mais cedo, mas é mais comum que mulheres por volta dos 40 anos, que ainda não encontraram alguém para formar uma família, tomem a decisão de fazê-lo de forma independente.
Geralmente, a preocupação é com a viabilidade dos óvulos, já que a reserva ovariana começa a declinar após os 30 anos, diminuindo as chances da mulher conseguir engravidar com seus próprios gametas.
Entretanto, a ausência de óvulos não impossibilita a gravidez, já que a tentante pode receber a doação tanto do sêmen quanto do óvulos.
O processo de produção independente
A primeira coisa a se levar em consideração quando uma mulher quer engravidar por produção independente é seu status de fertilidade. Afinal, isso irá determinar se será feita uma inseminação intrauterina ou uma Fertilização in Vitro.
Se a mulher tiver poucos ou nenhum problema de fertilidade, a inseminação poderá ser utilizada. Entretanto, se o caso for mais complexo, a FIV é mais indicada porque possui taxas de sucesso cada vez mais elevadas, principalmente para mulheres com baixa reserva ovariana. Para mulheres que receberem uma ovodoação, a FIV será a única opção viável.
Tomada essa decisão, é hora de buscar, no banco de sêmen, os gametas masculinos necessários para a fertilização. Vale ressaltar que a doação é feita de maneira altruísta e anônima. Ou seja, o homem não recebe nenhum tipo de quantia em dinheiro e o laboratório não pode revelar sua identidade à receptora, nem ele saber para quem seu material foi doado.
A tentante pode escolher algumas características do doador, como altura, peso, cor dos cabelos, dos olhos e da pele, seu tipo sanguíneo, profissão e hobbies. Assim, poderá optar por um doador com aparência física semelhante à sua ou não.
Com essas questões definidas, é hora de iniciar a preparação para o procedimento, seja ele a FIV ou a inseminação intrauterina. Geralmente, a mulher inicia uma medicação hormonal para induzir a ovulação.
Caso a inseminação seja o método escolhido, o sêmen será introduzido na cavidade uterina da mulher. Se a FIV for utilizada, os óvulos maduros são coletados, fecundados em laboratório e, depois que o embrião se desenvolver um pouco, ele é transferido para o útero.
Por fim, é hora de esperar o resultado positivo do teste de gravidez.
Lidando com a família e amigos como mãe solo
Lidar com opiniões alheias quando o assunto é fertilidade pode ser mesmo um desafio, já que na nossa sociedade ainda prevalece a visão de família formada por uma mulher, um homem e um bebê.
Entretanto, essa não é a única forma de se relacionar afetivas e muito menos de realizar o sonho da maternidade. Ressaltamos, mais uma vez, que tanto as mulheres em relações homoafetivas quanto as que querem se tornar mães solo têm esse direito protegido pela legislação brasileira.
Nenhuma mulher é menos mãe ou tem uma família pior por não ter uma outra pessoa no papel de mãe ou pai do seu filho. Algumas pessoas preferem manter essa escolha sigilosa, enquanto outras compartilham essa realidade com amigos e parentes.
Cada tentante deve decidir pelo que a deixará mais confortável, ok?
Se você quer saber mais sobre como a reprodução assistida ajuda mulheres diversas a realizar o sonho da maternidade, não deixe de nos acompanhar no Instagram ou Facebook.
O que é gravidez ectópica e quais os riscos de ela acontecer na FIV
Quando uma mulher se submete a um tratamento de fertilidade, muitos medos costumam surgir: medo de não conseguir engravidar, de ter uma perda gestacional ou alguma complicação durante a gravidez.
É muito importante que ao investir em tratamentos como a Fertilização In Vitro, por exemplo, a paciente esteja ciente das possíveis complicações associadas. Uma delas pode ser a gravidez ectópica, caracterizada pela implantação do embrião fora do útero.
Entenda o que é a gravidez ectópica
No processo de gravidez, tendo ela acontecido naturalmente ou por meio da reprodução humana assistida, o óvulo fertilizado se prende ao revestimento do útero para dar continuidade ao desenvolvimento do embrião.
Numa gravidez ectópica ao invés de o embrião se fixar no endométrio, ele acaba sendo implantado em algum lugar fora dele. Em 98% dos casos, o embrião se desenvolve em uma das trompas, estrutura semelhante a um tubo. Nos 2% restantes, a implantação ocorre em outros locais, como ovário, colo do útero ou na cavidade abdominal.
Uma gravidez ectópica é considerada, na grande maioria dos casos, sem futuro. Isso porque o embrião não consegue se desenvolver normalmente fora do útero e, à medida em que cresce, causa danos às estruturas que o rodeiam. Afinal, o útero está preparado para aumentar de tamanho, não as trompas.
Sem tratamento, esse tipo de gravidez pode colocar a vida da mulher em risco.
Os riscos de gravidez ectópica na FIV
Alguns fatores parecem aumentar as chances da mulher ter uma gravidez ectópica, como inflamações ou lesões na região pélvica e tubária, cirurgias no local, falha na ligadura de trompas, episódio prévio de gravidez ectópica e uso de DIU.
No caso das mulheres que realizam tratamentos de fertilidade como a Fertilização in Vitro, as chances dessa complicação acontecer são baixas ao redor de 1,7%.
Muitas pessoas pensam que a FIV pode impedir a gravidez ectópica porque o embrião é transferido cirurgicamente para o útero da mulher. Entretanto, esse embrião pode se deslocar até outra região e, se as trompas estiverem danificadas, pode ser mais difícil para ele voltar ao útero naturalmente, se implantando no local errado.
Tratamento da gravidez ectópica em mulheres com infertilidade
Infelizmente o tratamento para gravidez ectópica é a remoção do embrião e, dependendo do estágio da gravidez, de parte ou da totalidade da trompa onde ele se desenvolveu.
Como falamos, essa é uma gravidez que não só coloca a vida da mulher em risco como também impede que o feto se desenvolva adequadamente. Por isso o embrião deve ser removido com medicamentos que param o seu desenvolvimento ou numa cirurgia, geralmente realizada por via laparoscópica.
Outra questão é a preservação dos ovários durante a cirurgia, caso a mulher ainda tenha um estoque de óvulos viável para continuar o tratamento de infertilidade.
Quando iniciamos o processo de Fertilização in Vitro levamos em conta todos esses fatores e, inclusive, realizamos uma série de exames após a transferência de embriões para ter certeza de que ele se fixou no local apropriado.
O papel da tecnologia na reprodução humana do século XXI
A tecnologia se tornou uma grande aliada da reprodução humana, principalmente para as pessoas que têm problemas causadores de infertilidade. Essa história já não é tão jovem: o primeiro bebê fruto de um processo de Fertilização In Vitro nasceu em 1978 e, desde então, diversos outros conceitos e práticas passaram a fazer parte do universo da reprodução humana assistida.
A hiperestimulação ovariana, a criopreservação de embriões e gametas, testes genéticos pré-implantação e a injeção intracitoplasmática de espermatozóides são algumas das práticas que tornaram a reprodução humana assistida mais eficaz e viável para um número maior de pacientes, com o passar do tempo.
Até o momento, as tecnologias utilizadas na reprodução humana em nosso país são a Fertilização in Vitro (FIV), a injeção intracitoplasmática de espermatozóides (ICSI), eclosão assistida, a pesquisa genética de embriões e a criopreservação (congelamento) de óvulos, espermatozóides, embriões e tecidos ovarianos.
Algumas dessas técnicas podem ser utilizadas sozinhas ou em associação, com indicações diferentes e particulares para cada mulher ou casal tentante. Todas são regulamentadas pelo Conselho Federal de Medicina e, inclusive, nos últimos 25 anos, 83 mil bebês brasileiros nasceram por meio de tratamentos de reprodução assistida, fazendo do Brasil o líder no ranking latino-americano que mais realizaram esse tipo de procedimento.
A popularização dessas técnicas indica que a demanda por pessoas solteiras, casais hetero e homoafetivos, de diferentes idades e com questões diversas acerca da própria fertilidade é mesmo volumosa.
No período inicial da reprodução humana assistida, as técnicas eram voltadas para quadros médicos específicos e, com o tempo, essas tecnologias passaram a atender pessoas que desejam ter filhos, independentemente de achados clínicos ou patológicos. Na prática, isso significa que qualquer pessoa acima dos 18 anos que queira se tornar mãe ou pai pode procurar tratamentos de fertilidade que possibilitem a realização desse sonho, caso a gestação não possa ocorrer de maneira espontânea.
Depois de descobertas e técnicas tão expressivas nos últimos quarenta anos, sem dúvidas esse campo da medicina continuará a evoluir ao se deparar com novos dilemas médicos e necessidades dos pacientes. Atualmente, duas grandes tecnologias inovadoras parecem estar em andamento.
No The Lancet, foi descrito o caso de transplante do útero de uma doadora falecida em uma mulher sem o órgão, que foi capaz de completar a gestação de um bebê que, em 2020, completará quatro anos de idade.
Sem dúvidas caminhamos muito, mas ainda parece haver espaço para evoluir as tecnologias e possibilidades da reprodução assistida ainda neste século.