
6 medidas para colocar em prática antes de tentar engravidar
Mesmo quando problemas de fertilidade não estão envolvidos e a mulher está numa boa idade reprodutiva, tomar algumas medidas para favorecer uma gestação saudável é importante. Para aquelas que já passaram dos 32 anos ou já sabem que possuem alguma condição que possa dificultar a concepção ou tornar a gestação mais arriscada, isso é ainda mais necessário! Contamos quais são essas medidas no post de hoje do nosso blog.

A pandemia te fez adiar a gravidez? Considere congelar seus óvulos
Muita gente reconsiderou o seu planejamento familiar depois da pandemia. A sensação de incerteza, a insegurança econômica e o próprio medo de contrair coronavírus durante a gravidez fez com que muitas mulheres adiassem a gestação.
Mesmo com a vacinação em andamento, a sensação de insegurança ainda é grande para muitas mulheres, principalmente aquelas que não têm previsão de quando serão vacinadas.
Na verdade, a própria Sociedade Brasileira de Reprodução Humana sugeriu que mulheres com menos de 35 anos e com boa reserva ovariana adiem a gravidez, já que gestantes são consideradas grupos de risco para a doença.
Aquelas com mais de 35 anos ou com reserva ovariana reduzida podem tentar engravidar, mantendo o máximo de cuidado para não contrair a doença. Entretanto, caso não se sintam seguras para conceber durante a pandemia, a Sociedade recomendou esperar a vacinação que, felizmente, já está disponível para grávidas, ou considerar a possibilidade de congelamento de óvulos.
Afinal, esse método de preservação da fertilidade possibilita adiar a gravidez sem precisar se preocupar com a perda natural da reserva ovariana.
Como funciona o congelamento de óvulos
O congelamento de óvulos é uma técnica segura e altamente tecnológica em que, após um ciclo de estimulação ovariana, coletamos os gametas femininos maduros e iniciamos um processo de criopreservação.
Os óvulos recebem uma aplicação de nitrogênio líquido, congelando as amostras em até -196º C, que não danifica a estrutura dos óvulos e nem seu material genético.
Depois, quando a mulher quiser engravidar, o óvulo é descongelado e passa por uma Fertilização In Vitro, com o esperma do parceiro da mulher ou de um doador anônimo. Depois que o embrião se desenvolver em laboratório por alguns dias, ele poderá ser transferido para o útero.
O congelamento de óvulos tem prazo?
No momento, as grávidas e puérperas já estão recebendo a vacina contra a Covid-19, e muitas já deram à luz a bebês que já contam com anticorpos contra a doença. Entretanto, muitas mulheres seguem inseguras a respeito de engravidar nesse momento, principalmente aquelas que estão longe da família e que gostariam de contar com uma rede de apoio maior durante a gestação.
A boa notícia é que, em teoria, um óvulo pode continuar congelado por tempo indefinido, de maneira que a mulher não precisa se preocupar se, por algum motivo, não conseguir realizar a FIV logo depois do fim da pandemia de Covid-19.
Entretanto, precisamos ressaltar que não existem garantias de que a FIV será bem sucedida, e isso também vale quando o óvulo nunca foi congelado. É importante que a paciente tome a decisão de congelar os seus gametas de maneira informada, pesando os prós e contras desse tratamento.
Por outro lado, as chances de sucesso da FIV, na grande maioria dos casos, são maiores do que as de uma gravidez natural, lembrando que a qualidade do esperma utilizado também impacta o procedimento.
Para além de ajudar mulheres com problemas de fertilidade a realizar o sonho da maternidade, a reprodução assistida oferece a possibilidade de escolher ser mãe no melhor momento para cada pessoa. Uma vantagem que, sem dúvidas, se destaca em tempos de incerteza!
Se você tem alguma dúvida sobre o congelamento de óvulos, deixe aqui nos comentários! Será um prazer te ajudar!

O que as mulheres realmente precisam para serem saudáveis
Afinal, o que a mulher deve fazer para ser saudável? Com tantas orientações na mídia e a grande quantidade de informações falsas que circulam nas redes sociais, pode ser difícil para as mulheres entender quais medidas são realmente importantes para manter a saúde em dia.
Especialmente para quem planeja ter filhos no futuro ou já está tentando engravidar, cuidar da saúde é fundamental. Infelizmente, muitas mulheres não sabem que, a longo prazo, determinados hábitos podem acabar prejudicando sua função reprodutiva de maneira direta ou indireta.
De maneira geral, podemos dizer que quanto melhor a saúde de uma mulher, maiores são as chances de conseguir engravidar, naturalmente ou não.
Medidas importantes para preservar a saúde da mulher
Sabemos que, na internet, não faltam dicas simples para melhorar a saúde reprodutiva, a digestão, a respiração… mas a verdade é que para que a mulher seja saudável, o importante mesmo é adotar hábitos consistentes de autocuidado e ficar atenta aos momentos de realizar exames e procurar ajuda médica. Vamos explicar:
Alimentação saudável
“Você é o que você come” é uma frase que tem mesmo um pouco de verdade. Dietas ricas em ultraprocessados, gorduras e carboidratos simples estão associadas a uma série de doenças como diabetes, obesidade, hipertensão e até alguns tipos de câncer.
Para além de prejudicar a saúde como um todo, todas essas doenças podem dificultar as chances de gravidez e ainda aumentar os riscos de uma gestação de risco.
Vale ressaltar, também, que bebida alcoólica em excesso prejudica a saúde como um todo e pode causar alcoolismo. Cigarro, então, causa uma série de problemas, então é melhor não fumar!
Vida ativa
Além de ajudar a controlar o ganho de peso, a prática de atividade física regular contribui para a saúde como um todo. Todas as pessoas devem praticar exercício moderado pelo menos três vezes por semana para prevenir o desenvolvimento de câncer, melhorar o funcionamento cardiovascular e fortalecer a musculatura.
Tudo isso contribui para um envelhecimento com muito mais saúde.
Saúde mental
A saúde mental é tão importante quanto a saúde física e, infelizmente, estamos vivendo numa era em que diversos fatores contribuem para o desenvolvimento de depressão, ansiedade e outros transtornos.
Ter um estilo de vida saudável, controlar as horas de trabalho, uso de redes sociais e manter um círculo de apoio próximo são formas de evitar o desenvolvimento de depressão e ansiedade. Entretanto, nem sempre é possível prevenir esse tipo de transtorno. Por isso, é importante que a mulher fique atenta aos sintomas e procure ajuda. Alguns deles podem ser:
- Mente acelerada
- Palpitação cardíaca
- Desânimo constante
- Sensação de falta de propósito
- Medo irracional
- Mudanças súbitas de humor
- Ganho ou perda de peso rapidamente
- Mudanças na frequência de sono
Ainda existe muito estigma em torno de problemas de saúde mental, o que leva as pessoas a demorar muito para procurar ajuda especializada e iniciar o tratamento adequado. Para as mulheres, que são as mais afetadas por esses transtornos, isso pode significar muitos anos de sofrimento e sensação de isolamento da família e dos amigos.
Sexualidade e contraceptivos
A sexualidade é um aspecto muito importante da vida adulta e da saúde como um todo. Ela promove intimidade com o próprio corpo e com o(a) parceiro(a)!
Na nossa sociedade, a sexualidade feminina ainda é um tabu, motivo pelo qual muitas mulheres escondem suas dúvidas a respeito do assunto e algumas passam muitos anos sem sequer sentir prazer nas relações sexuais.
Para além disso, os métodos contraceptivos também são importantes para as mulheres que vão se relacionar com pessoas do sexo masculino. Afinal, o ideal é que a gravidez seja planejada para acontecer no melhor momento possível!
Hoje, existem uma série de métodos disponíveis na rede pública e particular de saúde, como a pílula anticoncepcional, preservativo feminino e masculino, implante, diafragma, injeção hormonal mensal e trimestral, DIU hormonal e o DIU não hormonal. Cada um deles tem vantagens e desvantagens e é importante que a mulher faça a sua escolha de maneira informada!
Lembrando, é claro, que o único método contraceptivo que previne contra IST’s (Infecções Sexualmente Transmissíveis) é a camisinha. Vale realizar testes regularmente e, é claro, procurar ajuda médica caso notar algo diferente na vulva ou vagina!
Rastreamento do câncer
O câncer de mama ainda é o tumor que mais acomete as mulheres, mas o câncer de colo do útero e o câncer colorretal ainda são comuns no sexo feminino. Todos esses tumores são rastreáveis por meio de exames periódicos que devem ser realizados a partir de determinada idade.
Algumas mulheres têm predisposição a desenvolver câncer. Se você tem casos de câncer de mama, intestino ou útero na família, é importante buscar acompanhamento médico para iniciar o rastreamento antes.
Vacinas em dia
Vacina não é só coisa de criança e adolescente! Mulheres adultas também devem ser vacinadas contra hepatite B, pneumonia, febre amarela, gripe, HPV, tríplice bacteriana e, agora, a vacina contra Covid-19 (já disponível para gestantes e puérperas).
Se você tem dúvidas se já tomou todas as vacinas importantes, leve seu cartão de vacinas até um posto de saúde para checar!
Seguindo essas orientações, a maioria das mulheres será capaz de levar uma vida saudável e preservar a fertilidade. A saúde é o nosso bem mais precioso, então tome as rédeas da sua vida e cuide do seu corpo, buscando ajuda médica sempre que for necessário!

O que esperar da primeira consulta com especialista em infertilidade
O momento de procurar um especialista em infertilidade é sempre muito importante na jornada da tentante. Geralmente, ela toma essa decisão depois de receber um diagnóstico de problema ginecológico causador de infertilidade ou depois de tentar engravidar por seis meses a um ano (dependendo da sua idade) sem obter sucesso.
Depois de marcar a consulta, a ansiedade começa a aparecer. A mulher fica receosa a respeito do que será discutido e com medo de descobrir que suas chances de engravidar são baixas.
Infelizmente, também não são poucos os casos de mulheres que são desencorajadas por outros médicos a conceber filhos biológicos, fazendo com que a procura de um especialista já comece sem muita esperança. Mas não precisa ser assim! Somente uma investigação profunda pode dizer realmente quais são as chances de engravidar.
Por isso, hoje vamos contar como costuma ser essa primeira consulta com o especialista em infertilidade, para que a tentante possa se preparar adequadamente. Vamos explicar qual o melhor momento de procurar esse profissional, perguntas que ele poderá fazer à paciente, exames a serem solicitados e questionamentos importantes que a mulher deve fazer.
A hora de procurar o especialista em infertilidade
Se a mulher tem mais de 35 anos e quer engravidar, recomendamos procurar um especialista em infertilidade, especialmente se ela já estiver tentando conceber há seis meses sem sucesso. Após essa idade a reserva ovariana começa a ficar comprometida, e pode ser necessário fazer uma avaliação para encontrar estratégias que facilitem a concepção.
Se a mulher tem menos de 35 anos e está tentando engravidar há mais de um ano, sem sucesso, também é importante procurar o especialista em infertilidade, já que esse pode ser um indicativo de que alguma doença, desequilíbrio hormonal ou anomalia no sistema reprodutor pode estar prejudicando as chances de gravidez. Vale ressaltar, entretanto, que em muitos casos o problema de infertilidade está no parceiro.
E, por fim, casos de perda gestacional (aborto) de repetição também devem ser investigados por especialistas em infertilidade.
O que será discutido na primeira consulta com o especialista em infertilidade
Esse primeiro momento é importante para que o médico possa conhecer você e a sua história, estabelecendo uma relação de confiança. Ele irá levantar informações a respeito do seu caso e conhecer o seu histórico de saúde, para só então traçar um planejamento específico.
Algumas perguntas que o especialista em fertilidade pode fazer são:
- Há quanto tempo você está tentando engravidar?
- Há quanto tempo suspendeu o uso de métodos anticoncepcionais?
- Qual a frequência de relações sexuais do casal?
- Você já teve filhos?
- Você já sofreu um aborto?
- Já realizou algum tipo de cirurgia pélvica?
- Há histórico de IST (Infecção Sexualmente Transmissível)?
- Tem alguma doença crônica?
- É fumante?
- Com que frequência consome bebida alcóolica?
- Faz uso de drogas ilícitas?
- Faz uso de medicamentos?
- Você possui histórico familiar de infertilidade?
- Já fez algum tipo de tratamento de fertilidade?
Agora que você já sabe quais perguntas serão feitas, é mais fácil se preparar para saber respondê-las com segurança. Lembre-se que responder com honestidade é fundamental!
O médico também poderá solicitar tanto exames de imagem quanto laboratoriais, para avaliar a anatomia do sistema reprodutor, os níveis hormonais da mulher, sua reserva ovariana estimada e, se for o caso, exames genéticos para identificar possíveis síndromes causadoras de abortamentos. Temos um post bem completo sobre esses exames aqui no nosso blog!
Se o parceiro também estiver presente na consulta, ele também poderá ser encaminhado para a realização de espermograma, exame que mede a qualidade do esperma. Dependendo do caso, outros exames adicionais também poderão ser solicitados. Mesmo que ele não vá à consulta, a avaliação da presença de algum fator masculino causador de infertilidade é indispensável e deve ser sempre solicitada.
A primeira consulta com o especialista em infertilidade é uma grande oportunidade de tirar as suas dúvidas, especialmente aquelas que você tem vergonha de fazer para outras pessoas. Se necessário, anote todas as suas perguntas num papel e leve com você para a consulta.
Esse profissional está preparado para lidar com questões muito íntimas, por isso não deixe que o constrangimento te faça sair do consultório com dúvidas!
Se você tem uma amiga que também está procurando o tratamento de infertilidade, envie esse post para ela. Consultar o especialista é o primeiro passo para realizar o seu sonho!

Tudo sobre FIV em pacientes soropositivas
Cerca de 80% das pessoas soropositivas estão em idade reprodutiva. Com os avanços na expectativa de vida e qualidade de vida desses pacientes, cada vez mais mulheres HIV positivas desejam formar uma família biológica.
Cuidar de pacientes soropositivas que querem engravidar requer uma abordagem multidisciplinar que envolve, muitas vezes, a reprodução humana assistida, especialmente se o casal for sorodiscordante (uma das pessoas é soropositiva e a outra não).
Reprodução humana assistida em pacientes soropositivos
Vale ressaltar, também, que a população soropositiva possui maiores taxas de infertilidade em relação à população geral, fazendo dos tratamentos de fertilidade uma necessidade, em muitos casos.
Em casais sorodiscordantes em que o homem está infectado, a reprodução humana assistida é a melhor forma de prevenir a transmissão do vírus do HIV.
Depois de um processo que chamamos de lavado do espermático, é possível realizar tanto uma inseminação intrauterina quanto uma Fertilização In Vitro. A escolha entre esses métodos será feita de acordo com a avaliação de fertilidade do casal.
Já em casais sorodiscordantes em que a mulher é soropositiva, a gravidez é possível com inseminação intra-uterina ou fertilização in vitro, dependendo
Entretanto, se após seis ciclos de tentativa ou se a paciente tiver algum problema de fertilidade, é melhor procurar a reprodução humana assistida.
Impactos no sucesso da FIV em mulheres soropositivas
Nesse sentido, alguns fatores podem influenciar os resultados da FIV em pacientes soropositivas, como a idade da mulher, sua reserva ovariana, raça, Índice de Massa Corporal (IMC), tabagismo e doenças tubárias preexistentes.
Assim como para a população feminina em geral, a fertilidade de mulheres soropositivas começa a declinar por volta dos 30 anos, e o processo é significativamente acelerado em torno dos 35 anos.
Como consequência, a taxa de sucesso da FIV nessas pacientes pode ser menor, tanto pela diminuição da reserva ovariana quanto pela queda na qualidade dos óvulos.
Até o momento, não foi comprovado que a infecção HIV pode prejudicar a reserva ovariana feminina, mas existe a teoria de que a terapia antirretroviral pode ter uma influência.
Alguns efeitos colaterais dos medicamentos, como disfunção mitocondrial, alterações metabólicas e resistência à insulina podem ter influências nos processos ovulatórios.
Em relação à raça, muitos estudos encontraram diferenças nos índices de sucesso da reprodução humana assistida, com maiores taxas de infertilidade entre mulheres negras. Entre os problemas reportados, estavam problemas tubários, uterinos e maiores taxas de perda gestacional.
O sobrepeso e obesidade entre pessoas HIV positivas têm aumentado nos últimos 20 anos, o que pode estar relacionado ao aumento da expectativa e qualidade de vida.
Isso porque, com a adoção de uma vida cada vez mais normal, esses indivíduos tendem a acompanhar a tendência mundial da população em geral.
Muitos estudos demonstraram que o tabagismo é significativamente prevalente entre pessoas soropositivas, e muitas outras pesquisas mostraram que fumar traz consequências negativas para o tratamento de fertilidade e sucesso na fertilização, implantação e desenvolvimento da placenta.
Já as doenças tubárias são prevalentes entre mulheres soropositivas de acordo com diversos estudos, entretanto, muitos deles são datados anteriormente a tratamentos importantes durante a reprodução humana assistida. O histórico de doença inflamatória pélvica também precisa ser levado em conta.
Com todas essas questões envolvidas, ainda não é claro se pacientes soropositivas possuem mais dificuldades na FIV do que a população em geral.
Podemos afirmar o mesmo a respeito da estimulação ovariana, levando à conclusão de que cada paciente é única e as chances de sucesso devem ser avaliadas levando em conta os múltiplos fatores que podem impactar a reprodução humana assistida.
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Como é viver com a endometriose?
Estima-se que mais de 70 milhões de mulheres no mundo todo sejam portadoras de endometriose. Essa doença se caracteriza pela presença de tecido endometrial fora do útero, o que pode causar sintomas muito dolorosos e outros problemas como dificuldade de engravidar.
Infelizmente, a endometriose não tem cura garantida. Algumas medidas podem atenuar os sintomas e, em alguns casos, uma cirurgia laparoscópica pode ser uma aliada. Entretanto, nem mesmo essa intervenção cirúrgica impede que o tecido endometrial continue a se desenvolver fora da cavidade uterina.
Por esse motivo, as portadoras de endometriose não têm outra opção além de conviver com a doença, que pode ser leve, moderada ou severa, com variação nos sintomas que não necessariamente correspondem à gravidade da doença. Alguns deles são:
- Dor intensa na região pélvica, especialmente durante a menstruação
- Sangramento excessivo durante a menstruação
- Dor ao urinar ou defecar
- Diarreia ou prisão de ventre
- Dispareunia ou dor na relação sexual
- Dificuldade para engravidar mesmo em idade reprodutiva
Cada mulher irá experienciar a endometriose de uma maneira, e conhecer a história de algumas delas pode ajudar a entender melhor a doença.
Convivendo com a dor da endometriose
Para Alice, uma das embaixadoras da entidade Endometriosis UK, fortes dores ginecológicas apareceram um ano antes da sua primeira menstruação, quando o desconforto piorou. As dores eram diárias e ela precisava ir ao hospital receber medicação intravenosa a cada menstruação e período ovulatório.
A dor, somada à fadiga (consequência da anemia causada pela perda excessiva de sangue) prejudicou a sua qualidade de vida na adolescência e ela só conseguiu o seu diagnóstico de endometriose depois de passar por uma laparoscopia exploratória.
Alice se sentiu aliviada depois do diagnóstico, já que temia sofrer de “dores sem causa” e que, portanto, não poderiam ser manejadas. Ela iniciou um tratamento para induzir uma menopausa artificial que pode ser revertida futuramente, o que melhorou muito sua qualidade de vida.
Depois de lidar com dores diárias por quase três anos, Lyndsey aprendeu técnicas e estratégias para ajudar a manejar a dor, além de praticar exercícios leves e alongamentos.
Mudar o ritmo de vida, a dieta e reduzir o estresse tiveram um efeito positivo na sua recuperação e, agora, ela já é capaz de passar mais tempo com a família e os amigos, bem como fazer planos.
Outra medida que ajudou Lyndsey a enfrentar os impactos psicológicos e emocionais da endometriose foi conhecer outras mulheres em situação parecida. Assim, ela se mantém positiva e ao mesmo tempo aceita que a dor fará parte da sua vida.
Convivendo com a infertilidade causada pela endometriose
A Fernanda havia tratado a Síndrome do Ovário Policístico na adolescência e acreditava que seus sintomas de dor e sangramentos que reapareceram depois de anos de casada eram causados pelo retorno do problema. Enquanto isso, ela e o marido tinham dificuldade de realizar o grande sonho de ter um bebê, passando por muitos alarmes falsos e testes negativos.
Depois de muito desconforto com a hemorragias, Fernanda descobriu a endometriose por uma histeroscopia e histerossalpingografia. Infelizmente, a médica que a diagnosticou disse que ela tinha pouquíssimas chances de gerar um filho, o que foi desolador.
Por conta própria, Fernanda pesquisou sobre a Fertilização In Vitro (FIV) e chegou a marcar a primeira consulta. Como de costume, a clínica solicitou um teste Beta HCG para confirmar que a mulher não está grávida antes de iniciar o tratamento hormonal e ela se surpreendeu com um resultado positivo, depois de anos tentando engravidar.
Durante a cesariana, o médico removeu alguns dos focos de endometriose e iniciou um tratamento que visava preservar seu aparelho reprodutor ao máximo para conseguir engravidar novamente. Depois de um ciclo indutor de ovulação, Fernanda ficou grávida do seu segundo filho.
Krishna também sempre teve cólicas e dores de cabeça fortíssimas no período menstrual, mas só foi se preocupar mesmo com o assunto quando se casou e interrompeu o uso de anticoncepcional, para tentar engravidar. Esperou os doze meses recomendados pelos médicos e nada de ter sucesso. Então, fez novos exames e continuou as tentativas. Ainda assim, o positivo não veio.
Depois de ver na televisão algo sobre ressonância da pelve, pediu ao médico para realizar o exame e, finalmente, teve o diagnóstico: endometriose grau IV. Ela foi encaminhada para cirurgia laparoscópica para eliminar os focos da doença e tentar aumentar as chances de engravidar. Porém, mesmo depois de oito meses de tentativas, nada.
O especialista recomendou a FIV para Krishna e ela passou por muitas tentativas frustradas e troca de medicações até finalmente engravidar de gêmeos, mas teve perda gestacional com 8 semanas. No ano seguinte, tentou mais uma transferência de embriões e mais uma vez ela ficou grávida de gêmeos.
Desta vez, ela perdeu um dos embriões, mas o outro deu certo e já é um bebê saudável. Agora, ela está na fila da adoção para ter mais um filho.
Cada paciente é única!
Essas histórias são de mulheres reais que compartilharam suas experiências com a endometriose no intuito de ajudar outras pessoas que estejam passando pelo mesmo. Frequentemente, a doença pode fazer com que a mulher se sinta isolada e incompreendida, mesmo porque são muitos os casos em que o diagnóstico pode demorar anos para ser conclusivo!
Por fim, nem todas as pacientes lidam com esses problemas. Muitas mulheres não sentem dor mesmo com endometriose, mas enfrentam dificuldades para engravidar. Além disso, nem todas as portadoras de endometriose também lidam com a infertilidade. Cada paciente é única!
Se você tem endometriose ou conhece alguém que precisa conhecer histórias como essas, compartilhe esse texto!
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Você não está sozinha: vamos conversar sobre os impactos da infertilidade?
Lidar com a infertilidade traz grandes impactos emocionais e sociais para as mulheres que desejam ser mãe. As tentativas frustradas de conceber naturalmente, muitas vezes seguidas por falhas no tratamento de infertilidade, podem causar sentimentos de desesperança, fracasso e vergonha.
Apesar das dificuldades, essas mulheres persistem no sonho de se tornarem mães biológicas, enfrentando cotidianamente outros problemas gerados, justamente, pela dificuldade de engravidar.
Como esse é um tema delicado e muito íntimo, é comum que as tentantes se sintam sozinhas, compartilhando suas angústias, em alguns casos, em grupos privados nas redes sociais.
Afinal, nem sempre elas encontram no relacionamento, família ou amigos o apoio necessário para passar por essas situações. Justamente por isso, queremos comentar alguns dos dilemas enfrentados por mulheres tentantes, inférteis, numa tentativa de diminuir o estigma em torno do assunto e deixar claro para nossas pacientes que elas não estão sozinhas!
Apoio social e familiar para enfrentar a infertilidade
Compreendendo as dinâmicas do círculo social da tentante, podemos perceber como a presença ou ausência de apoio impacta a sua saúde emocional.
Para as mulheres casadas em relações heterossexuais, o marido pode servir tanto como um apoio durante o tratamento quanto também pode ser gravemente afetado pela própria infertilidade.
Não são raros os casos em que a tentante, além de lidar com sua própria angústia, precisa também apoiar o marido, que pode duvidar da própria masculinidade. Muitos também se frustram com os custos financeiros e sustentam o pensamento de que precisam ser pais de qualquer jeito.
Na relação familiar, muitas tentantes se sentem pressionadas pelos pais e irmãos para ter um filho, enquanto outras percebem que a família já não incentiva as tentativas de gravidez. Muitos familiares sugerem que a tentante desista do sonho de ser mãe, enquanto outros, infelizmente, encaram a mulher de maneira negativa pelas dificuldades em engravidar.
Também não é incomum que os amigos da tentante não compreendam o seu desejo de engravidar mesmo depois de muitas tentativas frustradas. Tudo isso tende a fazer com que a paciente se sinta envergonhada e isolada daqueles que ama.
No trabalho, o grande número de consultas necessárias para a investigação da causa da infertilidade, bem como o tratamento em si pode ser um empecilho. Algumas mulheres, infelizmente, relatam piadas e ironias por parte de superiores e colegas devido ao número de atestados médicos apresentados.
Reforçamos, inclusive, que a infertilidade é reconhecida como enfermidade pela OMS e portanto a paciente tem direito a atestados médicos e sigilo para realizar o tratamento
Sentimento de fracasso, impotência e falta de propósito
Para a maioria dos casais, ter filhos é uma parte fundamental dos planos de vida. Encarar as tentativas frustradas de engravidar e ver esse projeto conjunto não tomar forma, traz grandes impactos tanto para a mulher quanto para a vida conjugal como um todo.
Muitas tentantes se sentem menos mulheres por não conseguirem engravidar ou sentem que a cada tentativa que não dá certo, perderam algo que nunca tiveram. São sentimentos complexos, parecidos com o luto, e que muitas vezes podem ser de difícil compreensão até mesmo para a própria mulher.
A infertilidade também traz dificuldades para os casais, que tendem a passar por períodos difíceis quando a tentativa de gravidez não deu certo. Por um lado, um apoia o outro no momento difícil, por outro, eles podem achar difícil dar espaço à tristeza por sentirem que precisam ser fortes para motivar o (a) companheiro (a).
Além disso, nos casais heterossexuais, o sentimento de cobrança pode acabar afetando a rotina conjugal. O sexo, que antes era um momento de intimidade, conexão e prazer para para o casal, passa a se tornar uma tarefa atrelada a sentimentos como esperança, medo e decepção e falta de propósito.
Além disso, quando o coito é programado, a perda da espontaneidade também tem efeitos sobre a libido e muitos casais sentem que a vida íntima já não é mais tão boa quanto antigamente.
Esperança, apesar de tudo
O processo de reprodução assistida não é capaz de garantir que a mulher irá engravidar. Entretanto, as tecnologias utilizadas estão cada vez mais avançadas e, as chances de sucesso com a Fertilização In Vitro (FIV) maior do que na concepção natural, lembrando que são muitos os fatores envolvidos no sucesso da implantação do embrião.
Para muitas mulheres que passaram por tentativas frustradas, é difícil explicar de onde vem a esperança de que vão conseguir engravidar, e sem dúvidas cada um dos motivos pessoais dessas pacientes são válidos e merecem ser respeitados.
Nesse sentido, é dever da equipe que acompanha o casal ou mulher tentante compreender todas essas questões e acolhê-la dentro do que for possível para que o tratamento de reprodução assistida seja sempre humanizado e empático.
Se você gostou desse texto, deixe um comentário contando a sua história. Com certeza outras mulheres vão se identificar e encontrar, na sua jornada, um pouco de acolhimento!
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Doença inflamatória pélvica pode prejudicar as chances de gravidez em até 29%
A Doença Inflamatória Pélvica (DIP) é uma inflamação que, na maioria dos casos, se origina a partir de uma infecção vaginal que progrediu, afetando o útero, as trompas e outras regiões da pelve. Infelizmente, uma em cada quatro mulheres com esse problema vão ter sequelas a longo prazo. Uma delas pode ser a infertilidade.
Causas da doença inflamatória pélvica
A vagina possui uma flora bacteriana natural que protege a região de outros tipos de bactérias ao criar um ecossistema muito específico. Quando o canal vaginal é infectado por bactérias sexualmente transmissíveis, como a clamídia e a gonorreia, essa barreira protetora é derrubada e os demais órgãos do aparelho reprodutor feminino ficam vulneráveis a essa infecção. .
Como nem todas as pessoas que contraem essas doenças desenvolvem DIP, outros fatores de risco estão envolvidos, como já ter tido o problema antes, ter menos de 25 anos, vida sexual ativa com muitos parceiros e não usar preservativo.
O diagnóstico da doença nem sempre é fácil, pois a maioria das pacientes evoluem com sintomassutis. Pouca dor, febre baixa e corrimento discreto, muitas vezes, não levam a mulher a procurar orientação médica. Por isso, estima-se que até 60% dos casos de DIP sejam subclínicos.
Um dado preocupante principalmente se considerarmos que sintomas brandos não indicam que a doença seja inofensiva: esse estado inflamatório pode ter como consequência a lesão das trompas e do útero, o que pode levar à infertilidade.
Infertilidade e doença inflamatória pélvica
Muitas vezes, a DIP é diagnosticada muito tempo depois da infecção aguda, quando a mulher procura ajuda médica porque está tendo dificuldades para engravidar.
Pacientes com danos leves causados pela doença têm 3% de chance de ter problemas de fertilidade no futuro, enquanto danos moderados e graves aumentam os riscos em 13% e 29%, respectivamente.
Essas lesões ocorrem porque a invasão das bactérias podem causar alterações morfológicas nas trompas uterinas, estruturas o óvulo percorre até ser fecundado por um espermatozoide, desde a sua maturação até o útero. Com o bloqueio dessa passagem, os gametas não poderão se encontrar e a gravidez não ocorre.
Em algumas situações, a passagem não fica totalmente bloqueada e o espermatozóide pode encontrar o óvulo nas trompas, o que implica num risco elevado de gravidez ectópica. Nesses casos, infelizmente, não teremos opção a não ser interromper a gestação.
Quando falamos em doença inflamatória pélvica, algumas medidas devem ser adotadas para prevenir a infertilidade: prevenção por meio do uso de preservativos, realização de exames anuais para identificar a presença de ISTs e, caso os sintomas de DIP sejam notados, a paciente deve buscar ajuda médica para tratamento adequado.
Os danos causados pela DIP nas trompas e ovários não são reversíveis. Nesse sentido, a fertilização in vitro pode ajudar pacientes que lidam com a infertilidade como consequência da doença.
Afinal, esse método vai justamente anular a necessidade do óvulo viajar pelo sistema reprodutor feminino, já que é coletado diretamente dos ovários e fertilizado em laboratório. Além disso, a FIV diminui as chances de gravidez ectópica para mulheres que lidaram com a doença inflamatória pélvica.
Inclusive, vale ressaltar que o tratamento para fertilidade só poderá ser realizado depois que a inflamação for tratada adequadamente.
Ficou alguma dúvida sobre esse assunto? Se sim, pode deixar nos comentários!
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Método ROPA possibilita que mulheres em união homoafetiva tenham papel ativo na maternidade
O método ROPA é uma técnica de reprodução assistida capaz de possibilitar que as duas mulheres numa união homoafetiva tenham um papel ativo no processo de Fertilização In Vitro. Trata-se de uma sigla que significa Reception of Oocytes from the Partner, ou Recepção de Oócitos da Parceira, em português.
Com essa técnica, uma mulher é a mãe genética, ao prover o óvulo utilizado no processo, e a outra é a mãe biológica, já que vai passar pela gestação. Ou seja, uma contribui com o gameta, e outra com o útero para prosseguir com a gestação.
Para quem o ROPA é indicada
O método ROPA é indicado para casais homoafetivos femininos que querem compartilhar a maternidade e o processo de reprodução assistida de maneira ativa, seja por escolha ou em decorrência de algum problema de saúde em alguma das mulheres. Algumas situações em que a utilização do material genético e útero de mulheres diferentes podem ser indicadas são as seguintes:
- Óvulos de má qualidade
- Fim da reserva ovariana
- Disfunção ovariana grave
- Risco de transmissão de doenças infecciosas
- Anormalidades cromossômicas ou genéticas
- Falha em outros procedimentos de fertilidade
Como é o processo do ROPA
A mulher que contribuir com os óvulos irá passar pelo mesmo processo que qualquer outra tentante da Fertilização In Vitro.
Primeiro, ela passará pela estimulação ovariana, em que vamos utilizar hormônios para maturar os folículos e, depois de alguns dias de acompanhamento com ultrassom e exames de sangue, obter vários oócitos.
Se estiver tudo certo, vamos coletar os óvulos e, em laboratório, fecundá-los com o esperma de um doador e desenvolver múltiplos embriões.
Enquanto isso, a mulher que vai receber o embrião já iniciou o seu tratamento para preparar o útero e aumentar as chances de implantação. Para isso, administramos hormônios como estrogênio e progesterona, que vão ajudar a engrossar o endométrio.
Assim que o útero estiver em boas condições para implantação, selecionamos o melhor embrião para ser transferido para a cavidade uterina. Aproximadamente quinze dias depois, realizamos um teste beta-hCG para confirmar a gestação.
E o registro do bebê, como fica?
Seja com o método ROPA ou a Fertilização In Vitro tradicional, o Conselho Nacional de Justiça garante que filhos gerados por meio de técnicas de reprodução assistida sejam registrados pelas duas mães no Cartório, sem demais problemas. A única diferença é que os campos de “pai” e “mãe” são trocados por “filiação”.
Entretanto, precisamos ressaltar que para além de seu uso em casos específicos, a ROPA é um recurso que ajuda os casais homoafetivos a aprofundar o processo de reprodução assistida, mas seja qual for a técnica utilizada, o bebê de um casal de mulheres é filho de ambas.
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Reprodução humana assistida para casais sorodiscordantes
Casais sorodiscordantes são aqueles em que um dos parceiros tem uma doença infectocontagiosa que pode ser transmitida sexualmente. Para esses casais, a reprodução natural é desaconselhada porque o sexo sem preservativo poderia infectar a pessoa que não tem a doença e também transmiti-la para o bebê.
Geralmente, estamos falando de Hepatite B e C, HIV ou do vírus HTLV, causador de enfermidades do sistema neurológico. Até o advento da reprodução humana assistida, as chances de ter um bebê naturalmente sem infectar o parceiro ou transmitir a doença para a criança era praticamente nula. Porém, agora, casais sorodiscordantes podem ter filhos de maneira segura.
O processo de reprodução assistida para casais sorodiscordantes
O primeiro passo para o casal sorodiscordante ter filhos é ser acompanhado por um médico infectologista, responsável por solicitar e analisar exames que vão avaliar a carga viral do casal, dosagem de células de defesa e outros fatores.
Além disso, eles vão passar por todos os exames que qualquer outro casal em tratamento de fertilidade também costuma realizar, para que possamos identificar e tratar possíveis anomalias que interfiram na fertilidade masculina e feminina.
No mais, as intervenções podem ser diferentes dependendo de quem é o portador da doença infecciosa:
Homem infectado e mulher não infectada
Quando o homem é a pessoa infectada do casal, vamos analisar a carga viral do sêmen, prepará-lo e tratá-lo com uma lavagem seminal, para isolar todos os espermatozóides livres de contaminação. Esses serão os utilizados num processo de inseminação artificial ou de Fertilização In Vitro e a mulher poderá utilizar medicações profiláticas para evitar a contaminação por HIV, se necessário.
Mulher infectada e homem não infectado
Quando a mulher é a pessoa infectada do casal, há uma preocupação a mais: a transmissão vertical, da mãe para o bebê durante a gestação ou nascimento. Para evitá-la, vamos analisar a sua carga viral.
Se for baixa, podemos usar medicamentos e, no caso da hepatite, utilizar vacinas para tornar a gestação mais segura. Já para evitar a contaminação por HIV, o parto natural poderá ser contraindicado, bem como a amamentação.
FIV ou inseminação artificial para casais sorodiscordantes?
A decisão entre Fertilização in Vitro ou a inseminação artificial para casais sorodiscordantes vai depender do status de fertilidade do casal. Nesse sentido, não importa quem é o portador da doença, mas sim outros problemas de fertilidade que o casal possa estar enfrentando.
Vale ressaltar, também, que o tratamento para HIV e Hepatite pode ter efeitos negativos sobre a fertilidade masculina e feminina, e que ser portador de algum desses vírus não impede a pessoa de ter outros problemas de saúde que dificultam uma gravidez natural.
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