Entenda o exame que ajuda a avaliar a fertilidade feminina
Quando uma mulher ou um casal procura a reprodução assistida, fazemos uma série de exames para verificar qual o seu status de fertilidade. Um deles pode ser o exame anti-mulleriano, que avalia a reserva ovariana da tentante, ou seja, a quantidade de óvulos disponíveis para a fecundação.
Quando uma mulher ou um casal procura a reprodução assistida, fazemos uma série de exames para verificar qual o seu status de fertilidade. Um deles pode ser o exame anti-mulleriano, que avalia a reserva ovariana da tentante, ou seja, a quantidade de óvulos disponíveis para a fecundação.
O resultado desse teste, em associação com outros tipos de exame, poderá ajudar a determinar qual método de reprodução assistida vai oferecer as maiores chances da mulher engravidar.
Ao longo desse processo, ele também poderá ser utilizado para estimar a resposta do organismo aos tratamentos realizados, ajudando a dosar a medicação necessária para a estimulação ovariana, por exemplo.
Entendendo o exame e o hormônio anti-mulleriano
O hormônio anti-mulleriano (HAM) é uma glicoproteína produzida pelos folículos ovarianos, estruturas que armazenam os óvulos antes da maturação. Ele é responsável por regular o crescimento e o desenvolvimento dos folículos durante a vida reprodutiva da mulher, do nascimento à menopausa.
Na reprodução humana assistida, esse hormônio pode ser utilizado como um indicador da reserva ovariana feminina. Ao testarmos a quantidade de HAM no sangue da mulher, é possível prever a quantidade de óvulos disponíveis, para serem fecundados naturalmente ou por meio de algum tratamento específico.
A análise é realizada por meio de exame de sangue simples, sendo que as taxas podem variar entre < 0,16 ng/ml (baixa resposta) a > 4,0 ng/ml (alta resposta). Quanto maior a taxa de HAM, mais os folículos estão ativos e, portanto, maior a quantidade de gametas.
Uma das vantagens desse tipo de exame é que ele pode ser realizado em qualquer etapa do ciclo menstrual, sem sofrer alterações. Inclusive, o uso de anticoncepcional não afeta o resultado do exame anti-mulleriano.
Para quem o exame anti-mulleriano é indicado
De maneira geral, a análise do hormônio anti-mulleriano é indicado para mulheres que pretendem engravidar e, por algum motivo, podem apresentar uma reserva ovariana comprometida.
Veja só os principais casos de indicação dessa análise:
- Mulheres que estão passando por um tratamento de fertilidade;
- Mulheres com histórico de menopausa precoce na família ou que já entraram em falência ovariana prematura;
- Mulheres que pretendem preservar a fertilidade com congelamento de óvulos;
- Avaliação para dosagem de medicamento durante a estimulação ovariana no tratamento de fertilidade
Interpretando os resultados do exame anti-mulleriano
Ok Embora os resultados do exame anti-mulleriano não sejam decisivos a respeito da capacidade de uma mulher engravidar ou não com seus próprios óvulos, os valores de referência são uma boa ferramenta para ajudar a determinar os melhores métodos de reprodução assistida para a tentante em questão.
- HAM > 4,0 ng/ml: resposta muito alta;
- HAM entre 2,0 e 4,0 ng/ml: resposta alta;
- HAM entre 1,0 e 2,0 ng/ml: resposta média;
- HAM entre 0,16 e 1,0 ng/ml: resposta baixa;
- HAM < 0,16 ng/ml: resposta muito baixa;
Como falamos, quanto maior o índice do hormônio anti-mulleriano, maiores as chances da mulher engravidar em tratamento de reprodução assistida. Isso significa que aquelas com HAM acima de 4,0 ng/ml têm mais óvulos disponíveis, enquanto aquelas com HAM abaixo de 0,16 ng/ml têm estoque muito baixo ou esgotado.
Entretanto, ter uma reserva ovariana baixa ou mesmo nenhum óvulo disponível não significa que a mulher não possa realizar o sonho de ser mãe.
Para as que não estão mais ovulando, existe a opção de doação de gametas, em que a mulher recebe um óvulo e até mesmo um embrião de uma doadora anônima e realiza uma Fertilização In Vitro.
Aquelas que possuem poucos óvulos podem passar por um processo de estimulação ovariana, para que eles fiquem maduros e possam ser coletados para Fertilização in Vitro.
Quando a reserva ovariana é muito baixa, a FIV costuma ser o método mais indicado porque é mais complexo e tem maiores taxas de sucesso do que a inseminação artificial, por exemplo.
Quando uma mulher ou um casal procura a reprodução assistida, fazemos uma série de exames para verificar qual o seu status de fertilidade. Um deles pode ser o exame anti-mulleriano, que avalia a reserva ovariana da tentante, ou seja, a quantidade de óvulos disponíveis para a fecundação.
O resultado desse teste, em associação com outros tipos de exame, poderá ajudar a determinar qual método de reprodução assistida vai oferecer as maiores chances da mulher engravidar.
Ao longo desse processo, ele também poderá ser utilizado para estimar a resposta do organismo aos tratamentos realizados, ajudando a dosar a medicação necessária para a estimulação ovariana, por exemplo.
Entendendo o exame e o hormônio anti-mulleriano
O hormônio anti-mulleriano (HAM) é uma glicoproteína produzida pelos folículos ovarianos, estruturas que armazenam os óvulos antes da maturação. Ele é responsável por regular o crescimento e o desenvolvimento dos folículos durante a vida reprodutiva da mulher, do nascimento à menopausa.
Na reprodução humana assistida, esse hormônio pode ser utilizado como um indicador da reserva ovariana feminina. Ao testarmos a quantidade de HAM no sangue da mulher, é possível prever a quantidade de óvulos disponíveis, para serem fecundados naturalmente ou por meio de algum tratamento específico.
A análise é realizada por meio de exame de sangue simples, sendo que as taxas podem variar entre < 0,16 ng/ml (baixa resposta) a > 4,0 ng/ml (alta resposta). Quanto maior a taxa de HAM, mais os folículos estão ativos e, portanto, maior a quantidade de gametas.
Uma das vantagens desse tipo de exame é que ele pode ser realizado em qualquer etapa do ciclo menstrual, sem sofrer alterações. Inclusive, o uso de anticoncepcional não afeta o resultado do exame anti-mulleriano.
Para quem o exame anti-mulleriano é indicado
De maneira geral, a análise do hormônio anti-mulleriano é indicado para mulheres que pretendem engravidar e, por algum motivo, podem apresentar uma reserva ovariana comprometida.
Veja só os principais casos de indicação dessa análise:
- Mulheres que estão passando por um tratamento de fertilidade;
- Mulheres com histórico de menopausa precoce na família ou que já entraram em falência ovariana prematura;
- Mulheres que pretendem preservar a fertilidade com congelamento de óvulos;
- Avaliação para dosagem de medicamento durante a estimulação ovariana no tratamento de fertilidade
Interpretando os resultados do exame anti-mulleriano
Embora os resultados do exame anti-mulleriano não sejam decisivos a respeito da capacidade de uma mulher engravidar ou não com seus próprios óvulos, os valores de referência são uma boa ferramenta para ajudar a determinar os melhores métodos de reprodução assistida para a tentante em questão.
- HAM > 4,0 ng/ml: resposta muito alta;
- HAM entre 2,0 e 4,0 ng/ml: resposta alta;
- HAM entre 1,0 e 2,0 ng/ml: resposta média;
- HAM entre 0,16 e 1,0 ng/ml: resposta baixa;
- HAM < 0,16 ng/ml: resposta muito baixa;
Como falamos, quanto maior o índice do hormônio anti-mulleriano, maiores as chances da mulher engravidar em tratamento de reprodução assistida. Isso significa que aquelas com HAM acima de 4,0 ng/ml têm mais óvulos disponíveis, enquanto aquelas com HAM abaixo de 0,16 ng/ml têm estoque muito baixo ou esgotado.
Entretanto, ter uma reserva ovariana baixa ou mesmo nenhum óvulo disponível não significa que a mulher não possa realizar o sonho de ser mãe.
Para as que não estão mais ovulando, existe a opção de doação de gametas, em que a mulher recebe um óvulo e até mesmo um embrião de uma doadora anônima e realiza uma Fertilização In Vitro.
Aquelas que possuem poucos óvulos podem passar por um processo de estimulação ovariana, para que eles fiquem maduros e possam ser coletados para Fertilização in Vitro.
Quando a reserva ovariana é muito baixa, a FIV costuma ser o método mais indicado porque é mais complexo e tem maiores taxas de sucesso do que a inseminação artificial, por exemplo.
Como os cistos ovarianos impactam a fertilidade feminina
Estima-se que 25% das mulheres em idade fértil no Brasil apresentem cistos ovarianos, um crescimento benigno que, quando pequeno, não costuma provocar sintomas e até desaparece com o tempo. Entretanto, em alguns casos, os cistos podem sim causar alterações hormonais que dificultam a gravidez.
Preservação da fertilidade em mulheres com doenças benignas
Nas últimas semanas, falamos aqui no nosso blog a respeito da oncofertilidade, especialidade da reprodução assistida que busca preservar a fertilidade de pacientes com câncer.
Entretanto, além do câncer, existem doenças benignas que também podem impactar seriamente a fertilidade feminina, seja por mecanismos relacionados à própria enfermidade, ou aos tratamentos realizados.
Endometriose, tumores benignos, torção anexial e algumas síndromes genéticas são doenças que podem comprometer a reserva ovariana. Isso significa que, de alguma forma, essas enfermidades podem limitar a quantidade de óvulos disponíveis para fecundação.
Sem esses gametas, a mulher entraria em falência ovariana prematura, fazendo da preservação da fertilidade a melhor alternativa para possibilitar a gravidez da paciente no futuro.
Preservação da fertilidade em pacientes com endometriose
A endometriose atinge uma em cada dez brasileiras em idade reprodutiva, e se caracteriza pela presença de tecidos semelhantes ao endométrio fora do útero, como nos ovários, trompas, intestino, bexiga, apêndice e vagina.
Esse tecido entra em processos inflamatórios crônicos que, com o tempo, fazem com que os órgãos afetados desenvolvam cicatrizes e aderências capazes de mudar as estruturas anatômicas do local.
Além da reserva ovariana ser seriamente impactada pela inflamação quando o tecido endometrial está nos ovários, o tratamento cirúrgico também tende a causar danos ovarianos. Em casos mais graves, inclusive, pode ser necessário remover os ovários e até mesmo o útero.
Portanto, a preservação da fertilidade precisa ser discutida com pacientes portadoras de endometriose, especialmente nos seguintes casos:
- quando a paciente possui mais riscos de desenvolver lesões nos dois ovários
- quando a paciente tem mais riscos de desenvolver um tipo de cisto chamado endometrioma nos dois ovários
- recorrência de endometrioma depois da cirurgia
De maneira geral, a técnica com maiores taxas de sucesso é a criopreservação de oócitos e embriões, principalmente quando realizadas antes da mulher completar 35 anos.
Preservação da fertilidade em mulheres com cistos ovarianos benignos e torção anexial
Tanto os cistos ovarianos quanto as torções anexiais (torção de ovários saudáveis ou com tumores) são ocorrências comuns, e estão associados à infertilidade feminina devido ao seu tratamento cirúrgico.
Geralmente, a torção ovariana ocorre quando o ovário está com um volume maior, justamente devido ao cisto, causando uma forte dor abdominal na paciente. Nesse caso, o tempo faz toda a diferença, já que, se a paciente demorar a procurar ajuda médica, o ovário tem altas chances de necrosar e precisar ser removido cirurgicamente.
Entretanto, quando detectado precocemente, é possível realizar a detorsão e remoção do cisto, buscando causar o mínimo de dano possível à reserva ovariana. Como nem sempre é possível preservar a fertilidade durante a cirurgia, a criopreservação de gametas ou embriões é indicada nesses casos mais complexos.
Outra opção é a criopreservação de tecido ovariano saudável, removido juntamente do cisto benigno.
Preservação da fertilidade em mulheres com falência ovariana prematura e síndrome de Turner
A insuficiência ovariana prematura atinge cerca de 1% da população feminina antes dos 40 anos, podendo ter causas genéticas ou não ovarianas, como doenças autoimunes, cirurgias, quimio ou radioterapia.
Nesses últimos casos, o objetivo é preservar a fertilidade da paciente antes de iniciar o tratamento, já que depois que a mulher já perdeu toda a sua reserva ovariana, só será possível engravidar recebendo uma doação de óvulo.
Já entre as condições genéticas que podem impactar seriamente a fertilidade feminina, está a síndrome de Turner, causada mutação genética no cromossomo X, que leva à diminuição da reserva ovariana antes mesmo dos 10 anos.
Nessa situação, a criopreservação do tecido ovariano é o único método disponível de preservação da fertilidade, recomendada mesmo quando a paciente é tão jovem. Entretanto, os oócitos precisarão passar por um processo de maturação em solução hormonal, procedimento com menores taxas de sucesso.