Ao iniciar um tratamento de fertilidade com Fertilização In Vitro (FIV), as pacientes têm muitas expectativas. Geralmente, já vem tentando engravidar naturalmente há algum tempo e, em muitos casos, já tentaram, sem sucesso, técnicas mais simples, como a inseminação intrauterina.
Embora as chances de ficar grávida com a FIV sejam maiores do que as de engravidar naturalmente, existe, infelizmente, a possibilidade de um resultado negativo mesmo depois desse procedimento.
Justamente para alinhar as expectativas da paciente a respeito do tratamento de infertilidade com o que a reprodução humana pode oferecer, precisamos falar sobre esse assunto complexo e trazer respostas para as dúvidas dessas mulheres.
A diferença entre perda gestacional e falha na implantação
Primeiro, é necessário compreender as diferenças entre perda gestacional e falha na implantação na FIV.
No processo de Fertilização in Vitro, transferimos um embrião desenvolvido em laboratório diretamente para o útero da paciente. Depois de alguns dias, a paciente faz um teste de gravidez, o beta-HCG quantitativo.
Se o resultado for negativo, dizemos que não houve a implantação do embrião. Isso significa que o embrião não se fixou no endométrio e, por isso, o teste de gravidez deu negativo.
Entretanto, se o resultado for positivo, significa que o embrião implantou e a paciente está grávida.
Mesmo tomando muitos cuidados, aproximadamente 15% a 20% das pacientes que conseguem engravidar, seja espontaneamente ou até mesmo com a FIV acabam sofrendo um aborto espontâneo. Essa taxa pode parecer alta, mas é a taxa de abortamento da nossa natureza. Esta frequência de abortamento infelizmente, aumenta, tornando-se mais alta com o passar da idade da mulher.
Em ambos os casos, podemos investigar algumas possíveis causas do problema. Mas isso terá tema para um outro post.