
O que esperar da primeira consulta com um especialista em reprodução humana?
A decisão de buscar ajuda de um especialista em reprodução humana é um passo importante e, muitas vezes, cercado por expectativas, dúvidas e emoções. Seja por dificuldades para engravidar, por desejo de preservar a fertilidade ou pela construção de uma família por vias alternativas, como nos casos de casais LGBTQIAP+ ou pessoas que vão passar por tratamentos médicos que afetam a fertilidade, essa primeira consulta representa o início de uma jornada de cuidado, escuta e planejamento.
Neste artigo, vamos te explicar como é esse primeiro encontro com o especialista, o que pode ser discutido, quais exames são geralmente solicitados e como esse momento pode ajudar você e/ou seu parceiro(a) a enxergar com mais clareza as possibilidades para o futuro reprodutivo.
Um encontro acolhedor e personalizado
Mais do que um atendimento médico, a primeira consulta com um especialista em reprodução humana é um momento de acolhimento. O profissional vai ouvir atentamente a história do paciente ou do casal, entender os motivos da procura pelo tratamento e oferecer as primeiras orientações de forma empática e clara.
É comum que as pessoas cheguem com muitas dúvidas e inseguranças, por isso, essa escuta inicial é essencial para construir uma relação de confiança e mostrar que existem caminhos possíveis — e viáveis — para alcançar o sonho da maternidade ou paternidade.
O que será avaliado na primeira consulta?
1. Histórico clínico e reprodutivo
O especialista fará uma anamnese detalhada, ou seja, uma investigação completa da saúde geral e reprodutiva. Alguns dos pontos abordados incluem:
- Idade dos pacientes;
- Tempo de tentativa de gestação (se houver);
- Histórico de gestações anteriores;
- Doenças crônicas ou genéticas;
- Cirurgias e tratamentos prévios;
- Estilo de vida (alimentação, tabagismo, uso de medicamentos etc.).
Essa avaliação inicial ajuda a identificar possíveis fatores que possam estar dificultando a fertilidade e a definir os próximos passos.
2. Solicitação de exames
Após a análise do histórico, o médico poderá solicitar exames complementares para avaliar a saúde reprodutiva de forma mais precisa. Entre os exames mais comuns estão:
- Dosagens hormonais;
- Ultrassonografia transvaginal (para avaliação dos ovários e útero);
- Espermograma (para avaliar a qualidade do sêmen);
- Histerossalpingografia (exame que avalia as trompas);
- Exames genéticos, se necessário.
Esses exames ajudam a construir um diagnóstico mais completo e orientar o melhor tratamento para cada caso.
Discussão sobre as possibilidades de tratamento
Com base na história clínica e nos resultados dos exames, o especialista irá apresentar as opções de tratamento mais indicadas, que podem incluir:
- Relação programada: acompanhamento do ciclo menstrual e orientação sobre o período fértil;
- Inseminação intrauterina (IIU): inserção do sêmen diretamente no útero em momento adequado do ciclo;
- Fertilização in vitro (FIV): técnica mais avançada, na qual óvulos e espermatozoides são fecundados em laboratório;
- Ovodoação ou espermadoação: uso de gametas doados quando necessário;
- Gestação de substituição (barriga solidária): em casos em que a paciente não pode gestar;
- Preservação da fertilidade: congelamento de óvulos, espermatozoides ou embriões para uso futuro.
Cada tratamento é explicado em detalhes, com os prós, contras, taxas de sucesso e possíveis efeitos colaterais, sempre respeitando as particularidades e os desejos do paciente.
Aspectos emocionais e psicológicos
A jornada da fertilidade pode ser emocionalmente desafiadora. Por isso, muitos centros especializados contam com o suporte de psicólogos e terapeutas para oferecer apoio durante todas as fases do processo.
Na primeira consulta, é comum que o especialista também aborde:
- O impacto emocional das tentativas frustradas de gravidez;
- A importância do apoio mútuo entre o casal;
- O papel do acolhimento profissional para lidar com expectativas e frustrações.
Esse olhar humanizado é essencial para um tratamento realmente completo.
Custos e planejamento financeiro
Outro ponto que costuma ser abordado na primeira consulta são os aspectos financeiros dos tratamentos. O especialista (ou um membro da equipe administrativa da clínica) poderá explicar:
- O valor dos procedimentos;
- O que está incluso em cada etapa;
- As formas de pagamento disponíveis;
- A possibilidade de ciclos compartilhados ou parcerias com bancos de gametas, se for o caso.
Esse esclarecimento é importante para que o casal possa se organizar e tomar decisões conscientes e alinhadas à sua realidade.
Podemos concluir que a primeira consulta com um especialista em reprodução humana é o ponto de partida para uma jornada transformadora. É o momento de abrir espaço para perguntas, tirar dúvidas, entender o próprio corpo e conhecer as opções disponíveis — tudo isso com apoio técnico e emocional de uma equipe preparada.
Independentemente do motivo que levou você a buscar esse atendimento, saiba que existem alternativas seguras e acessíveis para ajudar a realizar o sonho da maternidade ou paternidade.
Se você está considerando agendar sua primeira consulta, não hesite. Informar-se é o primeiro passo para viver essa experiência com tranquilidade, autonomia e esperança.
💛 Estamos aqui para caminhar ao seu lado, com cuidado, escuta e acolhimento em cada etapa.

Roteiro para profissionais da saúde: orientações sobre preservação da fertilidade em pacientes com câncer
O impacto do câncer vai muito além do diagnóstico e do tratamento da doença. Para muitos pacientes, a possibilidade de perda da fertilidade representa uma angústia adicional e um luto antecipado por planos futuros. Por isso, o papel dos profissionais da saúde em orientar e apoiar a preservação da fertilidade é fundamental.
Neste artigo, reunimos um roteiro prático com as principais informações que médicos, enfermeiros e equipes multidisciplinares precisam saber para abordar o tema com segurança, sensibilidade e responsabilidade.
Por que falar sobre preservação da fertilidade no câncer?
Alguns tratamentos oncológicos — como quimioterapia, radioterapia e cirurgias — podem afetar a fertilidade feminina e masculina de maneira temporária ou permanente.
O risco de infertilidade varia conforme:
- Idade do paciente
- Tipo de câncer
- Protocolos terapêuticos escolhidos
- Estado de saúde geral prévio
- Urgência para início do tratamento
Discutir a fertilidade de forma precoce é fundamental para que os pacientes possam tomar decisões informadas e manter abertas as possibilidades de construir uma família no futuro.
Alternativas para preservação da fertilidade
As opções disponíveis diferem conforme o sexo, a idade e as condições clínicas do paciente:
Para homens:
- Congelamento de sêmen: Procedimento padrão, simples e eficaz. A coleta pode ser feita por ejaculação ou, em casos de dificuldade, por punção de epidídimo ou testicular.
Para mulheres:
- Congelamento de óvulos: Exige estimulação ovariana e coleta dos óvulos em 2 a 3 semanas.
- Congelamento de embriões: Alternativa em casos em que a paciente tem parceiro ou deseja utilizar espermatozoides de doador.
- Congelamento de tecido ovariano: Indicado para meninas ou mulheres que não podem esperar pelo ciclo de estimulação ovariana.
- Transposição ovariana: Técnica cirúrgica que reposiciona os ovários para fora do campo da radiação pélvica.
Para crianças pré-púberes:
- Meninas: Congelamento de tecido ovariano é a principal estratégia.
- Meninos: O congelamento de tecido testicular ainda é considerado experimental, mas está em fase avançada de estudo.
Importante: Pacientes com desejo reprodutivo declarado ou incertezas sobre sua fertilidade futura devem ser encaminhados precocemente para avaliação com especialista em reprodução humana.
Tempo: Um fator importante
A preservação da fertilidade deve ser planejada com agilidade, já que o tratamento oncológico não pode ser postergado desnecessariamente.
- Para homens, o congelamento de sêmen pode ser concluído em poucos dias, com coletas realizadas a cada 24 horas.
- Para mulheres, técnicas que envolvem estimulação ovariana podem demorar entre 2 e 3 semanas. Existem protocolos de estimulação de início aleatório que podem acelerar o processo em situações de maior urgência.
O encaminhamento rápido para o especialista em reprodução é essencial para garantir que as opções de preservação sejam viáveis.
Custos e acesso aos serviços
No Brasil, o acesso à preservação da fertilidade enfrenta algumas barreiras:
- SUS: Serviços públicos de reprodução assistida existem, mas possuem filas de espera extensas.
- Saúde suplementar: Em geral, os planos de saúde não cobrem procedimentos de reprodução assistida para preservação da fertilidade oncológica.
- Rede privada: Pacientes devem receber orçamentos detalhados que contemplem consultas, exames, medicações, procedimentos e taxas de congelamento.
Abordar o tema custos de forma transparente é parte fundamental do suporte ao paciente nesse processo.
Gravidez após o câncer: o que sabemos hoje?
Embora os dados ainda sejam limitados, estudos indicam que:
- Não há aumento significativo no risco de recorrência do câncer associado à gravidez após preservação da fertilidade.
- Não existe risco de transmissão do câncer ao feto em gestações provenientes de óvulos, espermatozoides ou embriões congelados durante o tratamento da doença.
- O histórico de câncer ou preservação da fertilidade não aumenta o risco de câncer no bebê, exceto em casos de síndromes hereditárias específicas.
Essas informações devem ser compartilhadas com os pacientes para reduzir medos infundados e fortalecer a confiança nas decisões tomadas.
Informação é parte do cuidado oncológico
Abordar a preservação da fertilidade no câncer é mais do que uma preocupação médica — é um ato de respeito à dignidade, aos sonhos e ao futuro dos pacientes.
Profissionais da saúde têm um papel estratégico:
Informar de maneira acessível e sem julgamentos
Encaminhar rapidamente para especialistas em reprodução humana
Apoiar o paciente em todas as fases da decisão
Cada conversa, cada orientação faz diferença para que os pacientes possam enfrentar o câncer sem abrir mão da esperança de construir uma família.
Preservar vidas também é preservar possibilidades.

Tratamentos de fertilidade para casais LGBTQIAP+: entenda as opções
Construir uma família é um direito de todos e, felizmente, os avanços da medicina reprodutiva têm permitido que esse sonho se torne realidade para cada vez mais pessoas, independentemente da orientação sexual ou identidade de gênero. Para casais LGBTQIAP+, os tratamentos de fertilidade são uma ferramenta poderosa na jornada rumo à maternidade ou paternidade, oferecendo soluções seguras, éticas e inclusivas.
Neste artigo, vamos apresentar as principais opções de reprodução assistida disponíveis, explicar como funcionam os processos e reforçar a importância de buscar clínicas especializadas que respeitem, acolham e apoiem a diversidade.
A importância da inclusão na reprodução assistida
Historicamente, o acesso aos tratamentos de fertilidade foi majoritariamente voltado para casais heterossexuais. No entanto, essa realidade tem mudado. Hoje, há um entendimento cada vez maior de que clínicas e profissionais da área devem oferecer atendimento igualitário, respeitando as particularidades de cada indivíduo e casal.
O cuidado humanizado e o suporte emocional também são essenciais nesse processo. Casais LGBTQIAP+ frequentemente enfrentam desafios sociais e legais ao buscar a parentalidade, por isso é fundamental que sejam acolhidos em um ambiente livre de preconceitos, com profissionais preparados para oferecer informações claras, atualizadas e acessíveis.
Principais tratamentos para casais LGBTQIAP+
1. Inseminação Artificial (IA)
A inseminação intrauterina é uma das técnicas mais utilizadas por casais formados por duas mulheres. Nesse procedimento, o sêmen de um doador é inserido diretamente no útero da mulher que irá engravidar, em um período próximo à ovulação.
O sêmen pode ser de um banco autorizado, com doação anônima, conforme exigido pelas normas brasileiras, e os procedimentos são realizados com acompanhamento médico rigoroso.
2. Fertilização in Vitro (FIV)
A FIV é uma técnica mais complexa e pode ser indicada quando há fatores de infertilidade, idade avançada ou quando o casal deseja participar de forma mais ativa no processo.
Um exemplo é o método ROPA (Recepção de Óvulos da Parceira), bastante procurado por casais homoafetivos femininos. Nesse tratamento, uma das mulheres doa os óvulos, que são fertilizados em laboratório com o sêmen de um doador. O embrião é então transferido para o útero da outra parceira, que gestará o bebê. Assim, ambas participam biologicamente da gestação.
3. Gestação de Substituição (Barriga Solidária)
Casais homoafetivos masculinos ou homens trans podem recorrer à gestação de substituição, popularmente conhecida como “barriga solidária”. Esse processo é regulamentado no Brasil, e deve ser feito com uma mulher da família de até quarto grau (mãe, irmã, prima, tia, etc.), sem fins lucrativos.
Nesse caso, os óvulos podem vir de uma doadora anônima, e os embriões são formados a partir do sêmen de um dos parceiros (ou ambos, se desejarem realizar duas fertilizações). O embrião é transferido para o útero da mulher que se dispôs a gestar.
4. Uso de óvulos ou sêmen de doadores
Em muitos tratamentos, será necessário utilizar material genético de doadores. No Brasil, as doações devem ser voluntárias, anônimas e sigilosas, seguindo as normas do Conselho Federal de Medicina (CFM).
Os bancos de gametas oferecem perfis com características como etnia, tipo sanguíneo, altura e formação acadêmica, o que permite ao casal escolher o doador de forma criteriosa e compatível.
Além dos tratamentos já mencionados, casais transgêneros também podem buscar preservar seus gametas (óvulos ou espermatozoides) antes de iniciar processos de transição hormonal ou cirurgias, garantindo assim a possibilidade de gerar filhos biológicos no futuro.
Aspectos legais e éticos
A legislação brasileira vem evoluindo no reconhecimento das diversas formas de família. Embora ainda existam lacunas, especialmente em relação à parentalidade múltipla (com mais de dois responsáveis legais), casais homoafetivos têm o direito de registrar seus filhos como co-responsáveis legais, mesmo sem vínculo genético direto.
É importante contar com suporte jurídico ao longo do tratamento, especialmente em casos de gestação de substituição e coparentalidade, para garantir segurança e tranquilidade em todas as etapas.
Acolhimento
Escolher uma clínica de reprodução assistida vai muito além da tecnologia envolvida. Para casais LGBTQIAP+, é essencial encontrar um espaço onde se sintam respeitados, acolhidos e compreendidos. Profissionais preparados para orientar com empatia fazem toda a diferença nessa jornada.
Na nossa clínica, acreditamos que o amor é a base de toda família. Estamos prontos para caminhar ao lado de todos que desejam viver a maternidade e a paternidade, com ética, carinho e compromisso com a diversidade.
Casais LGBTQIAP+ têm, sim, o direito de construir suas famílias com dignidade, apoio e segurança. A medicina reprodutiva é uma aliada poderosa nesse processo, oferecendo soluções eficazes e acessíveis a todos os formatos de amor.
Se você ou alguém próximo está pensando em iniciar essa jornada, agende uma consulta conosco. Nossa equipe está pronta para esclarecer dúvidas, acolher histórias e ajudar a transformar o sonho da parentalidade em realidade.

Endometriose pode causar infertilidade? Entenda a relação
A endometriose é uma condição que afeta cerca de 180 milhões de mulheres em todo o mundo e mais de 7 milhões no Brasil, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Trata-se de uma doença ginecológica crônica e inflamatória, caracterizada pela presença de tecido semelhante ao endométrio – o revestimento interno do útero – em locais fora da cavidade uterina. Esses fragmentos podem crescer em órgãos como tubas uterinas, ovários, bexiga e, em casos mais graves, até no intestino.
Além de causar dor intensa e impacto na qualidade de vida, a endometriose é uma das principais causas de infertilidade feminina, gerando dúvidas e preocupações para muitas mulheres que desejam engravidar. Mas qual é exatamente a relação entre a endometriose e a dificuldade para engravidar? Vamos explorar esse tema com detalhes.
O que é a endometriose e como ela afeta o corpo?
A endometriose ocorre quando o tecido endometrial cresce fora do útero, respondendo aos estímulos hormonais do ciclo menstrual. Esse processo causa inflamação, formação de cicatrizes (aderências) e até cistos nos órgãos afetados.
Os sintomas mais comuns da endometriose incluem:
- Cólica menstrual intensa que não melhora com analgésicos convencionais.
- Dor pélvica crônica, especialmente antes ou durante o período menstrual.
- Menstruação irregular, com sangramento abundante ou fora do período habitual.
- Dor durante a relação sexual.
- Dificuldade para engravidar ou infertilidade.
Endometriose e infertilidade: qual é a ligação?
Estima-se que mais de 30% das mulheres com endometriose enfrentem dificuldades para engravidar. A relação entre a doença e a infertilidade pode ocorrer devido a diversos fatores:
- Danos às tubas uterinas e ovários:
- A endometriose pode causar inflamação e aderências que bloqueiam as tubas uterinas, impedindo que o óvulo e o espermatozoide se encontrem.
- Nos ovários, a formação de cistos (endometriomas) pode comprometer a reserva ovariana e a qualidade dos óvulos.
- Alterações no ambiente uterino:
- A inflamação crônica pode interferir na implantação do embrião no útero.
- O excesso de citocinas e prostaglandinas, substâncias inflamatórias, pode prejudicar o desenvolvimento inicial do embrião.
- Disfunção hormonal:
- Mulheres com endometriose podem apresentar alterações hormonais que dificultam a ovulação e o preparo adequado do endométrio para receber o embrião.
- Impacto imunológico:
- O sistema imunológico pode ser alterado pela doença, resultando em respostas inadequadas contra os espermatozoides, óvulos ou embriões.
É possível engravidar com endometriose?
Embora a endometriose possa dificultar a gravidez, engravidar não é impossível, especialmente com diagnóstico precoce e tratamento adequado. A escolha do tratamento depende de fatores como a gravidade da doença, a idade da mulher e o tempo tentando engravidar.
Opções de tratamento incluem:
- Medicamentos:
- Analgésicos e anti-inflamatórios ajudam a controlar a dor, mas não tratam a infertilidade.
- Terapias hormonais, como anticoncepcionais e análogos de GnRH, podem reduzir a progressão da doença.
- Cirurgia:
- A laparoscopia é indicada para remover aderências, cistos e lesões de endometriose, restaurando a anatomia pélvica.
- Técnicas de reprodução assistida:
- Procedimentos como fertilização in vitro (FIV) são alternativas eficazes para mulheres com endometriose avançada ou que não tiveram sucesso com tratamentos convencionais.
Como prevenir a progressão da endometriose?
Embora a endometriose não tenha cura definitiva, algumas estratégias podem ajudar a controlar a progressão da doença e preservar a fertilidade:
- Diagnóstico precoce: Consultar um ginecologista ao primeiro sinal de dor pélvica ou irregularidades menstruais.
- Estilo de vida saudável: Manter uma alimentação equilibrada e praticar atividades físicas para reduzir a inflamação.
- Acompanhamento médico regular: Realizar exames periódicos, como ultrassonografias e ressonância magnética, para monitorar o avanço da doença.
Podemos concluir que a endometriose é uma condição desafiadora, mas não deve ser encarada como uma sentença definitiva de infertilidade. Com os avanços na medicina, mulheres com endometriose têm acesso a tratamentos que aumentam as chances de realizar o sonho da maternidade.
Se você apresenta sintomas ou tem dificuldades para engravidar, procure um ginecologista especializado. O diagnóstico precoce e o acompanhamento contínuo são essenciais para melhorar a qualidade de vida e preservar as opções reprodutivas. Afinal, o primeiro passo para enfrentar a endometriose é buscar informação e apoio profissional.

Hidrossalpinge: conheça a condição que afeta a saúde das trompas uterinas
Quando falamos sobre saúde reprodutiva feminina, órgãos como o útero e os ovários geralmente recebem maior atenção. No entanto, as trompas de falópio – ou tubas uterinas – desempenham um papel crucial no processo de concepção. Elas são responsáveis por transportar o óvulo do ovário até o útero e por criar um ambiente favorável para a fertilização. Apesar dessa importância, muitas mulheres não têm consciência dos problemas que podem afetar as trompas, como a hidrossalpinge.
Pouco mencionada nas conversas sobre saúde feminina, a hidrossalpinge é uma condição silenciosa que pode prejudicar a fertilidade e a saúde das trompas uterinas. Entenda o que é, suas causas, sintomas e tratamentos.
O que é hidrossalpinge?
A hidrossalpinge ocorre quando uma ou ambas as trompas de falópio ficam obstruídas e se enchem de líquido. Essa obstrução impede o transporte adequado do óvulo e pode comprometer a fertilização e a implantação do embrião. O líquido acumulado nas trompas também pode ser tóxico para os espermatozoides e embriões, reduzindo ainda mais as chances de gravidez.
A condição geralmente não apresenta sintomas, o que faz com que muitas mulheres só descubram sua existência ao realizar exames de rotina ou em investigações sobre infertilidade.
Causas da hidrossalpinge
A hidrossalpinge é frequentemente associada a condições inflamatórias e infecciosas que afetam a região pélvica. Entre as principais causas estão:
- Doença inflamatória pélvica (DIP): Infecções bacterianas que afetam o útero, trompas e ovários, geralmente causadas por infecções sexualmente transmissíveis, como clamídia e gonorreia.
- Endometriose: Crescimento anormal do tecido endometrial fora do útero, que pode causar inflamação e obstrução das trompas.
- Cirurgias pélvicas ou abdominais: Procedimentos anteriores podem causar aderências ou cicatrizes que obstruem as trompas.
- Tuberculose genital: Em algumas regiões, a tuberculose também pode afetar as trompas uterinas.
- Gravidez ectópica: Uma gravidez que ocorre dentro da trompa pode levar a danos estruturais e obstruções.
Sintomas da hidrossalpinge
Na maioria dos casos, a hidrossalpinge é assintomática, o que dificulta o diagnóstico precoce. Algumas mulheres, no entanto, podem apresentar sintomas como:
- Dor pélvica ou abdominal crônica.
- Secreções vaginais anormais, em casos de infecção associada.
- Dificuldade para engravidar, que é a manifestação mais comum.
Como os sintomas não são específicos, exames de imagem são fundamentais para confirmar o diagnóstico.
Como a hidrossalpinge é diagnosticada?
O diagnóstico geralmente é feito por meio de exames de imagem e procedimentos específicos, como:
- Ultrassonografia transvaginal: Pode revelar a presença de líquido nas trompas.
- Histerossalpingografia (HSG): Um exame de raio-X que avalia a permeabilidade das trompas uterinas.
- Laparoscopia: Um procedimento minimamente invasivo que permite a visualização direta das trompas e outras estruturas pélvicas.
Impacto na fertilidade
A hidrossalpinge é uma das principais causas de infertilidade tubária, já que a obstrução impede a passagem do óvulo e pode afetar negativamente o ambiente reprodutivo. Mesmo quando apenas uma trompa está afetada, o líquido a cumulado pode escorrer para o útero e interferir na implantação do embrião, reduzindo as chances de uma gravidez bem-sucedida.
Para mulheres que desejam engravidar, o tratamento da hidrossalpinge é essencial, especialmente antes de procedimentos como a fertilização in vitro (FIV).
Tratamentos para hidrossalpinge
O tratamento depende da gravidade da condição e do desejo reprodutivo da paciente. As opções incluem:
- Cirurgia laparoscópica: É possível remover a trompa afetada (salpingectomia) ou tentar repará-la, dependendo do grau de dano.
- Fertilização in vitro (FIV): Mulheres com hidrossalpinge frequentemente recorrem à FIV, especialmente se a condição afetar ambas as trompas. Nesse caso, a remoção da trompa antes da FIV pode aumentar as chances de sucesso.
- Antibióticos: Quando a hidrossalpinge está associada a infecções, o uso de medicamentos pode ser necessário.
Prevenção da hidrossalpinge
Embora nem todos os casos possam ser evitados, algumas medidas ajudam a reduzir o risco de desenvolver a hidrossalpinge:
- Prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs): O uso de preservativos é fundamental para evitar doenças como clamídia e gonorreia.
- Tratamento precoce de infecções: Procurar atendimento médico assim que surgirem sintomas de infecção pélvica pode prevenir complicações.
- Cuidados pós-cirúrgicos: Após cirurgias abdominais ou pélvicas, seguir as orientações médicas reduz o risco de aderências.
Podemos concluir que a hidrossalpinge é uma condição que, apesar de silenciosa, pode ter impactos significativos na fertilidade e na saúde reprodutiva das mulheres. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para minimizar as complicações e possibilitar a realização do sonho da maternidade.
Se você está enfrentando dificuldades para engravidar ou deseja saber mais sobre sua saúde reprodutiva, a Clínica de Reprodução Humana do Mater Dei está aqui para oferecer suporte completo e especializado.

Congelamento de óvulos: importância da idade feminina no planejamento reprodutivo
A vida moderna trouxe inúmeras possibilidades e conquistas para as mulheres, que cada vez mais se dedicam ao desenvolvimento pessoal, profissional e à realização de sonhos diversos. No entanto, um fator biológico permanece imutável: o impacto da idade na fertilidade feminina.
Quando se trata de planejamento familiar, muitas vezes o foco recai sobre métodos anticoncepcionais, mas essa é apenas uma parte da equação. Planejar a maternidade vai além disso e envolve a capacidade de decidir o momento ideal para engravidar, considerando tanto as ambições individuais quanto as limitações impostas pelo tempo.
Neste contexto, o congelamento de óvulos surge como uma alternativa poderosa, permitindo que as mulheres tenham maior controle sobre seu planejamento reprodutivo. Mas por que a idade desempenha um papel tão crucial nesse processo?
A relação entre idade e fertilidade feminina
Desde o nascimento, uma mulher já possui todos os óvulos que terá ao longo da vida – cerca de 1 a 2 milhões. Com o passar do tempo, essa reserva diminui tanto em quantidade quanto em qualidade. Aos 35 anos, estima-se que restem apenas cerca de 10% dos óvulos originais, e a partir dos 40 anos, as chances de concepção natural caem drasticamente. Além disso, os óvulos que permanecem podem apresentar maior risco de anomalias genéticas, impactando as chances de uma gravidez saudável.
Esses números reforçam a importância de considerar a idade no planejamento reprodutivo, especialmente para quem deseja postergar a maternidade. É aqui que o congelamento de óvulos se apresenta como uma solução preventiva.
O que é o congelamento de óvulos e como funciona?
O congelamento de óvulos, ou criopreservação, é um procedimento que permite armazenar óvulos em temperaturas extremamente baixas para uso futuro. O processo envolve:
- Estimulação ovariana: uso de medicamentos hormonais para estimular os ovários a produzirem múltiplos óvulos.
- Coleta dos óvulos: feita por meio de uma punção ovariana, geralmente realizada sob sedação.
- Congelamento: os óvulos são submetidos a um processo chamado vitrificação, que minimiza danos durante o armazenamento.
Esses óvulos podem ser descongelados e utilizados em tratamentos de fertilização in vitro (FIV) quando a mulher decidir que é o momento certo para engravidar.
Por que considerar o congelamento de óvulos?
O congelamento de óvulos oferece mais flexibilidade e autonomia para as mulheres que desejam adiar a maternidade sem comprometer suas chances de ter filhos no futuro. Entre as principais razões para optar pelo procedimento estão:
- Carreira e desenvolvimento pessoal: muitas mulheres optam por priorizar estudos ou objetivos profissionais antes de formar uma família.
- Condições médicas: para mulheres que enfrentarão tratamentos como quimioterapia, que podem comprometer a fertilidade, o congelamento é uma medida preventiva essencial.
- Ausência de um parceiro ideal: para aquelas que desejam esperar por circunstâncias pessoais mais favoráveis.
- Planejamento familiar consciente: permite que a gravidez aconteça em um momento emocional, financeiro e físico mais adequado.
Quando é o melhor momento para congelar óvulos?
O ideal é que o congelamento de óvulos seja realizado antes dos 35 anos, quando a quantidade e a qualidade dos óvulos ainda são favoráveis. Embora o procedimento seja possível em idades mais avançadas, as taxas de sucesso diminuem à medida que os óvulos envelhecem.
A decisão de congelar óvulos é altamente pessoal e deve ser tomada com base em informações claras e orientação médica especializada. Para muitas mulheres, o procedimento representa uma forma de aliviar a pressão do “relógio biológico” e de planejar a maternidade de forma mais tranquila.
Congelamento de óvulos: planejamento com propósito
O congelamento de óvulos não é apenas uma solução técnica, mas também uma ferramenta de empoderamento. Ele permite que as mulheres façam escolhas alinhadas com seus desejos e possibilidades, oferecendo maior controle sobre suas jornadas reprodutivas.
Se você está considerando essa opção, a Clínica de Reprodução Humana do Mater Dei está preparada para oferecer suporte completo, com especialistas prontos para esclarecer dúvidas e guiar você em todas as etapas do processo.

Varicocele: entenda como o problema na adolescência pode levar à infertilidade masculina
A varicocele é uma das principais causas de infertilidade masculina, afetando cerca de 15% da população masculina.

Como investigar as causas da infertilidade?
A infertilidade é uma jornada desafiadora e emocionalmente vivida por muitos casais em todo o mundo. Confira como abordar essa investigação!

Como o cigarro pode afetar a fertilidade masculina e feminina
Além de complicações graves, o consumo de tabaco também tem implicações significativas na fertilidade tanto de homens quanto de mulheres.

Sinais da ovulação e a importância de conhecer o ciclo reprodutivo
Entender os sinais da ovulação e o ciclo reprodutivo é fundamental para as mulheres que desejam engravidar ou conhecer melhor seu corpo.