Dia do Orgulho LGBTQIA+: Reprodução assistida para famílias homoafetivas e transafetivas
Hoje é dia do Orgulho LGBTQIA+, então, precisamos celebrar os direitos conquistados com muita luta por esse grupo tão diverso! Um deles é o de formar uma família e a reprodução humana assistida tem um papel importante em possibilitar que muitas dessas pessoas possam realizar o sonho de gerar seus próprios filhos. No post de hoje do blog, explicamos como o nosso trabalho pode ajudar casais homoafetivos e pessoas trans.
O que esperar da primeira consulta com especialista em infertilidade
O momento de procurar um especialista em infertilidade é sempre muito importante na jornada da tentante. Geralmente, ela toma essa decisão depois de receber um diagnóstico de problema ginecológico causador de infertilidade ou depois de tentar engravidar por seis meses a um ano (dependendo da sua idade) sem obter sucesso.
Depois de marcar a consulta, a ansiedade começa a aparecer. A mulher fica receosa a respeito do que será discutido e com medo de descobrir que suas chances de engravidar são baixas.
Infelizmente, também não são poucos os casos de mulheres que são desencorajadas por outros médicos a conceber filhos biológicos, fazendo com que a procura de um especialista já comece sem muita esperança. Mas não precisa ser assim! Somente uma investigação profunda pode dizer realmente quais são as chances de engravidar.
Por isso, hoje vamos contar como costuma ser essa primeira consulta com o especialista em infertilidade, para que a tentante possa se preparar adequadamente. Vamos explicar qual o melhor momento de procurar esse profissional, perguntas que ele poderá fazer à paciente, exames a serem solicitados e questionamentos importantes que a mulher deve fazer.
A hora de procurar o especialista em infertilidade
Se a mulher tem mais de 35 anos e quer engravidar, recomendamos procurar um especialista em infertilidade, especialmente se ela já estiver tentando conceber há seis meses sem sucesso. Após essa idade a reserva ovariana começa a ficar comprometida, e pode ser necessário fazer uma avaliação para encontrar estratégias que facilitem a concepção.
Se a mulher tem menos de 35 anos e está tentando engravidar há mais de um ano, sem sucesso, também é importante procurar o especialista em infertilidade, já que esse pode ser um indicativo de que alguma doença, desequilíbrio hormonal ou anomalia no sistema reprodutor pode estar prejudicando as chances de gravidez. Vale ressaltar, entretanto, que em muitos casos o problema de infertilidade está no parceiro.
E, por fim, casos de perda gestacional (aborto) de repetição também devem ser investigados por especialistas em infertilidade.
O que será discutido na primeira consulta com o especialista em infertilidade
Esse primeiro momento é importante para que o médico possa conhecer você e a sua história, estabelecendo uma relação de confiança. Ele irá levantar informações a respeito do seu caso e conhecer o seu histórico de saúde, para só então traçar um planejamento específico.
Algumas perguntas que o especialista em fertilidade pode fazer são:
- Há quanto tempo você está tentando engravidar?
- Há quanto tempo suspendeu o uso de métodos anticoncepcionais?
- Qual a frequência de relações sexuais do casal?
- Você já teve filhos?
- Você já sofreu um aborto?
- Já realizou algum tipo de cirurgia pélvica?
- Há histórico de IST (Infecção Sexualmente Transmissível)?
- Tem alguma doença crônica?
- É fumante?
- Com que frequência consome bebida alcóolica?
- Faz uso de drogas ilícitas?
- Faz uso de medicamentos?
- Você possui histórico familiar de infertilidade?
- Já fez algum tipo de tratamento de fertilidade?
Agora que você já sabe quais perguntas serão feitas, é mais fácil se preparar para saber respondê-las com segurança. Lembre-se que responder com honestidade é fundamental!
O médico também poderá solicitar tanto exames de imagem quanto laboratoriais, para avaliar a anatomia do sistema reprodutor, os níveis hormonais da mulher, sua reserva ovariana estimada e, se for o caso, exames genéticos para identificar possíveis síndromes causadoras de abortamentos. Temos um post bem completo sobre esses exames aqui no nosso blog!
Se o parceiro também estiver presente na consulta, ele também poderá ser encaminhado para a realização de espermograma, exame que mede a qualidade do esperma. Dependendo do caso, outros exames adicionais também poderão ser solicitados. Mesmo que ele não vá à consulta, a avaliação da presença de algum fator masculino causador de infertilidade é indispensável e deve ser sempre solicitada.
A primeira consulta com o especialista em infertilidade é uma grande oportunidade de tirar as suas dúvidas, especialmente aquelas que você tem vergonha de fazer para outras pessoas. Se necessário, anote todas as suas perguntas num papel e leve com você para a consulta.
Esse profissional está preparado para lidar com questões muito íntimas, por isso não deixe que o constrangimento te faça sair do consultório com dúvidas!
Se você tem uma amiga que também está procurando o tratamento de infertilidade, envie esse post para ela. Consultar o especialista é o primeiro passo para realizar o seu sonho!
Entenda o exame que ajuda a avaliar a fertilidade feminina
Quando uma mulher ou um casal procura a reprodução assistida, fazemos uma série de exames para verificar qual o seu status de fertilidade. Um deles pode ser o exame anti-mulleriano, que avalia a reserva ovariana da tentante, ou seja, a quantidade de óvulos disponíveis para a fecundação.
Quando uma mulher ou um casal procura a reprodução assistida, fazemos uma série de exames para verificar qual o seu status de fertilidade. Um deles pode ser o exame anti-mulleriano, que avalia a reserva ovariana da tentante, ou seja, a quantidade de óvulos disponíveis para a fecundação.
O resultado desse teste, em associação com outros tipos de exame, poderá ajudar a determinar qual método de reprodução assistida vai oferecer as maiores chances da mulher engravidar.
Ao longo desse processo, ele também poderá ser utilizado para estimar a resposta do organismo aos tratamentos realizados, ajudando a dosar a medicação necessária para a estimulação ovariana, por exemplo.
Entendendo o exame e o hormônio anti-mulleriano
O hormônio anti-mulleriano (HAM) é uma glicoproteína produzida pelos folículos ovarianos, estruturas que armazenam os óvulos antes da maturação. Ele é responsável por regular o crescimento e o desenvolvimento dos folículos durante a vida reprodutiva da mulher, do nascimento à menopausa.
Na reprodução humana assistida, esse hormônio pode ser utilizado como um indicador da reserva ovariana feminina. Ao testarmos a quantidade de HAM no sangue da mulher, é possível prever a quantidade de óvulos disponíveis, para serem fecundados naturalmente ou por meio de algum tratamento específico.
A análise é realizada por meio de exame de sangue simples, sendo que as taxas podem variar entre < 0,16 ng/ml (baixa resposta) a > 4,0 ng/ml (alta resposta). Quanto maior a taxa de HAM, mais os folículos estão ativos e, portanto, maior a quantidade de gametas.
Uma das vantagens desse tipo de exame é que ele pode ser realizado em qualquer etapa do ciclo menstrual, sem sofrer alterações. Inclusive, o uso de anticoncepcional não afeta o resultado do exame anti-mulleriano.
Para quem o exame anti-mulleriano é indicado
De maneira geral, a análise do hormônio anti-mulleriano é indicado para mulheres que pretendem engravidar e, por algum motivo, podem apresentar uma reserva ovariana comprometida.
Veja só os principais casos de indicação dessa análise:
- Mulheres que estão passando por um tratamento de fertilidade;
- Mulheres com histórico de menopausa precoce na família ou que já entraram em falência ovariana prematura;
- Mulheres que pretendem preservar a fertilidade com congelamento de óvulos;
- Avaliação para dosagem de medicamento durante a estimulação ovariana no tratamento de fertilidade
Interpretando os resultados do exame anti-mulleriano
Ok Embora os resultados do exame anti-mulleriano não sejam decisivos a respeito da capacidade de uma mulher engravidar ou não com seus próprios óvulos, os valores de referência são uma boa ferramenta para ajudar a determinar os melhores métodos de reprodução assistida para a tentante em questão.
- HAM > 4,0 ng/ml: resposta muito alta;
- HAM entre 2,0 e 4,0 ng/ml: resposta alta;
- HAM entre 1,0 e 2,0 ng/ml: resposta média;
- HAM entre 0,16 e 1,0 ng/ml: resposta baixa;
- HAM < 0,16 ng/ml: resposta muito baixa;
Como falamos, quanto maior o índice do hormônio anti-mulleriano, maiores as chances da mulher engravidar em tratamento de reprodução assistida. Isso significa que aquelas com HAM acima de 4,0 ng/ml têm mais óvulos disponíveis, enquanto aquelas com HAM abaixo de 0,16 ng/ml têm estoque muito baixo ou esgotado.
Entretanto, ter uma reserva ovariana baixa ou mesmo nenhum óvulo disponível não significa que a mulher não possa realizar o sonho de ser mãe.
Para as que não estão mais ovulando, existe a opção de doação de gametas, em que a mulher recebe um óvulo e até mesmo um embrião de uma doadora anônima e realiza uma Fertilização In Vitro.
Aquelas que possuem poucos óvulos podem passar por um processo de estimulação ovariana, para que eles fiquem maduros e possam ser coletados para Fertilização in Vitro.
Quando a reserva ovariana é muito baixa, a FIV costuma ser o método mais indicado porque é mais complexo e tem maiores taxas de sucesso do que a inseminação artificial, por exemplo.
Quando uma mulher ou um casal procura a reprodução assistida, fazemos uma série de exames para verificar qual o seu status de fertilidade. Um deles pode ser o exame anti-mulleriano, que avalia a reserva ovariana da tentante, ou seja, a quantidade de óvulos disponíveis para a fecundação.
O resultado desse teste, em associação com outros tipos de exame, poderá ajudar a determinar qual método de reprodução assistida vai oferecer as maiores chances da mulher engravidar.
Ao longo desse processo, ele também poderá ser utilizado para estimar a resposta do organismo aos tratamentos realizados, ajudando a dosar a medicação necessária para a estimulação ovariana, por exemplo.
Entendendo o exame e o hormônio anti-mulleriano
O hormônio anti-mulleriano (HAM) é uma glicoproteína produzida pelos folículos ovarianos, estruturas que armazenam os óvulos antes da maturação. Ele é responsável por regular o crescimento e o desenvolvimento dos folículos durante a vida reprodutiva da mulher, do nascimento à menopausa.
Na reprodução humana assistida, esse hormônio pode ser utilizado como um indicador da reserva ovariana feminina. Ao testarmos a quantidade de HAM no sangue da mulher, é possível prever a quantidade de óvulos disponíveis, para serem fecundados naturalmente ou por meio de algum tratamento específico.
A análise é realizada por meio de exame de sangue simples, sendo que as taxas podem variar entre < 0,16 ng/ml (baixa resposta) a > 4,0 ng/ml (alta resposta). Quanto maior a taxa de HAM, mais os folículos estão ativos e, portanto, maior a quantidade de gametas.
Uma das vantagens desse tipo de exame é que ele pode ser realizado em qualquer etapa do ciclo menstrual, sem sofrer alterações. Inclusive, o uso de anticoncepcional não afeta o resultado do exame anti-mulleriano.
Para quem o exame anti-mulleriano é indicado
De maneira geral, a análise do hormônio anti-mulleriano é indicado para mulheres que pretendem engravidar e, por algum motivo, podem apresentar uma reserva ovariana comprometida.
Veja só os principais casos de indicação dessa análise:
- Mulheres que estão passando por um tratamento de fertilidade;
- Mulheres com histórico de menopausa precoce na família ou que já entraram em falência ovariana prematura;
- Mulheres que pretendem preservar a fertilidade com congelamento de óvulos;
- Avaliação para dosagem de medicamento durante a estimulação ovariana no tratamento de fertilidade
Interpretando os resultados do exame anti-mulleriano
Embora os resultados do exame anti-mulleriano não sejam decisivos a respeito da capacidade de uma mulher engravidar ou não com seus próprios óvulos, os valores de referência são uma boa ferramenta para ajudar a determinar os melhores métodos de reprodução assistida para a tentante em questão.
- HAM > 4,0 ng/ml: resposta muito alta;
- HAM entre 2,0 e 4,0 ng/ml: resposta alta;
- HAM entre 1,0 e 2,0 ng/ml: resposta média;
- HAM entre 0,16 e 1,0 ng/ml: resposta baixa;
- HAM < 0,16 ng/ml: resposta muito baixa;
Como falamos, quanto maior o índice do hormônio anti-mulleriano, maiores as chances da mulher engravidar em tratamento de reprodução assistida. Isso significa que aquelas com HAM acima de 4,0 ng/ml têm mais óvulos disponíveis, enquanto aquelas com HAM abaixo de 0,16 ng/ml têm estoque muito baixo ou esgotado.
Entretanto, ter uma reserva ovariana baixa ou mesmo nenhum óvulo disponível não significa que a mulher não possa realizar o sonho de ser mãe.
Para as que não estão mais ovulando, existe a opção de doação de gametas, em que a mulher recebe um óvulo e até mesmo um embrião de uma doadora anônima e realiza uma Fertilização In Vitro.
Aquelas que possuem poucos óvulos podem passar por um processo de estimulação ovariana, para que eles fiquem maduros e possam ser coletados para Fertilização in Vitro.
Quando a reserva ovariana é muito baixa, a FIV costuma ser o método mais indicado porque é mais complexo e tem maiores taxas de sucesso do que a inseminação artificial, por exemplo.
Análise genética do embrião na FIV: será que é pra você?
Quando uma mulher ou um casal inicia um processo de reprodução humana assistida, muitos esforços são empreendidos para que o objetivo de ter um filho seja alcançado.
Para algumas pessoas, a análise genética do embrião, exame que ajuda a identificar possíveis patologias genéticas, pode aumentar as chances de sucesso da Fertilização in Vitro porque possibilita realizar a implantação somente de embriões saudáveis.
O que é e como funciona a análise genética do embrião
Na FIV, depois que o óvulo é fecundado pelo espermatozóide, o embrião é cultivado em laboratório para se desenvolver até ser possível transferi-lo para o útero materno.
O processo de desenvolvimento de um embrião consiste numa série de divisões e diferenciações celulares, em que possíveis erros podem acarretar alterações cromossômicas causadoras de doenças que, em muitos casos, prejudicam o andamento da gestação.
Entre 5 a 6 dias depois da fecundação, o embrião atinge o estágio de blastocisto, no qual podemos realizar o Teste Genético Pré-Implantacional (PGT), por meio de uma biópsia.
As células embrionárias são retiradas e encaminhadas para análise genética, onde vão passar pelos testes PGT-A ou PGT-M. Em alguns casos, ambos podem ser realizados.
No primeiro, a técnica irá rastrear mais de 100 doenças genéticas, principalmente aquelas relacionadas a alterações no número de cromossomos, como síndromes de Down, Edwards, Turner e Patau, que estão, frequentemente, relacionadas à perda gestacional.
Já o PGT-M vai rastrear doenças hereditárias específicas, que acometem vários membros da mesma família e que possuem altas chances de serem transmitidas para os descendentes, como anemia falciforme, fibrose cística, neuropatias, entre outras.
Depois de avaliados, os embriões euplóides, ou seja, sem alterações genéticas, são selecionados para implantação no útero. Essa medida diminui o risco de abortos espontâneos por alterações cromossômicas, e ou doenças ligadas à má-formação genética.
Para quem a análise genética do embrião é indicada
Esse procedimento pode ser indicado para pessoas com mais chances de terem gametas de má qualidade, como mulheres acima dos 38 anos ou cujos parceiros têm idade avançada ou alterações seminais graves.
Casais que passaram por falhas repetidas de implantação na FIV ou perda gestacional recorrente também podem se beneficiar desse tipo de teste, bem como aqueles que possuem alterações genéticas que podem ser transmitidas para os filhos ou que passaram por falhas repetidas de implantação na FIV.
As vantagens e riscos da análise genética do embrião
As principais vantagens da análise genética do embrião são as menores chances de desenvolvimento de bebês com patologias ou doenças hereditárias por meio da transferência de embriões saudáveis. Assim, aumentamos as chances da gestão ser bem sucedida.
Além disso, muitas mulheres se sentem mais tranquilas ao saberem que escolheram um embrião saudável e que têm mais chances de ter uma gestação tranquila.
Por outro lado, o sequenciamento genético pode revelar que todo os embriões possuem patologias que impedem a transferência, o que seria, também, uma grande decepção. Além disso, o procedimento oferece riscos baixos de inviabilizar o embrião para implantação.
É também importante ressaltar que ainda existe a possibilidade do embrião desenvolver algum tipo de patologia após a transferência, ok?
Agora que você já entendeu melhor esses importantes aspectos a respeito da análise genética de embriões, você já consegue imaginar se ele é ou não indicado para você. De qualquer forma, fique tranquila: quando você começa o seu processo de reprodução assistida, nós do Centro de Reprodução Humana do Mater Dei vamos te fornecer todas as informações necessárias para que você realize o seu tratamento de fertilidade da melhor maneira possível, ok?
Tudo o que você precisa saber sobre gravidez solo
Nem sempre o sonho de se tornar mãe envolve um par: a gravidez por produção independente está se tornando cada vez mais comum entre mulheres que querem ser mães solo, ou seja, sem a participação de um parceiro ou parceira.
Chamamos, também, de produção independente os casos de mulheres que estão em relações homoafetivas e que querem engravidar, já que o procedimento, em si, é o mesmo. Entretanto, alguns aspectos psicossociais são diferentes, já que a realidade da mãe solo e do casal de mulheres que vão ter um bebê são distintas.
Tomando a decisão de ter uma gravidez solo
Independentemente do motivo, a legislação brasileira garante a qualquer mulher acima dos 18 anos o direito de procurar a reprodução assistida para engravidar sem um parceiro masculino.
Muitas tomam essa decisão mais cedo, mas é mais comum que mulheres por volta dos 40 anos, que ainda não encontraram alguém para formar uma família, tomem a decisão de fazê-lo de forma independente.
Geralmente, a preocupação é com a viabilidade dos óvulos, já que a reserva ovariana começa a declinar após os 30 anos, diminuindo as chances da mulher conseguir engravidar com seus próprios gametas.
Entretanto, a ausência de óvulos não impossibilita a gravidez, já que a tentante pode receber a doação tanto do sêmen quanto do óvulos.
O processo de produção independente
A primeira coisa a se levar em consideração quando uma mulher quer engravidar por produção independente é seu status de fertilidade. Afinal, isso irá determinar se será feita uma inseminação intrauterina ou uma Fertilização in Vitro.
Se a mulher tiver poucos ou nenhum problema de fertilidade, a inseminação poderá ser utilizada. Entretanto, se o caso for mais complexo, a FIV é mais indicada porque possui taxas de sucesso cada vez mais elevadas, principalmente para mulheres com baixa reserva ovariana. Para mulheres que receberem uma ovodoação, a FIV será a única opção viável.
Tomada essa decisão, é hora de buscar, no banco de sêmen, os gametas masculinos necessários para a fertilização. Vale ressaltar que a doação é feita de maneira altruísta e anônima. Ou seja, o homem não recebe nenhum tipo de quantia em dinheiro e o laboratório não pode revelar sua identidade à receptora, nem ele saber para quem seu material foi doado.
A tentante pode escolher algumas características do doador, como altura, peso, cor dos cabelos, dos olhos e da pele, seu tipo sanguíneo, profissão e hobbies. Assim, poderá optar por um doador com aparência física semelhante à sua ou não.
Com essas questões definidas, é hora de iniciar a preparação para o procedimento, seja ele a FIV ou a inseminação intrauterina. Geralmente, a mulher inicia uma medicação hormonal para induzir a ovulação.
Caso a inseminação seja o método escolhido, o sêmen será introduzido na cavidade uterina da mulher. Se a FIV for utilizada, os óvulos maduros são coletados, fecundados em laboratório e, depois que o embrião se desenvolver um pouco, ele é transferido para o útero.
Por fim, é hora de esperar o resultado positivo do teste de gravidez.
Lidando com a família e amigos como mãe solo
Lidar com opiniões alheias quando o assunto é fertilidade pode ser mesmo um desafio, já que na nossa sociedade ainda prevalece a visão de família formada por uma mulher, um homem e um bebê.
Entretanto, essa não é a única forma de se relacionar afetivas e muito menos de realizar o sonho da maternidade. Ressaltamos, mais uma vez, que tanto as mulheres em relações homoafetivas quanto as que querem se tornar mães solo têm esse direito protegido pela legislação brasileira.
Nenhuma mulher é menos mãe ou tem uma família pior por não ter uma outra pessoa no papel de mãe ou pai do seu filho. Algumas pessoas preferem manter essa escolha sigilosa, enquanto outras compartilham essa realidade com amigos e parentes.
Cada tentante deve decidir pelo que a deixará mais confortável, ok?
Se você quer saber mais sobre como a reprodução assistida ajuda mulheres diversas a realizar o sonho da maternidade, não deixe de nos acompanhar no Instagram ou Facebook.
O que é gravidez ectópica e quais os riscos de ela acontecer na FIV
Quando uma mulher se submete a um tratamento de fertilidade, muitos medos costumam surgir: medo de não conseguir engravidar, de ter uma perda gestacional ou alguma complicação durante a gravidez.
É muito importante que ao investir em tratamentos como a Fertilização In Vitro, por exemplo, a paciente esteja ciente das possíveis complicações associadas. Uma delas pode ser a gravidez ectópica, caracterizada pela implantação do embrião fora do útero.
Entenda o que é a gravidez ectópica
No processo de gravidez, tendo ela acontecido naturalmente ou por meio da reprodução humana assistida, o óvulo fertilizado se prende ao revestimento do útero para dar continuidade ao desenvolvimento do embrião.
Numa gravidez ectópica ao invés de o embrião se fixar no endométrio, ele acaba sendo implantado em algum lugar fora dele. Em 98% dos casos, o embrião se desenvolve em uma das trompas, estrutura semelhante a um tubo. Nos 2% restantes, a implantação ocorre em outros locais, como ovário, colo do útero ou na cavidade abdominal.
Uma gravidez ectópica é considerada, na grande maioria dos casos, sem futuro. Isso porque o embrião não consegue se desenvolver normalmente fora do útero e, à medida em que cresce, causa danos às estruturas que o rodeiam. Afinal, o útero está preparado para aumentar de tamanho, não as trompas.
Sem tratamento, esse tipo de gravidez pode colocar a vida da mulher em risco.
Os riscos de gravidez ectópica na FIV
Alguns fatores parecem aumentar as chances da mulher ter uma gravidez ectópica, como inflamações ou lesões na região pélvica e tubária, cirurgias no local, falha na ligadura de trompas, episódio prévio de gravidez ectópica e uso de DIU.
No caso das mulheres que realizam tratamentos de fertilidade como a Fertilização in Vitro, as chances dessa complicação acontecer são baixas ao redor de 1,7%.
Muitas pessoas pensam que a FIV pode impedir a gravidez ectópica porque o embrião é transferido cirurgicamente para o útero da mulher. Entretanto, esse embrião pode se deslocar até outra região e, se as trompas estiverem danificadas, pode ser mais difícil para ele voltar ao útero naturalmente, se implantando no local errado.
Tratamento da gravidez ectópica em mulheres com infertilidade
Infelizmente o tratamento para gravidez ectópica é a remoção do embrião e, dependendo do estágio da gravidez, de parte ou da totalidade da trompa onde ele se desenvolveu.
Como falamos, essa é uma gravidez que não só coloca a vida da mulher em risco como também impede que o feto se desenvolva adequadamente. Por isso o embrião deve ser removido com medicamentos que param o seu desenvolvimento ou numa cirurgia, geralmente realizada por via laparoscópica.
Outra questão é a preservação dos ovários durante a cirurgia, caso a mulher ainda tenha um estoque de óvulos viável para continuar o tratamento de infertilidade.
Quando iniciamos o processo de Fertilização in Vitro levamos em conta todos esses fatores e, inclusive, realizamos uma série de exames após a transferência de embriões para ter certeza de que ele se fixou no local apropriado.
O papel da tecnologia na reprodução humana do século XXI
A tecnologia se tornou uma grande aliada da reprodução humana, principalmente para as pessoas que têm problemas causadores de infertilidade. Essa história já não é tão jovem: o primeiro bebê fruto de um processo de Fertilização In Vitro nasceu em 1978 e, desde então, diversos outros conceitos e práticas passaram a fazer parte do universo da reprodução humana assistida.
A hiperestimulação ovariana, a criopreservação de embriões e gametas, testes genéticos pré-implantação e a injeção intracitoplasmática de espermatozóides são algumas das práticas que tornaram a reprodução humana assistida mais eficaz e viável para um número maior de pacientes, com o passar do tempo.
Até o momento, as tecnologias utilizadas na reprodução humana em nosso país são a Fertilização in Vitro (FIV), a injeção intracitoplasmática de espermatozóides (ICSI), eclosão assistida, a pesquisa genética de embriões e a criopreservação (congelamento) de óvulos, espermatozóides, embriões e tecidos ovarianos.
Algumas dessas técnicas podem ser utilizadas sozinhas ou em associação, com indicações diferentes e particulares para cada mulher ou casal tentante. Todas são regulamentadas pelo Conselho Federal de Medicina e, inclusive, nos últimos 25 anos, 83 mil bebês brasileiros nasceram por meio de tratamentos de reprodução assistida, fazendo do Brasil o líder no ranking latino-americano que mais realizaram esse tipo de procedimento.
A popularização dessas técnicas indica que a demanda por pessoas solteiras, casais hetero e homoafetivos, de diferentes idades e com questões diversas acerca da própria fertilidade é mesmo volumosa.
No período inicial da reprodução humana assistida, as técnicas eram voltadas para quadros médicos específicos e, com o tempo, essas tecnologias passaram a atender pessoas que desejam ter filhos, independentemente de achados clínicos ou patológicos. Na prática, isso significa que qualquer pessoa acima dos 18 anos que queira se tornar mãe ou pai pode procurar tratamentos de fertilidade que possibilitem a realização desse sonho, caso a gestação não possa ocorrer de maneira espontânea.
Depois de descobertas e técnicas tão expressivas nos últimos quarenta anos, sem dúvidas esse campo da medicina continuará a evoluir ao se deparar com novos dilemas médicos e necessidades dos pacientes. Atualmente, duas grandes tecnologias inovadoras parecem estar em andamento.
No The Lancet, foi descrito o caso de transplante do útero de uma doadora falecida em uma mulher sem o órgão, que foi capaz de completar a gestação de um bebê que, em 2020, completará quatro anos de idade.
Sem dúvidas caminhamos muito, mas ainda parece haver espaço para evoluir as tecnologias e possibilidades da reprodução assistida ainda neste século.
Conheça as principais causas da infertilidade masculina
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 40% dos casais inférteis não conseguem ter filhos por fatores masculinos.
No geral, os homens permanecem férteis por mais tempo do que as mulheres, que costumam enfrentar dificuldades de fertilidade a partir dos 35 anos.Entretanto, os hábitos de vida pouco saudáveis da sociedade ocidental tem comprometido a qualidade do esperma dos homens, antes mesmo de eles chegarem aos 40.
Sintomas da infertilidade masculina
O homem pode suspeitar de infertilidade se estiver tendo relações sexuais desprotegidas há um ano sem conseguir engravidar a parceira (se a mulher tiver mais de 35 anos, o tempo de espera passa a ser de apenas seis meses). Entretanto, somente uma avaliação médica poderá dizer se os problemas de fertilidade são femininos, masculinos ou de ambos.
Antigamente, era comum atribuir a infertilidade somente à mulher, mas, atualmente, estima-se que 20% dos casais têm dificuldades para engravidar por problemas em ambos os parceiros, enquanto 40% estão no homem e 40% na mulher.
Quando o casal enfrenta dificuldades para engravidar, deve procurar ajuda médica para obter um diagnóstico preciso para tratar a causa de infertilidade e, se for necessário, investir em alguma técnica de reprodução assistida.
As principais causas da infertilidade masculina
As principais causas da infertilidade masculina estão associadas a hábitos de vida nocivos à saúde como um todo. Apesar disso ser uma consequência da nossa cultura, que não incentiva os homens a serem protagonistas da própria saúde, a boa notícia é que, de maneira geral, a infertilidade pode ser prevenida.
Obesidade
Ter um IMC acima de 30 ou excesso de peso pode impactar a qualidade do esperma. Isso ocorre porque os depósitos de gordura podem sobrecarregar e influenciar o metabolismo dos andrógenos (hormônios masculinos responsáveis pela fertilidade), especialmente a testosterona. Não só o DNA do espermatozóide pode sofrer alterações como a própria composição do esperma em si pode se tornar um ambiente pouco propício para os gametas.
Tabagismo
A fumaça do cigarro contém centenas de substâncias tóxicas que afetam a função reprodutiva em diversos níveis. Nos homens, pode prejudicar o desenvolvimento de espermatozóides, fazendo com que os gametas tenham pouca motilidade e até mesmo deixem de ser produzidos.
Alguns estudos demonstraram que a concentração de espermatozóides era 32% menor entre os fumantes.
Uso de anabolizantes
Além de oferecer sérios riscos para a saúde como um todo, injeções de testosterona e outros tipos de anabolizantes podem prejudicar seriamente a fertilidade masculina. Isso ocorre porque essas substâncias podem levar o cérebro a interromper parcial ou totalmente a liberação de hormônios responsáveis por produzir o esperma.
Infecções não tratadas
Doenças sexualmente transmissíveis como a gonorréia e clamídia podem causar infertilidade. A inflamação genital provocada por essas infecções pode alterar a qualidade do esperma e, em casos mais graves e até crônicos, pode haver obstrução do epidídimo e da uretra, impedindo a ejaculação.
Varicocele
Uma das causas mais frequentes de infertilidade masculina, a varicocele consiste na dilatação das veias que drenam o sangue dos testículos. Com o acúmulo sanguíneo, a região aumenta de temperatura, o que pode prejudicar a produção de espermatozóides ao longo do tempo.
Infelizmente, não é possível prevenir a doença e, na maioria dos casos o paciente não sabe que tem varicocele, já que o problema é assintomático. Isso torna o diagnóstico mais difícil e demorado, de maneira que o homem só descubra a enfermidade quando não consegue ter filhos.
Geralmente, a varicocele pode ser tratada com medicamentos e com o uso de suspensório escrotal. Entretanto, pacientes com sintomas mais graves podem necessitar de cirurgia.
Em até 70% dos casos o espermograma demonstra melhora na produção de espermatozóides, o que aumenta significativamente as chances de o homem conseguir ser pai. Muitos aproveitam o tratamento da varicocele para investir na Fertilização in Vitro, inclusive.
Se você gostou desse texto, confira nossos outros artigos a respeito da fertilidade masculina!
Preservação da fertilidade em mulheres com doenças benignas
Nas últimas semanas, falamos aqui no nosso blog a respeito da oncofertilidade, especialidade da reprodução assistida que busca preservar a fertilidade de pacientes com câncer.
Entretanto, além do câncer, existem doenças benignas que também podem impactar seriamente a fertilidade feminina, seja por mecanismos relacionados à própria enfermidade, ou aos tratamentos realizados.
Endometriose, tumores benignos, torção anexial e algumas síndromes genéticas são doenças que podem comprometer a reserva ovariana. Isso significa que, de alguma forma, essas enfermidades podem limitar a quantidade de óvulos disponíveis para fecundação.
Sem esses gametas, a mulher entraria em falência ovariana prematura, fazendo da preservação da fertilidade a melhor alternativa para possibilitar a gravidez da paciente no futuro.
Preservação da fertilidade em pacientes com endometriose
A endometriose atinge uma em cada dez brasileiras em idade reprodutiva, e se caracteriza pela presença de tecidos semelhantes ao endométrio fora do útero, como nos ovários, trompas, intestino, bexiga, apêndice e vagina.
Esse tecido entra em processos inflamatórios crônicos que, com o tempo, fazem com que os órgãos afetados desenvolvam cicatrizes e aderências capazes de mudar as estruturas anatômicas do local.
Além da reserva ovariana ser seriamente impactada pela inflamação quando o tecido endometrial está nos ovários, o tratamento cirúrgico também tende a causar danos ovarianos. Em casos mais graves, inclusive, pode ser necessário remover os ovários e até mesmo o útero.
Portanto, a preservação da fertilidade precisa ser discutida com pacientes portadoras de endometriose, especialmente nos seguintes casos:
- quando a paciente possui mais riscos de desenvolver lesões nos dois ovários
- quando a paciente tem mais riscos de desenvolver um tipo de cisto chamado endometrioma nos dois ovários
- recorrência de endometrioma depois da cirurgia
De maneira geral, a técnica com maiores taxas de sucesso é a criopreservação de oócitos e embriões, principalmente quando realizadas antes da mulher completar 35 anos.
Preservação da fertilidade em mulheres com cistos ovarianos benignos e torção anexial
Tanto os cistos ovarianos quanto as torções anexiais (torção de ovários saudáveis ou com tumores) são ocorrências comuns, e estão associados à infertilidade feminina devido ao seu tratamento cirúrgico.
Geralmente, a torção ovariana ocorre quando o ovário está com um volume maior, justamente devido ao cisto, causando uma forte dor abdominal na paciente. Nesse caso, o tempo faz toda a diferença, já que, se a paciente demorar a procurar ajuda médica, o ovário tem altas chances de necrosar e precisar ser removido cirurgicamente.
Entretanto, quando detectado precocemente, é possível realizar a detorsão e remoção do cisto, buscando causar o mínimo de dano possível à reserva ovariana. Como nem sempre é possível preservar a fertilidade durante a cirurgia, a criopreservação de gametas ou embriões é indicada nesses casos mais complexos.
Outra opção é a criopreservação de tecido ovariano saudável, removido juntamente do cisto benigno.
Preservação da fertilidade em mulheres com falência ovariana prematura e síndrome de Turner
A insuficiência ovariana prematura atinge cerca de 1% da população feminina antes dos 40 anos, podendo ter causas genéticas ou não ovarianas, como doenças autoimunes, cirurgias, quimio ou radioterapia.
Nesses últimos casos, o objetivo é preservar a fertilidade da paciente antes de iniciar o tratamento, já que depois que a mulher já perdeu toda a sua reserva ovariana, só será possível engravidar recebendo uma doação de óvulo.
Já entre as condições genéticas que podem impactar seriamente a fertilidade feminina, está a síndrome de Turner, causada mutação genética no cromossomo X, que leva à diminuição da reserva ovariana antes mesmo dos 10 anos.
Nessa situação, a criopreservação do tecido ovariano é o único método disponível de preservação da fertilidade, recomendada mesmo quando a paciente é tão jovem. Entretanto, os oócitos precisarão passar por um processo de maturação em solução hormonal, procedimento com menores taxas de sucesso.
Possibilidades da gravidez pós-laqueadura
A laqueadura tubária ou ligadura de trompas é um método de contracepção, geralmente, adotado por mulheres que já têm filhos e a certeza de que não querem mais engravidar.
Apesar de ser considerada definitiva, muitas mulheres podem desejar reverter a laqueadura e recuperar a fertilidade.
O que é e como é feita a laqueadura
A laqueadura é um procedimento cirúrgico em que as trompas da mulher são amarradas ou cortadas. Como elas são os canais que conectam os ovários ao útero, a laqueadura impede o encontro do óvulo com o espermatozóide e, consequentemente, a fecundação, além da chegada do embrião ao útero.
A cirurgia pode ser feita por via minimamente invasiva, através da videolaparoscopia ou com técnica aberta, mas nos dois casos o objetivo é o mesmo: interromper o caminho das trompas. Para isso, o médico pode optar por grampos, anéis elásticos ou mesmo remoção de parte ou toda a trompa.
Essa técnica é considerada um método contraceptivo permanente, e tem taxa de sucesso de cerca de 99%.
Atualmente, no Brasil, a esterilização cirúrgica é regulamentada por lei e é permitida, somente, para homens e mulheres com com capacidade civil plena, maiores de 25 anos de idade ou, pelo menos, com dois filhos vivos, desde que observado o prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação da vontade e a realização da cirurgia.
É possível realizar a laqueadura, também durante uma cesárea, quando há risco à vida ou à saúde da mulher ou do futuro bebê.
É possível engravidar mesmo depois da laqueadura
Apesar de raro, algumas mulheres apresentam uma recanalização espontânea das trompas e acabam engravidando mesmo sem fazer nenhum tipo de procedimento para reverter a laqueadura.
Por outro lado, tem sido cada vez mais frequente que mulheres que haviam realizado a laqueadura se arrependam e busquem reverter o procedimento.
Na maioria das vezes, isso acontece depois que a mulher entra em um novo relacionamento e passa a desejar ter um filho com o companheiro. A boa notícia é que é sim possível recuperar a fertilidade e engravidar mesmo depois da laqueadura.
Engravidar com reversão da laqueadura
Para reverter a laqueadura é necessário fazer uma nova cirurgia, em que as tubas uterinas são religadas, a recanalização tubária. No entanto, trata-se de um procedimento com uma baixa taxa de sucesso.
Esse procedimento só deve ser indicado para mulheres jovens, após uma avaliação completa do casal, tanto da mulher quanto do homem, na ausência de qualquer outro fator que possa interferir nas chances de gravidez, como por exemplo, uma alteração nos espermatozoides
O resultado positivo da reversão da laqueadura pode variar de acordo com as condições do órgão após a primeira cirurgia. Se estiverem dilatadas ou com tecido cicatricial, as chances de fecundação são reduzidas. Outros fatores também influenciam, como saúde geral da mulher, sua idade e qualidade dos óvulos.
Engravidar com Fertilização In Vitro
Como a laqueadura não interfere na produção dos óvulos ou no processo de implantação do embrião, a FIV é perfeitamente possível para mulheres que realizaram laqueadura e desejam engravidar, sendo inclusive o tratamento com melhor eficácia e taxa de sucesso.
Na FIV, o óvulo é fecundado pelo espermatozóide fora do corpo da mulher e independe da atuação das trompas. O laboratório de fertilização in vitro funciona como uma trompa artificial. Assim, o sucesso do procedimento depende somente de fatores como a idade da tentante, a qualidade dos óvulos, espermatozóides e do endométrio da paciente.
Como cada paciente ou casal são únicos, o melhor método para alcançar a gravidez deve ser escolhido individualmente, de acordo com os prós e contras de cada um. O médico poderá auxiliar na tomada dessa decisão, avaliando todos os fatores que possam dificultar ou facilitar a gravidez.
Se a mulher removeu toda a trompa, tem mais de 36 anos, baixa reserva ovariana ou seu parceiro tem alterações seminais, costumamos recomendar a FIV porque, nesses casos, esse método possui mais chances de sucesso. Além de diminuir o desgaste emocional da tentante, a Fertilização in Vitro tem o diferencial de ser muito menos invasiva do que a cirurgia de reversão da laqueadura.
Quer saber mais sobre a FIV? Então confira o nosso passo a passo do do procedimento, da consulta à gravidez.