Trombofilia: Conheça a doença e sua relação com a fertilidade
A trombofilia tem assustado muitas mulheres, principalmente em associação ao uso de anticoncepcionais hormonais.
Para quem quer engravidar, a preocupação é ainda maior, já que a doença pode causar uma série de dificuldades obstétricas, inclusive, dificultando o tratamento para fertilização in vitro.
A trombofilia pode ser definida como uma predisposição a desenvolver trombose, doença caracterizada pela formação de coágulos de sangue (trombos). O problema é causado por uma alteração na ação das proteínas responsáveis pela coagulação sanguínea, e costuma ser assintomático até o episódio trombótico acontecer.
O que causa a trombofilia
Pessoas com histórico familiar de trombose e predisposição à diminuição do fluxo sanguíneo estão mais sujeitas à trombofilia, podendo apresentar mutação em fatores de coagulação do sangue ou nos inibidores fisiológicos da coagulação.
Isso não quer dizer que se parentes diretos seus tiveram episódios de trombose, você necessariamente viverá o mesmo. Entretanto, interações com determinados componentes adquiridos podem aumentar significativamente as chances de ter um ou mais episódios.
Fatores adquiridos também podem colocar em risco aumentado de trombose pessoas sem histórico familiar da doença. Obesidade, períodos de imobilidade, tabagismo, medicamentos hormonais como os anticoncepcionais, tumores, diabetes, pressão e colesterol altos podem predispor a eventos trombóticos.
Trombofilia e fertilidade: qual a relação?
Durante a gravidez, o corpo feminino passa por uma série de mudanças para se preparar para o momento do parto. Uma delas é um aumento nos fatores coagulantes, para evitar hemorragias durante e após o nascimento do bebê.
Isso significa que mulheres portadoras de trombofilia têm maiores riscos de desenvolver coágulos durante a gestação, inclusive nos vasos da placenta, o que pode levar a problemas como descolamento prematuro de placenta, pré-eclâmpsia, óbito fetal, prematuridade, entre outros. Perdas gestacionais repetidas também podem estar relacionadas às trombofilias, mas esta associação é complexa, e se aplica a todos os casos.
Não é incomum que mulheres só descubram o problema depois de muitas tentativas frustradas de gravidez, quando procuram a reprodução assistida. Geralmente, o médico responsável vai suspeitar presença de trombofilia a partir do histórico da paciente, e solicitar os exames necessários para confirmar o diagnóstico.
É possível engravidar mesmo com trombofilia
Para potencializar as chances de engravidar e minimizar os riscos durante a gestação, a portadora de trombofilia deve ter o acompanhamento de um especialista em reprodução humana, além do hematologista.
Para se alcançar o sonhado bebê, o médico vai solicitar os exames necessários para a avaliação de todas os fatores que podem estar relacionados à perda gestacional e indicar o tratamento adequado. Muitas vezes, pode ser indicada a fertilização in vitro (FIV), processo começa pela estimulação ovariana, e a paciente pode iniciar o tratamento com anticoagulantes já esta etapa. Mas este tratamento tem que ser bem indicado e monitorado para não colocar em risco a saúde da mulher e do bebê.
Não existe uma receita única para todos os casos e o uso indiscriminado de anticoagulantes pode predispor a complicações hemorrágicas, potencialmente sérias. Por isso, a avaliação completa e individualizada e o aconselhamento é fundamental na definição do tratamento.
E para as mulheres com diagnóstico de trombofilia, o tratamento adequado é fundamental para melhorar as chances de sucesso na gravidez e garantir a saúde da paciente e do bebê durante a gestação.
Esperando o resultado da transferência de embriões | O passo a passo do tratamento de FIV
Depois da transferência dos embriões, última etapa do processo de fertilização in vitro, vem a espera. São cerca de duas semanas até que a paciente possa fazer o teste beta HCG e descobrir se está grávida ou não.
Todo o processo de reprodução assistida tem como objetivo realizar o grande sonho de ter um bebê, então, é perfeitamente natural que a mulher ou o casal experiencie angústia e ansiedade nesse momento.
Trata-se de um período cercado de dúvidas e não é incomum encontrar, na internet, relatos de mulheres preocupadas, ansiosas pelo resultado e com medo de prejudicar sua implantação de alguma maneira.
A ansiedade é muita, mas é importante manter a calma
Depois de tentativas frustradas, tratamentos hormonais, coleta dos óvulos e o processo de implantação, é totalmente compreensível que a mulher esteja desgastada tanto física quanto psicologicamente.
Então, não se surpreenda se, nesse período, você notar mudanças repentinas de humor. Além do tratamento hormonal afetar o equilíbrio emocional, a expectativa é grande. Seja paciente consigo mesma e com suas emoções.
Sabemos que durante essas duas semanas você só quer saber se a implantação deu certo. Entretanto, é melhor não pensar demais sobre o assunto, já que você não pode fazer nada a partir da implantação, além de esperar.
Distraia sua mente
Ocupe sua mente com o trabalho, projeto, hobby, atividade de lazer ou outros estímulos. Talvez seja o momento de procurar uma rede de apoio, seja com o(a) companheiro(a), familiares, amigos, ou algum tipo de terapeuta ou psicólogo.
Evite o Dr. Google
A equipe de reprodução assistida do Mater Dei também estará pronta para responder as dúvidas que podem surgir nesse período, então evite fazer muitas perguntas ao “Dr. Google”. Afinal, ele não conhece você nem seu histórico como sua médica, certo?
Não precisa limitar suas atividades
O período de repouso recomendado após a implantação é de, no máximo, 48h. Depois disso, não tem problema se você caminhar, pegar algo do chão, fizer força para ir ao banheiro, limpar a casa… não existe evidência científica de que atividade física possa prejudicar a gravidez.
Entretanto, não é incomum que algumas mulheres sintam desconforto abdominal, principalmente depois da coleta dos óvulos, que ocorre 2 a 5 dias antes da transferência.
Então, que fique claro: o repouso deve ser feito se for deixar a mulher mais confortável, não para evitar uma falha na implantação, ok?
Teste de farmácia não substitui o beta HCG
Muitas mulheres fazem testes de farmácia antes do exame de beta HCG mas saiba que somente o teste sanguíneo realizado no dia determinado pela sua médica é que irá confirmar a sua gravidez. Então, se o teste de farmácia vier negativo, não se desespere e siga as recomendações da sua médica. Se vier positivo, tenha paciência, também. O ideal é não realizar o teste de farmácia, ele poderá somente aumentar a sua ansiedade.
Como saber se a implantação de embriões deu certo
Como falamos, somente o teste realizado pela clínica de reprodução poderá confirmar se a implantação foi bem sucedida. Se o resultado for positivo com beta-HCG acima de 30 UI/ml, a paciente está grávida.
Os valores devem aumentar em torno de 50% 48 horas depois do primeiro exame. Um ultrassom deve ser feito duas semanas depois do teste positivo para verificar a localização da gestação e o número de embriões.
Até o dia do teste, as pacientes costumam ficar de olho no surgimento de sintomas que sinalizem a gravidez. Alguns deles podem ser:
– Cólicas no abdome inferior;
– Aumento da sensibilidade ou inchaço nas mamas;
– Cansaço ou fadiga;
– Pequeno sangramento escuro, tipo borra de café (avise seu médico!)
Entretanto, se você não apresentou nenhum desses sintomas, não se preocupe! Muitas mulheres não apresentam nenhum sinal da gravidez nesses primeiros dias porque os níveis do beta hCG ainda são muito baixos.
Além disso, esses são sintomas inespecíficos e não garantem que a implantação deu certo, ok? Paciência é a palavra de ordem nesse momento!
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Infertilidade masculina: saiba o que é a fragmentação do DNA espermático
O excesso de fragmentação do DNA espermático é umas das principais causas da infertilidade masculina. Uma pequena parcela de espermas com esta alteração é considerado normal. Porém, quando o homem apresenta um número elevado de espermatozoides com essa alteração, a probabilidade de ocorrer uma gravidez espontânea e saudável é consideravelmente reduzida.
O que é a fragmentação do DNA espermático?
A fragmentação do DNA espermático é uma condição clínica em que os espermatozoides sofrem alterações e liberam fragmentos do DNA no sêmen. Estes gametas se tornam incapazes de fertilizar o óvulo adequadamente. Em casos que ocorre a fertilização, o dano pode gerar embriões com atraso de desenvolvimento, falhas na implantação do embrião no útero e até aborto precoce.
Causas
Entre os fatores que contribuem para o aumento da fragmentação do DNA espermático estão:
- aumento da idade;
- tabagismo;
- varicocele;
- algumas infecções sexualmente transmissíveis;
- leucocitospermia;
- obesidade;
- alimentação;
- uso de substâncias pró-inflamatórias;
- irradiação;
- quimioterapia;
- aumento da temperatura da bolsa escrotal.
Alguns fatores, exceto doenças e idade avançada, podem ser revertidos e restabelecer a fertilidade masculina.
Como é feito o teste e o diagnóstico
As alterações da fragmentação do DNA espermático não são detectadas no exame convencional de espermograma. É necessário um exame de análise complementar para verificar a qualidade do sêmen.
A investigação deve ser feita quando o casal apresenta dificuldades para engravidar; abortos precoces de repetição sem causa conhecida; histórico de gestação anterior com alteração cromossômica ou síndrome genética; casos de baixa taxa de fertilização e falhas de implantação após tratamentos de fertilização in vitro.
O teste é realizado a partir de uma amostra de sêmen e possui dados bem objetivos. Ele contabiliza a porcentagem de espermatozoides que sofreram a fragmentação e analisa as possíveis causas do problema. O valor de corte estabelecido para sub-infertilidade é de 20% para o índice de fragmentação do DNA.
O material coletado avalia o volume de sêmen; a viscosidade do líquido; motilidade e vitalidade dos espermatozoides; presença de fragmentos de DNA e sua quantidade. O exame revela, também, se espermatozoides morfologicamente normais e móveis podem apresentar níveis altos de fragmentação do DNA.
Tratamento
Com o diagnóstico em mãos é possível avaliar qual o tratamento mais adequado para que o homem consiga retomar sua fertilidade.
O paciente diagnosticado com fragmentação do DNA espermático pode se beneficiar da terapia com agentes antioxidantes (vitamina C e E), antibióticos e anti-inflamatórios antes de se submeter à fertilização. Outra possibilidade é realização de uma biópsia testicular para encontrar espermatozoides sem ou com baixo índice de fragmentação.
Para saber mais sobre as possíveis causas da infertilidade masculina, agende uma consulta com a equipe do Centro de Reprodução Humana Mater Dei. Telefones: (31) 99969-1507 | (31) 3339-9495 | (31) 3339-9686
Mitos e verdades sobre a infertilidade
A infertilidade, além de ser um fantasma na vida de quem sonha em ter filhos, acaba gerando mitos que podem transformar-se em verdadeiros monstros. A ansiedade, a insegurança, a tristeza podem aterrorizar a vida de qualquer pessoa. Por isso, vamos esclarecer o que é mito e o que verdade quanto o assunto é infertilidade:
Útero retrovertido causa dificuldade para engravidar
MITO – O fato de o útero estar voltado para trás não significa, necessariamente, problema para engravidar. O colo do útero estando no lugar é o suficiente para permitir a passagem dos espermatozoides.
Tive caxumba e fiquei estéril
VERDADE – A caxumba pode prejudicar a produção dos espermatozoides, mesmo que o paciente tenha ficado de repouso absoluto.
Abortos naturais diminuem a chance de gravidez
MITO – A interrupção da gravidez não atrapalha novas gestações, principalmente se ocorrer naturalmente.
Mulheres que se exercitam demais ficam estéreis
VERDADE – O excesso de exercícios físicos diminui a quantidade de gordura no organismo, o que altera a produção hormonal. A ovulação pode ser interrompida, como forma de defesa natural do organismo, que fica carente de nutrientes.
Dá para engravidar apenas com um ovário e uma trompa
VERDADE – Desde que o ovário produza óvulos normalmente e que a trompa não esteja obstruída a ponto de impedir a fecundação.
Abortos provocados podem interferir na fertilidade
VERDADE – O aborto provocado por aspiração e curetagem mal feita pode, sim, provocar obstruções das trompas ou gerar aderências decorrentes de processos inflamatórios. Ambas atrapalham a fertilidade.
Quem menstrua muito tarde tem dificuldade de engravidar
MITO – Não há relação entre a idade da primeira menstruação com a fertilidade da mulher.
Quem fuma pode não conseguir ter filhos
VERDADE – Nos homens, produz espermatozoides com dificuldade de locomoção e com morfologia alterada. Nas mulheres, a qualidade dos óvulos também diminui.
A obesidade atrapalha a fertilidade
VERDADE – Nos homens, a obesidade altera o metabolismo e interfere diretamente na mobilidade e na forma dos espermatozoides, que têm sua capacidade de fecundação diminuída. Nas mulheres, causa disfunções hormonais importantes que prejudicam o ciclo menstrual e a ovulação.
Doença sexualmente transmissível (DST) não tem nada a ver com a infertilidade
Mito – Doenças sexualmente transmissíveis, como clamídia ou gonorreia, respondem por 15% das causas de infertilidade nas mulheres e 10% nos homens.
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O que é falha de implantação em FIV?
A fertilização in vitro (FIV) é um dos procedimentos mais assertivos para quem sonha em ser mãe. As taxas de gravidez por essa técnica variam entre 40% e 55% por tentativa, um número bem superior se comparado aos da concepção por via natural: 18% e 20% por ciclo ovulatório.
Porém, mesmo com os avanços da medicina, existem alguns fatores que influenciam negativamente no resultado da FIV. Uma das razões para não dar certo são as falhas de implantação.
Ainda não se sabe o motivo pelo qual um embrião e um endométrio aparentemente saudáveis não conseguem resultar em uma gravidez. Porém, estudos apontam que um terço das causas mais comuns para as falhas de implantação estão relacionadas à qualidade do embrião. Os outros dois terços têm a ver com a receptividade do endométrio ou com a interação entre o endométrio e o embrião.
Nem mesmo os avanços tecnológicos, que permitem a realização de uma biópsia eficaz para a seleção dos embriões geneticamente saudáveis, garantem o sucesso da implantação.
Quais alterações podem estar relacionadas com a falha da FIV?
A falha pode ocorrer em mulheres que não respondem bem à estimulação ovariana ou que a qualidade embrionária é ruim, idade materna avançada, fumantes, obesas ou ainda em mulheres que apresentam doenças nas trompas, doenças uterinas como miomas, pólipos endometriais, e infecciosas, por exemplo.
Abordagem médica pode aumentar as chances de gravidez
A recomendação da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida é realizar um rastreamento detalhado, por meio de exames, para identificar causas reconhecidas e direcionar aos tratamentos específicos. Os principais exames de rotina são ultrassom transvaginal (comum ou em 3D); histerossonografia (ultrassom transvaginal que facilita a visualização de lesões intracavitárias); histerossalpingografia em casos específicos; histeroscopia ou ressonância magnética.
De qualquer forma, continua valendo a máxima na medicina de que cada caso deve ser avaliado individualmente para que os especialistas possam apontar os melhores tratamentos, a indicação ou não de novas alternativas, tecnologias. E assim diminuir a ocorrência de falhas e aumentar as chances das pacientes realizarem a tão sonhada gestação.
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Como se programar para a transferência de embrião
A transferência do embrião é o gran finale do processo de fertilização in vitro (FIV) e o começo da realização de um grande sonho.
Independente, do que essa etapa representa, muita gente tem dúvida de como se programar para a transferência do embrião, e é isso que vamos responder agora.
A transferência do embrião pode ser realizada a fresco, o que exige que seja feita de 2 a 5 dias após a coleta de óvulos e fertilização. E também por meio de embriões congelados que serão descongelados para o procedimento realizado partir do primeiro ciclo menstrual depois da coleta.
No caso do uso de embriões congelados, assim que o casal decidir pela transferência e o endométrio estiver devidamente preparado, o procedimento deve ser agendado e o laboratório informado, para que o descongelamento seja programado dentro do período certo.
Para programar a transferência de embrião, é preciso considerar ainda a janela de implantação, um período de extrema importância para o sucesso da gravidez.
O que é janela de implantação?
Janela de implantação é o nome dado ao período de maior receptividade do endométrio, ou seja, o momento ideal para implantação do embrião após um estímulo hormonal com estradiol e progesterona. Esse período costuma durar cerca de 3 dias dentro de um ciclo regular de 28 dias.
Estima-se que 3 em cada 10 mulheres possuem a chamada janela de implantação deslocada, quando a receptividade endometrial acontece em outro período.
A janela deslocada não afeta a fertilidade da mulher, mas altera o momento propício para a fixação do embrião no endométrio. Se não for diagnosticada, provavelmente o embrião será implantado em um período em que o endométrio não está apto para recebê-lo, diminuindo, portanto, as chances de sucesso. Isso permanece ainda como um grande dilema em reprodução assistida e é foco de grandes estudos tentando esclarecer como identificar se estamos atingindo ou não a janela de implantação. e se seria a causa dos resultados negativos.
Existe um teste para identificar o momento de maior receptividade endometrial, chamado ERA (Endometrial Receptivity Array). Mas lembramos que é ainda um teste experimental e só deve ser indicado por um especialista em reprodução humana.
Após a identificação da janela de implantação, a transferência de embriões pode ser programada, com foco no aumento das chances de gravidez.
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Vamos falar de reprodução assistida? | O passo a passo da transferência de embriões
A transferência de embriões é a última e mais aguardada etapa da FIV. Depois da estimulação ovariana com hormônios, da captação dos óvulos e desenvolvimento dos embriões no laboratório, é chegada a hora de levar um ou mais embriões para o útero da futura mamãe.
O procedimento é simples. Como se fosse um exame ginecológico, normalmente é indolor e, portanto, não há necessidade de internação ou anestesia. Podemos dizer que é como uma ida ao consultório para uma consulta de rotina, mas com um objetivo bem maior: o de realizar o sonho de ter um filho.
A seguir, explicaremos como funciona a transferência de embriões
1 – Antes da transferência
A transferência embrionária ocorre em um ciclo de FIV com os embriões a fresco ou após o descongelamento de embriões criopreservados.
Em um ciclo de FIV, a decisão de qual dia será realizada a transferência do(s) embrião(ões) dependerá da idade da paciente, do número e qualidade dos embriões, da realização ou não do estudo genético do embrião.
Para os embriões congelados, em alguns casos, é preciso preparar o endométrio. camada que reveste internamente o útero, para que ele atinja a espessura ideal para receber o embrião e consolidar a gravidez. Esse preparo é realizado com hormônios, como o estradiol e a progesterona, iniciando geralmente no começo do ciclo menstrual..
Já outras mulheres não precisam passar por esse preparo e a transferência ocorrerá no seu ciclo natural.
Quando a transferência ocorre no ciclo de FIV, a própria estimulação hormonal com a indução ovariana já é responsável pelo preparo do endométrio naturalmente
De qualquer forma, é importante um acompanhamento da resposta do endométrio para preparar e identificar o melhor momento para a transferência.
2 – Transferência de embriões para o útero
No dia da transferência, é importante que a mulher esteja calma. Por isso, é bom que ela receba atenção da família e informação da equipe médica em todas as fases da FIV.
A transferência é realizada com o auxílio de um cateter, guiado por ultrassom, que passa pelo colo do útero e deposita os embriões na cavidade uterina. A mulher deve estar com a bexiga cheia. A urina cria uma “janela acústica” que melhora a visualização do útero através do aparelho de ultrassonografia. O enchimento da bexiga também pode fazer com que o procedimento de passagem do cateter seja mais fácil, possibilitando também a identificação do melhor local para a colocação do embrião
3 – Pós-transferência
Como hoje a FIV ocorre de maneira análoga à gestação espontânea, a mulher pode prosseguir com a rotina normal, evitando apenas esforço físico e relações sexuais após a transferência. O resultado pode ser confirmado por meio de um exame de gravidez, beta-HCG, que deve ser realizado em torno de 9 a 11 dias após a transferência.
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Saiba como é o passo a passo de um tratamento de FIV: Etapa Cultivo de embriões
Para quem pretende seguir em frente com o sonho de ter filhos por meio de um tratamento de fertilidade, informação nunca é demais.
Por isso estamos abordando cada passo do tratamento pelo qual você passará,
se for indicada uma Fertilização In Vitro (FIV). Hoje, vamos detalhar um pouco mais a etapa do cultivo de embriões.
O cultivo embrionário se dá depois da fertilização, quando ocorre a fusão do material genético do óvulo com o do espermatozoide e antes da transferência de embriões para o útero da futura mamãe.
Na prática, o cultivo é o acompanhamento do desenvolvimento do embrião no laboratório: análise do tempo e da duração das divisões celulares, formato e número de células (blastômeros) do embrião, formação ou não do blastocisto. É nesta fase que é possível selecionar os embriões com maiores chances de conseguir se fixar no endométrio a fim de obter a gravidez. Veja a seguir os passos desta etapa:
Dia 1
Assim que ocorre a fecundação, no dia 1, é possível identificar, pelo microscópio uma célula com dois pronúcleos, o masculino e o feminino (estruturas onde ficam os cromossomos materno e paterno) que se unem para dar origem ao zigoto, estágio pré-embrionário anterior à primeira divisão celular.
Dia 2
A partir do dia 2, começam as divisões celulares, o embrião passa a ter de 2 a 4 células.
Dia 3
No dia 3, já pode ter de 6 a 10 células. Nos dias 2 e 3, o embrião está em estágio de clivagem, divisões mitóticas repetidas. Cada blastômero (célula) se divide em duas, com a metade do tamanho que a originou. E assim sucessivamente.
Dia 4
No dia 4, já são aproximadamente 16 células, bem compactadas. Nesta fase, ele é chamado de mórula.
Dia 5
A partir do dia 5, as 40, 80 células diminuem de tamanho e se achatam. Surge uma grande cavidade em seu interior que é cheia de líquido, chamada blastocele. Acontece então a primeira diferenciação celular, com a formação das células que darão origem à placenta e as que darão origem ao embrião propriamente dito. Neste estágio o embrião é chamado de blastocisto.
A camada interna de células do blastocisto (massa celular interna) é que dá origem aos tecidos e órgãos do corpo humano, enquanto a camada externa (trofoectoderma) forma a estrutura placentária.
Normalmente as transferência de embriões podem ser realizadas no dia 2, dia 3 ou no dia 5. Essa próxima etapa da FIV que será abordada em outro post.
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Vamos falar de preservação da fertilidade? | O passo a passo do congelamento dos espermatozoides
O congelamento de espermatozoides (criopreservação) é uma opção para manter a fertilidade masculina e a qualidade do sêmen. A técnica é indicada para homens que vão passar por procedimentos que podem prejudicar a capacidade reprodutiva, ou que planejam fazer uma vasectomia.
As amostras congeladas de esperma podem ficar armazenadas por tempo indeterminado. O processo mantém as qualidades genéticas e o potencial para gerar um bebê saudável, por meio de um tratamento de reprodução assistida.
Continue a leitura e saiba como funciona cada etapa da criopreservação de sêmen.
Estapa 1: Consulta médica, tira-dúvidas e pedido de exames
O primeiro passo é a consulta com a equipe médica para avaliar a razão pela qual o paciente quer congelar seus espermatozoides; retirar todas as dúvidas sobre o procedimento.
Depois de uma conversa franca e esclarecedora, é pedido o exame de espermograma para avaliar a qualidade seminal do esperma.
Etapa 2: Coleta
Após a análise do espermograma, se não houver anormalidades, segue-se para a coleta do gametas masculinos.
Para o preparo, recomenda-se abstinência sexual e de masturbação de 3 a 7 dias, antes de cada coleta.
A ação é realizada pelo próprio paciente, por meio de masturbação, em sala isolada. Caso, o homem não tenha espermatozoides no sêmen ejaculado, pode-se fazer um processo de punção testicular.
Sempre que possível, sugerimos que o paciente realize três coletas. Cada procedimento é dividido em várias palhetas, permitindo, na maioria dos casos, utilização em vários procedimentos de fertilização assistida.
Etapa 3: Análise do sêmen
O terceiro passo é a avaliação do sêmen antes do congelamento para verificar: volume, concentração de espermatozóides, motilidade e morfologia espermática.
Etapa 4: Preparação dos espermatozoides
Com o esperma qualificado, inicia-se a preparação para o congelamento: neste momento são adicionadas substâncias crioprotetoras que garantem o sucesso do congelamento.
Em seguida, o sêmen é colocado em tubos pré-identificados que passam por um congelamento gradual.
Etapa 5: Congelamento gradual do sêmen
Cada amostra é cuidadosamente identificada, com o objetivo de assegurar a precisão e a confiabilidade da amostra.
Os tubos são armazenados em tanques de nitrogênio líquido específico. O citoplasma da célula é resfriado pelo vapor de nitrogênio líquido por um processo de contínuo de diminuição da temperatura até acontecer a cristalização do sêmen.
Para manter as propriedades genéticas as amostras são congeladas a baixíssimas temperaturas que chegam a -196ºC.
Para uso do sêmen, as amostras são retiradas do nitrogênio líquido, descongeladas em temperatura ambiente, processadas para separação dos espermatozoides e seguem para o tratamento de fertilização assistida.
As taxas de gravidez com o sêmen criopreservado variam de acordo com a técnica utilizada e a qualidade da amostra após o descongelamento.
Se você tem interesse no processo de congelamento de espermatozoides, agende uma consulta com a equipe do Centro de Reprodução Humana Mater Dei para mais informações.
Saiba como é o passo a passo de um tratamento de FIV: da consulta à gravidez | Etapa Coleta de Óvulos
A melhor amiga da boa decisão é a informação. Por isso, se você pretende seguir em frente com o sonho de ter filhos por meio de um tratamento de fertilidade, deve tirar todas as dúvidas para sentir segurança e conduzir o sonho adiante.
No post anterior, a gente falou de cada passo do tratamento pelo qual você passará, se for indicado uma Fertilização In Vitro (FIV).
Hoje, vamos detalhar um pouco mais do Passo 7: punção folicular que trata sobre a etapa coleta de óvulos.
A coleta de óvulos é um procedimento relativamente simples e rápido, fundamental na FIV.
1 – Preparação
Os ovários são estimulados previamente para que os folículos sejam amadurecidos de forma igual e garantam um número maior de óvulos maduros e de boa qualidade. Os especialistas acompanham a estimulação ovariana pela ultrassonografia e verificam o melhor momento para a coleta dos folículos.
2 – Procedimento
A aspiração dos óvulos é feita por meio de uma agulha guiada por ultrassom transvaginal e dura cerca de 20 a 30 minutos, a depender da quantidade de folículos.
O procedimento é realizado sob leve sedação venosa, evitando que a paciente sinta qualquer dor ou incômodo na picada da agulha ou na punção do ovário. Depois, com auxílio de um espéculo, é feita a lavagem da vagina e do colo uterino com soro fisiológico. A aspiração ou punção é feita por uma agulha fina acoplada ao aparelho de ultrassom introduzida na vagina até os ovários onde penetra os folículos.
3 – Avaliação
O material coletado é entregue ao laboratório de fertilização in vitro, imediatamente após a coleta, onde será analisado por microscópio. Em seguida, os óvulos coletados são colocados em meio de cultura e incubados à espera dos espermatozoides para a fertilização.
4 – Pós-procedimento
Algumas mulheres podem ter sonolência em decorrência da sedação e sentir um leve incômodo na região abdominal. Por isso, recomenda-se repouso no dia da coleta. O retorno às atividades diárias dependerá da disposição de cada paciente.
Nos próximos textos, vamos abordar outras etapas da FIV, como o cultivo embrionário e a transferência de embriões.
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