A inseminação artificial é um dos tratamentos de fertilidade mais simples, em que o esperma é aplicado diretamente na cavidade uterina ou excepcionalmente no colo do útero, dependendo do método utilizado, que pode ser a inseminação intrauterina ou intracervical.
Esse procedimento possibilita a concepção sem relação sexual e costuma ser um dos mais procurados por casais com problemas de fertilidade, já que resulta em poucos efeitos colaterais.
Além disso, ele pode ser feito, também, por mulheres interessadas em produção independente, utilizando o esperma de um doador.
Para quem a inseminação artificial é indicada
Para que a gravidez ocorra naturalmente, é necessário que o esperma faça o caminho do canal vaginal até as trompas, onde o óvulo será fertilizado.
Entretanto, algumas condições podem fazer com que o esperma do homem não tenha a mobilidade necessária para se deslocar pelo corpo feminino. Outra situação que dificulta a fecundação natural são alterações anatômicas no colo do útero, por exemplo. Disfunções no ciclo ovulatório também podem dificultar a fecundação.
Em casos como esses, a inseminação artificial poderá ser considerada otimizando as chances deencontro entre o óvulo e o espermatozóide.
Geralmente, esse método é indicado para mulheres com menos de 35 anos, que apresentem trompas pérvias e que a causa da infertilidade seja fator masculino leve, endometriose leve e infertilidade sem causa aparente; quando a reserva ovariana começa a ficar comprometida ou o tempo de infertilidade for superior a três anos , pode ser mais estratégico investir em métodos de reprodução assistida mais complexos, como a Fertilização in Vitro, por exemplo.
Inseminação intrauterina x Inseminação intracervical
Tanto a inseminação intrauterina quanto a inseminação intracervical funcionam como atalhos para o esperma.
Em ambas as técnicas, dependendo do grau de fertilidade da mulher, podemos realizar um ciclo de estimulação ovariana para garantir que um ou mais óvulos estejam maduros e disponíveis para a fecundação.
Na inseminação intracervical o sêmen do doador ou parceiro é aplicado no colo do útero utilizando uma seringa específica. Trata-se de uma região de transição entre a vagina e o interior desse órgão, de maneira que os espermatozóides ainda precisarão se deslocar pelo útero até as trompas para fecundar o óvulo. Era um procedimento mais utilizado no passado. Após ficar estabelecido pela literatura que a inseminação intrauterina apresenta melhores resultados do que a intracervical, esta foi perdendo espaço. Hoje em dia quando mencionamos inseminação estamos nos referindo à inseminação intra uterina Ger
Na inseminação intrauterina o sêmen é aplicadodiretamente dentro do útero e, para isso, o material precisa passar por um preparo especial.
Nesse processo, removemos proteínas e outros componentes que podem afetar a fertilização, o que torna o sêmen mais concentrado, aumentando as chances de fecundação.
Com um espéculo, o médico vai abrir o acesso ao útero e inserir um instrumento através da vagina até o interior do órgão, depositando o esperma. É um processo parecido com um teste de papanicolau.
, A mulher é orientada a aguardar alguns minutos antes de se levantar e, algumas semanas depois, poderá realizar um teste de gravidez e descobrir se o método foi bem sucedido.
Ou seja, as principais diferenças entre os dois métodos é que na inseminação intrauterina o deslocamento do sêmen é ainda menor do que na intracervical e esse material costuma passar por essa preparação especial. A IU é portanto mais eficaz qu e a IC.
Todos esses aspectos são explicados para a mulher ou o casal tentante quando procuram a reprodução assistida para que eles possam fazer a melhor escolha naquele momento e, caso a inseminação falhe, ainda podem investir em outros métodos.
De maneira geral, por ser um tratamento considerado simples, as taxas de sucesso da inseminação artificial são inferiores às de métodos mais complexos como a Fertilização In Vitro, por exemplo, motivo pelo qual muitas tentantes estão optando por realizar a FIV antes mesmo da inseminação.