A transferência de embriões é a última e mais aguardada etapa da FIV. Depois da estimulação ovariana com hormônios, da captação dos óvulos e desenvolvimento dos embriões no laboratório, é chegada a hora de levar um ou mais embriões para o útero da futura mamãe.
O procedimento é simples. Como se fosse um exame ginecológico, normalmente é indolor e, portanto, não há necessidade de internação ou anestesia. Podemos dizer que é como uma ida ao consultório para uma consulta de rotina, mas com um objetivo bem maior: o de realizar o sonho de ter um filho.
A seguir, explicaremos como funciona a transferência de embriões
1 – Antes da transferência
A transferência embrionária ocorre em um ciclo de FIV com os embriões a fresco ou após o descongelamento de embriões criopreservados.
Em um ciclo de FIV, a decisão de qual dia será realizada a transferência do(s) embrião(ões) dependerá da idade da paciente, do número e qualidade dos embriões, da realização ou não do estudo genético do embrião.
Para os embriões congelados, em alguns casos, é preciso preparar o endométrio. camada que reveste internamente o útero, para que ele atinja a espessura ideal para receber o embrião e consolidar a gravidez. Esse preparo é realizado com hormônios, como o estradiol e a progesterona, iniciando geralmente no começo do ciclo menstrual..
Já outras mulheres não precisam passar por esse preparo e a transferência ocorrerá no seu ciclo natural.
Quando a transferência ocorre no ciclo de FIV, a própria estimulação hormonal com a indução ovariana já é responsável pelo preparo do endométrio naturalmente
De qualquer forma, é importante um acompanhamento da resposta do endométrio para preparar e identificar o melhor momento para a transferência.
2 – Transferência de embriões para o útero
No dia da transferência, é importante que a mulher esteja calma. Por isso, é bom que ela receba atenção da família e informação da equipe médica em todas as fases da FIV.
A transferência é realizada com o auxílio de um cateter, guiado por ultrassom, que passa pelo colo do útero e deposita os embriões na cavidade uterina. A mulher deve estar com a bexiga cheia. A urina cria uma “janela acústica” que melhora a visualização do útero através do aparelho de ultrassonografia. O enchimento da bexiga também pode fazer com que o procedimento de passagem do cateter seja mais fácil, possibilitando também a identificação do melhor local para a colocação do embrião
3 – Pós-transferência
Como hoje a FIV ocorre de maneira análoga à gestação espontânea, a mulher pode prosseguir com a rotina normal, evitando apenas esforço físico e relações sexuais após a transferência. O resultado pode ser confirmado por meio de um exame de gravidez, beta-HCG, que deve ser realizado em torno de 9 a 11 dias após a transferência.
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