Congelamento de Óvulos X Congelamento de Embriões: vantagens e desvantagens
Os tratamentos de reprodução assistida podem ser empregados em diversas situações e as motivações para a escolha de cada técnica vão variar de acordo com o perfil de cada paciente.
Síndrome de Hiperestimulação Ovariana
Uma complicação possível depois da indução da ovulação para tratamentos de infertilidade é a Síndrome de Hiperestimulação Ovariana, resposta exagerada dos ovários aos hormônios utilizados para maturar os óvulos.
Na parte 1, te explicamos como esse problema se desenvolve e os tratamentos indicados de acordo com a seriedade de cada caso de SHO. Agora, queremos falar sobre as formas de prevenir a Síndrome e, assim, evitar arriscar a saúde da tentante e o cancelamento do ciclo de estimulação ovariana.
Fatores de risco para o desenvolvimento da Síndrome de Hiperestimulação Ovariana
Identificar as pacientes que correm mais riscos de desenvolver a SHO é a principal forma de prevenir esse problema, já que poderemos adequar o tratamento de acordo com as especificidades de cada uma.
Alguns fatores de risco amplamente conhecidos são os seguintes:
- Mulheres com Índice de Massa Corporal (IMC) abaixo de 20, ou seja, que estão abaixo do peso ideal;
- Mulheres com Síndrome de Ovários Policísticos;
- Mulheres com menos de 32 anos;
- Mulheres com histórico prévio de Síndrome de Hiperestimulação Ovariana;
Durante o tratamento, mulheres com altos índices de hormônio antimulleriano ou com mais de 15 folículos maduros também correm mais riscos de desenvolver a Síndrome e devem ser acompanhadas de perto.
Todos esses fatores são observados pela equipe de reprodução assistida para fazer ajustes no tratamento de fertilidade, sempre com o objetivo de preservar a saúde da mulher e possibilitar a gravidez.
Entretanto, como a Síndrome de Hiperestimulação Ovariana pode colocar a vida da tentante em risco, em alguns casos o cancelamento do ciclo poderá ser recomendado.
Cancelamento do ciclo pode ser necessário na SHO
Tecnicamente, o cancelamento do ciclo de estimulação ovariana é a forma mais eficaz de prevenir o agravamento da SHO, mas nunca é fácil tomar essa decisão. A essa altura do tratamento, a mulher já está muito envolvida emocionalmente e financeiramente, e a última coisa que deseja é perder a chance de engravidar.
O uso de protocolos mais seguros como o protocolo antagonista e o trigger ( maturação final dos oócitos) com análogo do GnRH, tem se mostrado altamente eficaz na prevenção da SHO, com raríssimos casos descritos no mundo.
Outra alternativa imediata é chamada de coasting, que consiste na parada temporária de gonadotrofinas enquanto mantemos outros tipos de hormônios. Apesar de ser um grande aliado no controle da Síndrome de Hiperestimulação Ovariana, ainda é associado a menores taxas de gravidez.
Para pacientes em risco mas que chegaram a realizar a coleta de óvulos, pode ser também recomendado criopreservar os gametas ou embriões para uma gravidez em outro ciclo.
Essa medida pode ser interessante para evitar que uma possível gestação agrave mais ainda o quadro de SHO. Além disso, pacientes com a Síndrome possuem níveis elevados de estradiol, o que pode ser prejudicial para o endométrio e também para o embrião.
Sabemos que lidar com a Síndrome de Hiperestimulação Ovariana, principalmente em quadros mais graves, pode ser assustador para a tentante. Justamente por isso, estamos disponíveis para responder todas as suas dúvidas sobre o assunto. É só deixar nos comentários aqui embaixo!
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Assim como qualquer tratamento médico, a indução da ovulação realizada em processos de reprodução assistida também traz alguns riscos associados. Um deles é a Síndrome da Hiperestimulação Ovariana (SHO), caracterizada pela resposta exagerada dos ovários à estimulação hormonal.
Esse problema, geralmente, é autolimitado, ou seja, se resolve sozinho dentro de uma determinada janela de tempo, mas necessita de acompanhamento porque pode gerar complicações muito sérias.
Na forma leve a moderada, seus principais sintomas são aumento no tamanho dos ovários, distensão ou desconforto abdominal, dor ou cólica, náusea, vômito , inchaço e ganho de peso. Eles são provocados pelo aumento da permeabilidade vascular, gerando acúmulo de líquido na cavidade abdominal e torácica.
Os casos mais leves costumam ser mais comuns, afetando aproximadamente 10% das mulheres tentantes, enquanto os índices para SHO moderadas e graves são de 3% a 6% e 0,5% a 2%, respectivamente.
Além disso, a Síndrome de Hiperestimulação Ovariana também pode ocasionar o cancelamento do ciclo, o que gera muita frustração para a paciente.
Entendendo a Síndrome de Hiperestimulação Ovariana
O hormônio responsável por essa síndrome é o hCG. Ele estimula as células dos folículos ovarianos a produzirem substâncias que fazem com que o líquidos saiam das veias e artérias para o ambiente extravascular.
O hCG é utilizado para maturar os óvulos no processo de estimulação ovariana e costuma ser aplicado de 34h a 36h antes da coleta de óvulos. Chamamos esse hormônio de hCG exógeno.
Entretanto, ele também é liberado no início da gravidez pelas células do tecido que darão origem à placenta, e por isso é o hormônio utilizado como marcador para sabermos se a mulher está ou não grávida. Nesse caso, o chamamos de hCG endógeno.
Portanto, a Síndrome de Hiperestimulação Ovariana pode ser um resultado tanto do processo de reprodução assistida quanto da gravidez em si, mas o hCG endógeno está associado a formas mais graves da doença.
Tratamento e complicações da Síndrome de Hiperestimulação Ovariana
Essa Síndrome pode ser classificada como leve, moderada ou grave, refletindo a quantidade de líquido que se acumula no espaço entre a pele, músculo e demais órgãos.
Por esse motivo, as consequência do problema podem variar bastante, indo desde leve desconforto abdominal causado pelo aumento do tamanho dos ovários a trombose e insuficiência renal.
No quadro leve, a paciente pode perceber uma distensão abdominal, desconforto na região e náusea leve, com ocorrência de vômitos. O tratamento é administração de líquido isotônico, para restabelecer o equilíbrio do organismo e suplementação de proteína.
No quadro moderado, os sintomas são parecidos, mas podem ser mais intensos e a paciente também pode apresentar ascite (barriga d’água). Em alguns casos, é necessário interná-la para administrar medicamentos intravenosos.
Por fim, no quadro grave, a mulher pode apresentar complicações muito mais sérias, como acúmulo de líquido no tórax, ausência ou diminuição drástica do volume de urina, trombose venosa profunda, síncope e rápido ganho de peso.
Nesses casos, costuma ser necessário que a paciente seja internada em UTI e passe por uma drenagem do hidrotórax e da ascite por via vaginal. O quadro é grave, mas é importante se lembrar que esse é um fenômeno bastante raro, e atualmente, praticamente evitável com o uso de protocolos específicos.
Receber todas essas informações pode ser assustador para quem está buscando a reprodução assistida. Além de toda a ansiedade que é comum entre as tentantes, elas precisam também lidar com os riscos associados ao procedimento.
Por isso é tão importante estar amparada por uma boa equipe, que leva em conta as angústias desse processo e vai esclarecer todas dúvidas da paciente, o que sem dúvidas contribui para que ela se sinta mais tranquila.
No próximo post do blog, vamos contar alguns fatores de riscos envolvidos na Síndrome da Hiperestimulação Ovariana e como é possível prevenir o problema. Continue de olho por aqui, ok?
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Tudo que você precisa saber sobre ácido fólico, seu suplemento antes e durante a gravidez
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O ácido fólico é um dos maiores aliados das mulheres grávidas porque ajuda no desenvolvimento do feto em fases cruciais, prevenindo uma série de problemas graves.pr.
Apesar de estar presente em uma série de alimentos, ingeri-lo na forma de suplemento é uma forma de ter certeza de que você está consumindo quantidade adequada de ácido fólico.
O que é ácido fólico
Ácido fólico é o nome dado à versão sintética do folato, uma das vitaminas do complexo B mais importantes para a saúde como um todo. Ele auxilia no metabolismo celular e na formação de novas células no corpo. Em adultos, o ácido fólico é fundamental no crescimento das unhas, pele e cabelos. Sabendo disso, dá para imaginar a importância desse micronutriente na formação dos bebês, certo?
Alimentos como espinafre, aspargos, abóbora, cenoura, quiabo, brócolis, bife de fígado, feijão de corda e abacate costumam ser ricos em ácido fólico. Por isso, mantê-los regularmente na dieta é muito importante. Porém, a versão sintética é considerada mais estável e absorvível.
Benefícios do ácido fólico para gestantes e tentantes
O ácido fólico é fundamental na formação do feto, principalmente nas primeiras semanas de desenvolvimento. Esse micronutriente reduz as chances de malformações no tubo neural, (estrutura precursora do cérebro e da medula espinhal), causadoras de problemas como paralisia de membros inferiores, anencefalia e espinha bífida.
De acordo com o Center for Disease Control and Prevention (CDC), pelo menos metade dos casos de defeitos no tubo neural no mundo inteiro podem ser prevenidos com a suplementação de ácido fólico.
Para as tentantes, a suplementação é ainda mais importante. Primeiro, porque esse tipo de malformação começa quando a mulher ainda nem sabe que está grávida, motivo pelo qual o CDC recomenda o uso de ácido fólico para todas as mulheres em idade reprodutiva.
Segundo, porque diversos estudos apontam para maiores chances de concepção entre mulheres que utilizaram suplementação de ácido fólico.
Um estudo dinamarquês publicado no European Journal of Clinical Nutrition avaliou que, das participantes, as mulheres que utilizaram ácido fólico tinham 15% mais chances de engravidar em 12 ciclos.
Entre aquelas com ciclos irregulares, o uso de ácido fólico aumentou em até 35% as chances de ter um bebê.
Em pacientes passando por Fertilização In Vitro, o ácido fólico está associado a uma melhor qualidade do embrião e, consequentemente, maiores chances de sucesso no procedimento, de acordo com um estudo publicado em 2019 no Clin Med Insights Womens Health.
Além disso, o ácido fólico também tem um papel importante na neutralização do estresse e da inflamação do corpo, dois fatores que prejudicam a fertilidade feminina de maneira geral.
Suplementação de ácido fólico deve ser prescrita por médico
Assim como qualquer outro suplemento alimentar, é melhor ter orientação médica a respeito do seu uso correto. Principalmente porque o excesso de ácido fólico pode esconder os sinais de que a paciente está com deficiência de outro micronutriente importante, a vitamina B12.
Reserva ovariana: o que é e como preservar
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Reserva ovariana: o que é e como preservar
Quando começamos a investigar o status de fertilidade de uma mulher, um dos primeiros fatores que precisamos levar em consideração é a sua reserva ovariana. Trata-se da quantidade de óvulos disponíveis para amadurecerem e serem liberados durante o ciclo menstrual.
As mulheres nascem com aproximadamente 2 milhões de óvulos e vão perdendo cerca de mil a cada menstruação, de maneira que, ainda na adolescência, costuma sobrar apenas cerca de um terço dos gametas femininos.
Quanto mais o tempo passa, menor é a quantidade de óvulos disponíveis, um processo natural e impossível de se evitar.
É por isso que fica mais difícil engravidar após os 35 anos, quando os óvulos disponíveis são poucos e podem conter erros genéticos causadores de síndromes, má-formações e abortos espontâneos. Ao chegar ao fim da reserva ovariana e a mulher ter a sua última menstruação, dizemos que ela entrou em menopausa.
Entretanto, são muitas as mulheres que descobrem o comprometimento da sua reserva após tentarem engravidar naturalmente por pelo menos um ano, sem obter sucesso. Elas procuram a reprodução humana assistida e realizam uma série de exames, entre eles o anti mulleriano, que rastreia, no sangue, a quantidade do hormônio HAM.
Essa substância é produzida pelos ovários, mais precisamente pelas células da granulosa dos folículos que abrigam cada óvulo. Se estiver em baixa, quer dizer que a reserva ovariana da mulher está diminuída.
Fatores que impactam a reserva ovariana
Apesar de não poder impedir que a reserva ovariana se esgote algum dia, é sim possível adotar algumas atitudes para que a mulher mantenha seus óvulos saudáveis por mais tempo.
Basicamente, é fundamental levar uma vida saudável, evitar o tabagismo, café e álcool em excesso, mantendo uma dieta equilibrada com quantidades adequadas de ácido fólico, vitamina D e ômega 3. Atividade física e manejo de stress também são fundamentais para diminuir a velocidade da perda dos óvulos.
Há, também, casos em que a mulher tem insuficiência ovariana prematura, também conhecida como menopausa precoce, caracterizada pela diminuição drástica na quantidade de óvulos, causando amenorreia antes mesmo dos 40 anos.
Geralmente, é difícil dizer a causa do problema, mas acredita-se que pode estar ligado a doenças autoimunes ou genética. É possível lidar com a menopausa precoce com terapia de reposição hormonal, obtenção de gravidez ainda jovem, tratamento de doenças associadas ou preservação da fertilidade com a reprodução assistida.
Preservando a reserva ovariana com a reprodução assistida
É importante lembrar que, para que uma mulher engravide, ela só precisa que um óvulo saudável seja fecundado. Para quem está com a reserva ovariana baixa e quer engravidar imediatamente, esse pode não ser um problema.
Entretanto, o que acontece com as mulheres que não desejam ou não podem engravidar enquanto possuem uma reserva ovariana suficiente para ter uma ou mais gestações?
Nesses casos, a melhor estratégia é o congelamento de óvulos, a criopreservação. Nesse procedimento, a mulher é submetida, inicialmente, à estimulação ovariana e em seguida à coleta dos óvulos. Depois, esse material coletado recebe uma aplicação de nitrogênio líquido, que congela as amostras a temperaturas que chegam a -196ºC. Assim, mantemos todas as propriedades dos gametas.
Idealmente, o congelamento de óvulos deve ser feito antes dos 35 anos, para garantir uma boa quantidade e qualidade desses gametas, mas nada impede que a mulher passe por esse processo mais tarde, caso queira postergar ainda mais a gravidez.
Entretanto, como explicamos, as chances de problemas com a qualidade dos óvulos são maiores após os 35.
Entenda o exame que ajuda a avaliar a fertilidade feminina
Quando uma mulher ou um casal procura a reprodução assistida, fazemos uma série de exames para verificar qual o seu status de fertilidade. Um deles pode ser o exame anti-mulleriano, que avalia a reserva ovariana da tentante, ou seja, a quantidade de óvulos disponíveis para a fecundação.
Quando uma mulher ou um casal procura a reprodução assistida, fazemos uma série de exames para verificar qual o seu status de fertilidade. Um deles pode ser o exame anti-mulleriano, que avalia a reserva ovariana da tentante, ou seja, a quantidade de óvulos disponíveis para a fecundação.
O resultado desse teste, em associação com outros tipos de exame, poderá ajudar a determinar qual método de reprodução assistida vai oferecer as maiores chances da mulher engravidar.
Ao longo desse processo, ele também poderá ser utilizado para estimar a resposta do organismo aos tratamentos realizados, ajudando a dosar a medicação necessária para a estimulação ovariana, por exemplo.
Entendendo o exame e o hormônio anti-mulleriano
O hormônio anti-mulleriano (HAM) é uma glicoproteína produzida pelos folículos ovarianos, estruturas que armazenam os óvulos antes da maturação. Ele é responsável por regular o crescimento e o desenvolvimento dos folículos durante a vida reprodutiva da mulher, do nascimento à menopausa.
Na reprodução humana assistida, esse hormônio pode ser utilizado como um indicador da reserva ovariana feminina. Ao testarmos a quantidade de HAM no sangue da mulher, é possível prever a quantidade de óvulos disponíveis, para serem fecundados naturalmente ou por meio de algum tratamento específico.
A análise é realizada por meio de exame de sangue simples, sendo que as taxas podem variar entre < 0,16 ng/ml (baixa resposta) a > 4,0 ng/ml (alta resposta). Quanto maior a taxa de HAM, mais os folículos estão ativos e, portanto, maior a quantidade de gametas.
Uma das vantagens desse tipo de exame é que ele pode ser realizado em qualquer etapa do ciclo menstrual, sem sofrer alterações. Inclusive, o uso de anticoncepcional não afeta o resultado do exame anti-mulleriano.
Para quem o exame anti-mulleriano é indicado
De maneira geral, a análise do hormônio anti-mulleriano é indicado para mulheres que pretendem engravidar e, por algum motivo, podem apresentar uma reserva ovariana comprometida.
Veja só os principais casos de indicação dessa análise:
- Mulheres que estão passando por um tratamento de fertilidade;
- Mulheres com histórico de menopausa precoce na família ou que já entraram em falência ovariana prematura;
- Mulheres que pretendem preservar a fertilidade com congelamento de óvulos;
- Avaliação para dosagem de medicamento durante a estimulação ovariana no tratamento de fertilidade
Interpretando os resultados do exame anti-mulleriano
Ok Embora os resultados do exame anti-mulleriano não sejam decisivos a respeito da capacidade de uma mulher engravidar ou não com seus próprios óvulos, os valores de referência são uma boa ferramenta para ajudar a determinar os melhores métodos de reprodução assistida para a tentante em questão.
- HAM > 4,0 ng/ml: resposta muito alta;
- HAM entre 2,0 e 4,0 ng/ml: resposta alta;
- HAM entre 1,0 e 2,0 ng/ml: resposta média;
- HAM entre 0,16 e 1,0 ng/ml: resposta baixa;
- HAM < 0,16 ng/ml: resposta muito baixa;
Como falamos, quanto maior o índice do hormônio anti-mulleriano, maiores as chances da mulher engravidar em tratamento de reprodução assistida. Isso significa que aquelas com HAM acima de 4,0 ng/ml têm mais óvulos disponíveis, enquanto aquelas com HAM abaixo de 0,16 ng/ml têm estoque muito baixo ou esgotado.
Entretanto, ter uma reserva ovariana baixa ou mesmo nenhum óvulo disponível não significa que a mulher não possa realizar o sonho de ser mãe.
Para as que não estão mais ovulando, existe a opção de doação de gametas, em que a mulher recebe um óvulo e até mesmo um embrião de uma doadora anônima e realiza uma Fertilização In Vitro.
Aquelas que possuem poucos óvulos podem passar por um processo de estimulação ovariana, para que eles fiquem maduros e possam ser coletados para Fertilização in Vitro.
Quando a reserva ovariana é muito baixa, a FIV costuma ser o método mais indicado porque é mais complexo e tem maiores taxas de sucesso do que a inseminação artificial, por exemplo.
Quando uma mulher ou um casal procura a reprodução assistida, fazemos uma série de exames para verificar qual o seu status de fertilidade. Um deles pode ser o exame anti-mulleriano, que avalia a reserva ovariana da tentante, ou seja, a quantidade de óvulos disponíveis para a fecundação.
O resultado desse teste, em associação com outros tipos de exame, poderá ajudar a determinar qual método de reprodução assistida vai oferecer as maiores chances da mulher engravidar.
Ao longo desse processo, ele também poderá ser utilizado para estimar a resposta do organismo aos tratamentos realizados, ajudando a dosar a medicação necessária para a estimulação ovariana, por exemplo.
Entendendo o exame e o hormônio anti-mulleriano
O hormônio anti-mulleriano (HAM) é uma glicoproteína produzida pelos folículos ovarianos, estruturas que armazenam os óvulos antes da maturação. Ele é responsável por regular o crescimento e o desenvolvimento dos folículos durante a vida reprodutiva da mulher, do nascimento à menopausa.
Na reprodução humana assistida, esse hormônio pode ser utilizado como um indicador da reserva ovariana feminina. Ao testarmos a quantidade de HAM no sangue da mulher, é possível prever a quantidade de óvulos disponíveis, para serem fecundados naturalmente ou por meio de algum tratamento específico.
A análise é realizada por meio de exame de sangue simples, sendo que as taxas podem variar entre < 0,16 ng/ml (baixa resposta) a > 4,0 ng/ml (alta resposta). Quanto maior a taxa de HAM, mais os folículos estão ativos e, portanto, maior a quantidade de gametas.
Uma das vantagens desse tipo de exame é que ele pode ser realizado em qualquer etapa do ciclo menstrual, sem sofrer alterações. Inclusive, o uso de anticoncepcional não afeta o resultado do exame anti-mulleriano.
Para quem o exame anti-mulleriano é indicado
De maneira geral, a análise do hormônio anti-mulleriano é indicado para mulheres que pretendem engravidar e, por algum motivo, podem apresentar uma reserva ovariana comprometida.
Veja só os principais casos de indicação dessa análise:
- Mulheres que estão passando por um tratamento de fertilidade;
- Mulheres com histórico de menopausa precoce na família ou que já entraram em falência ovariana prematura;
- Mulheres que pretendem preservar a fertilidade com congelamento de óvulos;
- Avaliação para dosagem de medicamento durante a estimulação ovariana no tratamento de fertilidade
Interpretando os resultados do exame anti-mulleriano
Embora os resultados do exame anti-mulleriano não sejam decisivos a respeito da capacidade de uma mulher engravidar ou não com seus próprios óvulos, os valores de referência são uma boa ferramenta para ajudar a determinar os melhores métodos de reprodução assistida para a tentante em questão.
- HAM > 4,0 ng/ml: resposta muito alta;
- HAM entre 2,0 e 4,0 ng/ml: resposta alta;
- HAM entre 1,0 e 2,0 ng/ml: resposta média;
- HAM entre 0,16 e 1,0 ng/ml: resposta baixa;
- HAM < 0,16 ng/ml: resposta muito baixa;
Como falamos, quanto maior o índice do hormônio anti-mulleriano, maiores as chances da mulher engravidar em tratamento de reprodução assistida. Isso significa que aquelas com HAM acima de 4,0 ng/ml têm mais óvulos disponíveis, enquanto aquelas com HAM abaixo de 0,16 ng/ml têm estoque muito baixo ou esgotado.
Entretanto, ter uma reserva ovariana baixa ou mesmo nenhum óvulo disponível não significa que a mulher não possa realizar o sonho de ser mãe.
Para as que não estão mais ovulando, existe a opção de doação de gametas, em que a mulher recebe um óvulo e até mesmo um embrião de uma doadora anônima e realiza uma Fertilização In Vitro.
Aquelas que possuem poucos óvulos podem passar por um processo de estimulação ovariana, para que eles fiquem maduros e possam ser coletados para Fertilização in Vitro.
Quando a reserva ovariana é muito baixa, a FIV costuma ser o método mais indicado porque é mais complexo e tem maiores taxas de sucesso do que a inseminação artificial, por exemplo.
Análise genética do embrião na FIV: será que é pra você?
Quando uma mulher ou um casal inicia um processo de reprodução humana assistida, muitos esforços são empreendidos para que o objetivo de ter um filho seja alcançado.
Para algumas pessoas, a análise genética do embrião, exame que ajuda a identificar possíveis patologias genéticas, pode aumentar as chances de sucesso da Fertilização in Vitro porque possibilita realizar a implantação somente de embriões saudáveis.
O que é e como funciona a análise genética do embrião
Na FIV, depois que o óvulo é fecundado pelo espermatozóide, o embrião é cultivado em laboratório para se desenvolver até ser possível transferi-lo para o útero materno.
O processo de desenvolvimento de um embrião consiste numa série de divisões e diferenciações celulares, em que possíveis erros podem acarretar alterações cromossômicas causadoras de doenças que, em muitos casos, prejudicam o andamento da gestação.
Entre 5 a 6 dias depois da fecundação, o embrião atinge o estágio de blastocisto, no qual podemos realizar o Teste Genético Pré-Implantacional (PGT), por meio de uma biópsia.
As células embrionárias são retiradas e encaminhadas para análise genética, onde vão passar pelos testes PGT-A ou PGT-M. Em alguns casos, ambos podem ser realizados.
No primeiro, a técnica irá rastrear mais de 100 doenças genéticas, principalmente aquelas relacionadas a alterações no número de cromossomos, como síndromes de Down, Edwards, Turner e Patau, que estão, frequentemente, relacionadas à perda gestacional.
Já o PGT-M vai rastrear doenças hereditárias específicas, que acometem vários membros da mesma família e que possuem altas chances de serem transmitidas para os descendentes, como anemia falciforme, fibrose cística, neuropatias, entre outras.
Depois de avaliados, os embriões euplóides, ou seja, sem alterações genéticas, são selecionados para implantação no útero. Essa medida diminui o risco de abortos espontâneos por alterações cromossômicas, e ou doenças ligadas à má-formação genética.
Para quem a análise genética do embrião é indicada
Esse procedimento pode ser indicado para pessoas com mais chances de terem gametas de má qualidade, como mulheres acima dos 38 anos ou cujos parceiros têm idade avançada ou alterações seminais graves.
Casais que passaram por falhas repetidas de implantação na FIV ou perda gestacional recorrente também podem se beneficiar desse tipo de teste, bem como aqueles que possuem alterações genéticas que podem ser transmitidas para os filhos ou que passaram por falhas repetidas de implantação na FIV.
As vantagens e riscos da análise genética do embrião
As principais vantagens da análise genética do embrião são as menores chances de desenvolvimento de bebês com patologias ou doenças hereditárias por meio da transferência de embriões saudáveis. Assim, aumentamos as chances da gestão ser bem sucedida.
Além disso, muitas mulheres se sentem mais tranquilas ao saberem que escolheram um embrião saudável e que têm mais chances de ter uma gestação tranquila.
Por outro lado, o sequenciamento genético pode revelar que todo os embriões possuem patologias que impedem a transferência, o que seria, também, uma grande decepção. Além disso, o procedimento oferece riscos baixos de inviabilizar o embrião para implantação.
É também importante ressaltar que ainda existe a possibilidade do embrião desenvolver algum tipo de patologia após a transferência, ok?
Agora que você já entendeu melhor esses importantes aspectos a respeito da análise genética de embriões, você já consegue imaginar se ele é ou não indicado para você. De qualquer forma, fique tranquila: quando você começa o seu processo de reprodução assistida, nós do Centro de Reprodução Humana do Mater Dei vamos te fornecer todas as informações necessárias para que você realize o seu tratamento de fertilidade da melhor maneira possível, ok?
O que é gravidez ectópica e quais os riscos de ela acontecer na FIV
Quando uma mulher se submete a um tratamento de fertilidade, muitos medos costumam surgir: medo de não conseguir engravidar, de ter uma perda gestacional ou alguma complicação durante a gravidez.
É muito importante que ao investir em tratamentos como a Fertilização In Vitro, por exemplo, a paciente esteja ciente das possíveis complicações associadas. Uma delas pode ser a gravidez ectópica, caracterizada pela implantação do embrião fora do útero.
Entenda o que é a gravidez ectópica
No processo de gravidez, tendo ela acontecido naturalmente ou por meio da reprodução humana assistida, o óvulo fertilizado se prende ao revestimento do útero para dar continuidade ao desenvolvimento do embrião.
Numa gravidez ectópica ao invés de o embrião se fixar no endométrio, ele acaba sendo implantado em algum lugar fora dele. Em 98% dos casos, o embrião se desenvolve em uma das trompas, estrutura semelhante a um tubo. Nos 2% restantes, a implantação ocorre em outros locais, como ovário, colo do útero ou na cavidade abdominal.
Uma gravidez ectópica é considerada, na grande maioria dos casos, sem futuro. Isso porque o embrião não consegue se desenvolver normalmente fora do útero e, à medida em que cresce, causa danos às estruturas que o rodeiam. Afinal, o útero está preparado para aumentar de tamanho, não as trompas.
Sem tratamento, esse tipo de gravidez pode colocar a vida da mulher em risco.
Os riscos de gravidez ectópica na FIV
Alguns fatores parecem aumentar as chances da mulher ter uma gravidez ectópica, como inflamações ou lesões na região pélvica e tubária, cirurgias no local, falha na ligadura de trompas, episódio prévio de gravidez ectópica e uso de DIU.
No caso das mulheres que realizam tratamentos de fertilidade como a Fertilização in Vitro, as chances dessa complicação acontecer são baixas ao redor de 1,7%.
Muitas pessoas pensam que a FIV pode impedir a gravidez ectópica porque o embrião é transferido cirurgicamente para o útero da mulher. Entretanto, esse embrião pode se deslocar até outra região e, se as trompas estiverem danificadas, pode ser mais difícil para ele voltar ao útero naturalmente, se implantando no local errado.
Tratamento da gravidez ectópica em mulheres com infertilidade
Infelizmente o tratamento para gravidez ectópica é a remoção do embrião e, dependendo do estágio da gravidez, de parte ou da totalidade da trompa onde ele se desenvolveu.
Como falamos, essa é uma gravidez que não só coloca a vida da mulher em risco como também impede que o feto se desenvolva adequadamente. Por isso o embrião deve ser removido com medicamentos que param o seu desenvolvimento ou numa cirurgia, geralmente realizada por via laparoscópica.
Outra questão é a preservação dos ovários durante a cirurgia, caso a mulher ainda tenha um estoque de óvulos viável para continuar o tratamento de infertilidade.
Quando iniciamos o processo de Fertilização in Vitro levamos em conta todos esses fatores e, inclusive, realizamos uma série de exames após a transferência de embriões para ter certeza de que ele se fixou no local apropriado.
5 mitos sobre a doação de óvulos no Brasil
A ovodoação é um assunto complexo e, para muitas pessoas, ainda é tabu. Entretanto, nós do Centro de Reprodução Humana do Mater Dei realizamos esse tipo de tratamento e garantimos que apesar de necessitar de muita consideração e planejamento por parte da tentante, ele não é nenhum bicho de sete cabeças.
Para ajudar mais mulheres e casais a tomarem essa decisão de maneira bem informada e consciente, vamos desmascarar cinco mitos comuns a respeito da doação de óvulos no Brasil. Aqui, é importante ressaltar que cada país possui suas próprias leis de regulamentação da ovodoação.
Entenda o processo de ovodoação
Quando uma mulher quer engravidar mas não possui óvulos viáveis para fecundação, ela pode receber esse gameta feminino de uma doadora, um procedimento que acontece em três etapas e que possibilita que tentantes inférteis realizem o sonho de ser mãe.
Primeiro, induzimos a ovulação da doadora com medicamentos, de maneira que ela produza um maior recrutamento de óvulos. Ao longo da estimulação ovariana, são realizados alguns exames de sangue e ultrassom e, se o desenvolvimento dos óvulos estiver satisfatório, aplicamos o hormônio de maturação, para que os gametas fiquem prontos para a fecundação.
Em seguida, fazemos a coleta dos gametas com uma agulha especial, inserida pela vagina da mulher doadora. No ovário, essa agulha aspira o líquido que contém os óvulos. Todo esse processo é feito em ambiente cirúrgico, com a paciente sob sedação anestésica.
Após a coleta, os óvulos serão selecionados para fecundação em laboratório, onde os embriões são cultivados até o momento de inseri-los no útero da receptora. Até então, a tentante que vai receber a doação não participa do processo e é importante deixar claro que, em nenhum momento, as duas mulheres irão se conhecer ou saber o nome uma da outra.
Os 5 mitos mais comuns sobre a doação de óvulos
Agora que você já entendeu um pouco mais sobre a ovodoação, podemos explicar o que tem de errado com cada um dos mitos mais comuns a respeito da doação de óvulos. Vamos lá?
Existe uma idade certa para receber a doação de óvulos
Muita gente acha que é necessário ter 40 anos ou mais para receber uma ovodoação, mas isso não é verdade! Qualquer mulher acima dos 18 anos pode receber esse tratamento.
Afinal, a menopausa não é o único motivo pelo qual as tentantes procuram uma doação de óvulos. Diversas mulheres em idade reprodutiva podem não produzir gametas viáveis para a fecundação por muitos motivos, como falência ovariana prematura, tratamentos oncológicos e até mesmo a infertilidade sem causa aparente.
A receptora não é a mãe verdadeira do bebê
Esse talvez seja o mito mais danoso para as tentantes, causando sentimentos de dúvida, culpa e ansiedade, afastando-as do sonho de se tornarem mães.
Ainda que com o óvulo de outra pessoa, a mãe é aquela que vai gerar o bebê, parir e cuidar dele para que se desenvolva bem e tenha uma vida feliz e realizada. Ou seja, toda a experiência da maternidade será vivida exclusivamente pela tentante receptora!
Além disso, a doadora renuncia os direitos de maternidade ao fazer a doação, de maneira que a receptora está protegida pela lei. Outro detalhe é que a tentante pode escolher óvulos de uma doadora com características físicas semelhantes às suas.
Todos vão saber que o bebê é fruto de uma ovodoação
O processo de doação de óvulos é totalmente sigiloso e tanto a clínica quanto os profissionais envolvidos não podem compartilhar informações a respeito do procedimento ou dos pacientes, de acordo com o Conselho Federal de Medicina.
Muitas tentantes e casais preferem evitar contar a amigos e familiares que receberam uma doação de gametas, enquanto outros se sentem confortáveis em compartilhar essa informação. As duas decisões são válidas!
A doadora recebe quantias em dinheiro
Mito! No Brasil, é proibido por lei vender gametas. A ovodoação deve ser feita de maneira altruísta, em que uma mulher decide ajudar outras a se tornarem mães sem nenhum fim lucrativo.
Entretanto, as duas mulheres podem fazer um acordo anônimo, chamado de ovodoação compartilhada. Nesse processo, a clínica seleciona uma mulher que vai passar por tratamento de FIV que esteja disposta a compartilhar seus óvulos coletados com um casal ou outra tentante, e a receptora custeia parte do tratamento da doadora.
Todo esse processo é seguro e regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina.
A ovodoação é a única opção para mulheres inférteis
Depende de cada caso. Há mulheres inférteis que conseguem produzir utilizar próprios óvulos a partir da estimulação ovariana. Inclusive, essa alternativa sempre é sugerida pelos especialistas antes da ovodoação.
Entretanto, se esse tratamento não funcionou no passado ou a tentante realmente não é capaz de produzir mais óvulos por qualquer motivo, a ovodoação pode ser a única alternativa se a mulher quiser passar pela gestação. Caso contrário, a adoção é uma opção muito viável!
Trombofilia: Conheça a doença e sua relação com a fertilidade
A trombofilia tem assustado muitas mulheres, principalmente em associação ao uso de anticoncepcionais hormonais.
Para quem quer engravidar, a preocupação é ainda maior, já que a doença pode causar uma série de dificuldades obstétricas, inclusive, dificultando o tratamento para fertilização in vitro.
A trombofilia pode ser definida como uma predisposição a desenvolver trombose, doença caracterizada pela formação de coágulos de sangue (trombos). O problema é causado por uma alteração na ação das proteínas responsáveis pela coagulação sanguínea, e costuma ser assintomático até o episódio trombótico acontecer.
O que causa a trombofilia
Pessoas com histórico familiar de trombose e predisposição à diminuição do fluxo sanguíneo estão mais sujeitas à trombofilia, podendo apresentar mutação em fatores de coagulação do sangue ou nos inibidores fisiológicos da coagulação.
Isso não quer dizer que se parentes diretos seus tiveram episódios de trombose, você necessariamente viverá o mesmo. Entretanto, interações com determinados componentes adquiridos podem aumentar significativamente as chances de ter um ou mais episódios.
Fatores adquiridos também podem colocar em risco aumentado de trombose pessoas sem histórico familiar da doença. Obesidade, períodos de imobilidade, tabagismo, medicamentos hormonais como os anticoncepcionais, tumores, diabetes, pressão e colesterol altos podem predispor a eventos trombóticos.
Trombofilia e fertilidade: qual a relação?
Durante a gravidez, o corpo feminino passa por uma série de mudanças para se preparar para o momento do parto. Uma delas é um aumento nos fatores coagulantes, para evitar hemorragias durante e após o nascimento do bebê.
Isso significa que mulheres portadoras de trombofilia têm maiores riscos de desenvolver coágulos durante a gestação, inclusive nos vasos da placenta, o que pode levar a problemas como descolamento prematuro de placenta, pré-eclâmpsia, óbito fetal, prematuridade, entre outros. Perdas gestacionais repetidas também podem estar relacionadas às trombofilias, mas esta associação é complexa, e se aplica a todos os casos.
Não é incomum que mulheres só descubram o problema depois de muitas tentativas frustradas de gravidez, quando procuram a reprodução assistida. Geralmente, o médico responsável vai suspeitar presença de trombofilia a partir do histórico da paciente, e solicitar os exames necessários para confirmar o diagnóstico.
É possível engravidar mesmo com trombofilia
Para potencializar as chances de engravidar e minimizar os riscos durante a gestação, a portadora de trombofilia deve ter o acompanhamento de um especialista em reprodução humana, além do hematologista.
Para se alcançar o sonhado bebê, o médico vai solicitar os exames necessários para a avaliação de todas os fatores que podem estar relacionados à perda gestacional e indicar o tratamento adequado. Muitas vezes, pode ser indicada a fertilização in vitro (FIV), processo começa pela estimulação ovariana, e a paciente pode iniciar o tratamento com anticoagulantes já esta etapa. Mas este tratamento tem que ser bem indicado e monitorado para não colocar em risco a saúde da mulher e do bebê.
Não existe uma receita única para todos os casos e o uso indiscriminado de anticoagulantes pode predispor a complicações hemorrágicas, potencialmente sérias. Por isso, a avaliação completa e individualizada e o aconselhamento é fundamental na definição do tratamento.
E para as mulheres com diagnóstico de trombofilia, o tratamento adequado é fundamental para melhorar as chances de sucesso na gravidez e garantir a saúde da paciente e do bebê durante a gestação.