
Reprodução assistida para pessoas solteiras
Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, a reprodução assistida não é uma alternativa somente para casos de infertilidade.

Confira sua reserva ovariana com este exame!
Você está tentando engravidar há pelo menos um ano e ainda não obteve êxito? Então, vale a pena conferir a sua reserva ovariana com o exame anti-mulleriano, que tem como objetivo analisar a reserva ovariana da mulher por meio de uma coleta de sangue. O exame fornece uma estimativa da quantidade de óvulos que a paciente ainda carrega no organismo. Quer saber mais sobre o assunto? Continue lendo este artigo!
O que é reserva ovariana?
A mulher já nasce com uma reserva ovariana determinada, ou seja, já vem ao mundo com uma quantidade específica de folículos presentes nos ovários. Estima-se que no nascimento, elas carregam cerca de 300 mil estruturas que contêm os óvulos.
Mas, com o passar do tempo e a cada ciclo menstrual, a quantidade de folículos vai diminuindo, perdendo a qualidade e, consequentemente, a fertilidade da mulher cai também. Quando a reserva acaba, a mulher deixa de ser fértil e entra no período que conhecemos como menopausa.
Por isso, dizem que os 35 anos são um marco muito importante para a mulher, pois, a partir daí, a fertilidade começa a cair de forma mais rápida e a probabilidade de uma gravidez saudável fica menor. Daí, vêm à tona as opções de que a reprodução assistida dispõe, como o congelamento de óvulos.
Mas como saber quanto de folículos cada mulher ainda guarda no ovário?
Exame anti-mulleriano
Para contextualizar, o hormônio anti-mulleriano é produzido pelas células do ovário e tem como função regular o desenvolvimento e o crescimento dos folículos. Sabendo disso, o exame anti-mulleriano analisa a reserva ovariana da mulher e, sim, esse é um dos exames que podemos propor àquela paciente que está tentando engravidar.
O valor do resultado do hormônio anti-mulleriano é diretamente proporcional à reserva ovariana, ou seja, quanto maior for, melhor deve estar a reserva. Vale dizer também que o exame mostra somente a quantidade de óvulos e não a qualidade deles.
Por fim, o exame deve ser realizado no início do ciclo e, não é preciso fazer jejum para realizar a coleta. A periodicidade deve ser recomendada por um médico especialista, que analisará cada caso de forma individual.

O que você precisa saber sobre a receptividade do endométrio
Um dos fatores mais importantes para que a gravidez ocorra, seja de forma natural ou por meio da reprodução humana assistida, é a receptividade do endométrio.
Esse é o momento em que a parede do útero, revestida pelo tecido endometrial, está receptiva para que o embrião se fixe e continue a se desenvolver de maneira adequada.
Mesmo um embrião saudável, formado por óvulo e espermatozóide de qualidade, poderá não se fixar no útero se o endométrio não estiver receptivo, motivo pelo qual o tratamento de fertilidade costuma envolver o preparo do endométrio.

Dia do Orgulho LGBTQIA+: Reprodução assistida para famílias homoafetivas e transafetivas
Hoje é dia do Orgulho LGBTQIA+, então, precisamos celebrar os direitos conquistados com muita luta por esse grupo tão diverso! Um deles é o de formar uma família e a reprodução humana assistida tem um papel importante em possibilitar que muitas dessas pessoas possam realizar o sonho de gerar seus próprios filhos. No post de hoje do blog, explicamos como o nosso trabalho pode ajudar casais homoafetivos e pessoas trans.

Método ROPA possibilita que mulheres em união homoafetiva tenham papel ativo na maternidade
O método ROPA é uma técnica de reprodução assistida capaz de possibilitar que as duas mulheres numa união homoafetiva tenham um papel ativo no processo de Fertilização In Vitro. Trata-se de uma sigla que significa Reception of Oocytes from the Partner, ou Recepção de Oócitos da Parceira, em português.
Com essa técnica, uma mulher é a mãe genética, ao prover o óvulo utilizado no processo, e a outra é a mãe biológica, já que vai passar pela gestação. Ou seja, uma contribui com o gameta, e outra com o útero para prosseguir com a gestação.
Para quem o ROPA é indicada
O método ROPA é indicado para casais homoafetivos femininos que querem compartilhar a maternidade e o processo de reprodução assistida de maneira ativa, seja por escolha ou em decorrência de algum problema de saúde em alguma das mulheres. Algumas situações em que a utilização do material genético e útero de mulheres diferentes podem ser indicadas são as seguintes:
- Óvulos de má qualidade
- Fim da reserva ovariana
- Disfunção ovariana grave
- Risco de transmissão de doenças infecciosas
- Anormalidades cromossômicas ou genéticas
- Falha em outros procedimentos de fertilidade
Como é o processo do ROPA
A mulher que contribuir com os óvulos irá passar pelo mesmo processo que qualquer outra tentante da Fertilização In Vitro.
Primeiro, ela passará pela estimulação ovariana, em que vamos utilizar hormônios para maturar os folículos e, depois de alguns dias de acompanhamento com ultrassom e exames de sangue, obter vários oócitos.
Se estiver tudo certo, vamos coletar os óvulos e, em laboratório, fecundá-los com o esperma de um doador e desenvolver múltiplos embriões.
Enquanto isso, a mulher que vai receber o embrião já iniciou o seu tratamento para preparar o útero e aumentar as chances de implantação. Para isso, administramos hormônios como estrogênio e progesterona, que vão ajudar a engrossar o endométrio.
Assim que o útero estiver em boas condições para implantação, selecionamos o melhor embrião para ser transferido para a cavidade uterina. Aproximadamente quinze dias depois, realizamos um teste beta-hCG para confirmar a gestação.
E o registro do bebê, como fica?
Seja com o método ROPA ou a Fertilização In Vitro tradicional, o Conselho Nacional de Justiça garante que filhos gerados por meio de técnicas de reprodução assistida sejam registrados pelas duas mães no Cartório, sem demais problemas. A única diferença é que os campos de “pai” e “mãe” são trocados por “filiação”.
Entretanto, precisamos ressaltar que para além de seu uso em casos específicos, a ROPA é um recurso que ajuda os casais homoafetivos a aprofundar o processo de reprodução assistida, mas seja qual for a técnica utilizada, o bebê de um casal de mulheres é filho de ambas.
SAIBA MAIS:
Entenda tudo sobre a Síndrome de Hiperestimulação Ovariana
Histerossalpingografia: o exame que ajuda a avaliar a saúde do útero e das trompas

Síndrome de Hiperestimulação Ovariana
Uma complicação possível depois da indução da ovulação para tratamentos de infertilidade é a Síndrome de Hiperestimulação Ovariana, resposta exagerada dos ovários aos hormônios utilizados para maturar os óvulos.
Na parte 1, te explicamos como esse problema se desenvolve e os tratamentos indicados de acordo com a seriedade de cada caso de SHO. Agora, queremos falar sobre as formas de prevenir a Síndrome e, assim, evitar arriscar a saúde da tentante e o cancelamento do ciclo de estimulação ovariana.
Fatores de risco para o desenvolvimento da Síndrome de Hiperestimulação Ovariana
Identificar as pacientes que correm mais riscos de desenvolver a SHO é a principal forma de prevenir esse problema, já que poderemos adequar o tratamento de acordo com as especificidades de cada uma.
Alguns fatores de risco amplamente conhecidos são os seguintes:
- Mulheres com Índice de Massa Corporal (IMC) abaixo de 20, ou seja, que estão abaixo do peso ideal;
- Mulheres com Síndrome de Ovários Policísticos;
- Mulheres com menos de 32 anos;
- Mulheres com histórico prévio de Síndrome de Hiperestimulação Ovariana;
Durante o tratamento, mulheres com altos índices de hormônio antimulleriano ou com mais de 15 folículos maduros também correm mais riscos de desenvolver a Síndrome e devem ser acompanhadas de perto.
Todos esses fatores são observados pela equipe de reprodução assistida para fazer ajustes no tratamento de fertilidade, sempre com o objetivo de preservar a saúde da mulher e possibilitar a gravidez.
Entretanto, como a Síndrome de Hiperestimulação Ovariana pode colocar a vida da tentante em risco, em alguns casos o cancelamento do ciclo poderá ser recomendado.
Cancelamento do ciclo pode ser necessário na SHO
Tecnicamente, o cancelamento do ciclo de estimulação ovariana é a forma mais eficaz de prevenir o agravamento da SHO, mas nunca é fácil tomar essa decisão. A essa altura do tratamento, a mulher já está muito envolvida emocionalmente e financeiramente, e a última coisa que deseja é perder a chance de engravidar.
O uso de protocolos mais seguros como o protocolo antagonista e o trigger ( maturação final dos oócitos) com análogo do GnRH, tem se mostrado altamente eficaz na prevenção da SHO, com raríssimos casos descritos no mundo.
Outra alternativa imediata é chamada de coasting, que consiste na parada temporária de gonadotrofinas enquanto mantemos outros tipos de hormônios. Apesar de ser um grande aliado no controle da Síndrome de Hiperestimulação Ovariana, ainda é associado a menores taxas de gravidez.
Para pacientes em risco mas que chegaram a realizar a coleta de óvulos, pode ser também recomendado criopreservar os gametas ou embriões para uma gravidez em outro ciclo.
Essa medida pode ser interessante para evitar que uma possível gestação agrave mais ainda o quadro de SHO. Além disso, pacientes com a Síndrome possuem níveis elevados de estradiol, o que pode ser prejudicial para o endométrio e também para o embrião.
Sabemos que lidar com a Síndrome de Hiperestimulação Ovariana, principalmente em quadros mais graves, pode ser assustador para a tentante. Justamente por isso, estamos disponíveis para responder todas as suas dúvidas sobre o assunto. É só deixar nos comentários aqui embaixo!
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Entenda tudo sobre a Síndrome de Hiperestimulação Ovariana
Assim como qualquer tratamento médico, a indução da ovulação realizada em processos de reprodução assistida também traz alguns riscos associados. Um deles é a Síndrome da Hiperestimulação Ovariana (SHO), caracterizada pela resposta exagerada dos ovários à estimulação hormonal.
Esse problema, geralmente, é autolimitado, ou seja, se resolve sozinho dentro de uma determinada janela de tempo, mas necessita de acompanhamento porque pode gerar complicações muito sérias.
Na forma leve a moderada, seus principais sintomas são aumento no tamanho dos ovários, distensão ou desconforto abdominal, dor ou cólica, náusea, vômito , inchaço e ganho de peso. Eles são provocados pelo aumento da permeabilidade vascular, gerando acúmulo de líquido na cavidade abdominal e torácica.
Os casos mais leves costumam ser mais comuns, afetando aproximadamente 10% das mulheres tentantes, enquanto os índices para SHO moderadas e graves são de 3% a 6% e 0,5% a 2%, respectivamente.
Além disso, a Síndrome de Hiperestimulação Ovariana também pode ocasionar o cancelamento do ciclo, o que gera muita frustração para a paciente.
Entendendo a Síndrome de Hiperestimulação Ovariana
O hormônio responsável por essa síndrome é o hCG. Ele estimula as células dos folículos ovarianos a produzirem substâncias que fazem com que o líquidos saiam das veias e artérias para o ambiente extravascular.
O hCG é utilizado para maturar os óvulos no processo de estimulação ovariana e costuma ser aplicado de 34h a 36h antes da coleta de óvulos. Chamamos esse hormônio de hCG exógeno.
Entretanto, ele também é liberado no início da gravidez pelas células do tecido que darão origem à placenta, e por isso é o hormônio utilizado como marcador para sabermos se a mulher está ou não grávida. Nesse caso, o chamamos de hCG endógeno.
Portanto, a Síndrome de Hiperestimulação Ovariana pode ser um resultado tanto do processo de reprodução assistida quanto da gravidez em si, mas o hCG endógeno está associado a formas mais graves da doença.
Tratamento e complicações da Síndrome de Hiperestimulação Ovariana
Essa Síndrome pode ser classificada como leve, moderada ou grave, refletindo a quantidade de líquido que se acumula no espaço entre a pele, músculo e demais órgãos.
Por esse motivo, as consequência do problema podem variar bastante, indo desde leve desconforto abdominal causado pelo aumento do tamanho dos ovários a trombose e insuficiência renal.
No quadro leve, a paciente pode perceber uma distensão abdominal, desconforto na região e náusea leve, com ocorrência de vômitos. O tratamento é administração de líquido isotônico, para restabelecer o equilíbrio do organismo e suplementação de proteína.
No quadro moderado, os sintomas são parecidos, mas podem ser mais intensos e a paciente também pode apresentar ascite (barriga d’água). Em alguns casos, é necessário interná-la para administrar medicamentos intravenosos.
Por fim, no quadro grave, a mulher pode apresentar complicações muito mais sérias, como acúmulo de líquido no tórax, ausência ou diminuição drástica do volume de urina, trombose venosa profunda, síncope e rápido ganho de peso.
Nesses casos, costuma ser necessário que a paciente seja internada em UTI e passe por uma drenagem do hidrotórax e da ascite por via vaginal. O quadro é grave, mas é importante se lembrar que esse é um fenômeno bastante raro, e atualmente, praticamente evitável com o uso de protocolos específicos.
Receber todas essas informações pode ser assustador para quem está buscando a reprodução assistida. Além de toda a ansiedade que é comum entre as tentantes, elas precisam também lidar com os riscos associados ao procedimento.
Por isso é tão importante estar amparada por uma boa equipe, que leva em conta as angústias desse processo e vai esclarecer todas dúvidas da paciente, o que sem dúvidas contribui para que ela se sinta mais tranquila.
No próximo post do blog, vamos contar alguns fatores de riscos envolvidos na Síndrome da Hiperestimulação Ovariana e como é possível prevenir o problema. Continue de olho por aqui, ok?
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O que é endométrio fino e como tratar para engravidar
Tudo que você precisa saber sobre ácido fólico, seu suplemento antes e durante a gravidez

O que é endométrio fino e como tratar para engravidar
O endométrio fino é uma das condições que podem afetar tanto a capacidade de a mulher engravidar quanto de manter a gestação. Não é incomum que essa seja uma das causas para a falha de implantação da FIV, por exemplo.
Muitas vezes, está tudo certo com o embrião, mas a espessura do endométrio não é adequada para que ele se desenvolva. Entretanto, apesar de causar esse e outros problemas de fertilidade, o endométrio fino tem tratamento.
O que é endométrio fino
Endométrio é a camada que reveste a parte interna do útero. É neste tecido que ocorre a implantação do embrião, o que dá início a uma gravidez.
Naturalmente, sua espessura muda ao longo do ciclo menstrual de acordo com a variação de hormônios na corrente sanguínea. Quando a mulher está no período fértil, é quando o endométrio fica mais grosso, pronto para receber o embrião. Se a fecundação não ocorre, o endométrio descama na forma de menstruação.
Entretanto, algumas mulheres podem ter uma camada muito fina de endométrio, mesmo no período fértil.
Alguns sinais de que você pode ter o endométrio fino são dificuldades para engravidar, ciclos menstruais irregulares e sangramento fora da menstruação.
Não existe um valor padrão para que o endométrio seja considerado saudável, mas, geralmente, quando fazemos o ultrassom para o tratamento de FIV, conseguimos identificar que a espessura dessa camada está abaixo do ideal para a fecundação. Uma camada fina do endométrio pode prejudicar o sucesso do tratamento de fertilidade.
Como é o tratamento para endométrio fino
Existem estratégias para aumentar a espessura do endométrio e aumentar as chances de a mulher engravidar.
A otimização do estímulo à ovulação, com uso de medicamentos de ação hormonal específica, pode produzir melhora na espessura endometrial. Alguns medicamentos vasodilatadores ou anticoagulantes estão também sendo estudados.
Algumas vezes a causa do problema pode estar em um processo infeccioso, a endometrite crônica. Esse problema pode ser identificado por histeroscopia com biópsia e tratado com antibióticos.
A injúria endometrial , ou “endometrial scratching” em inglês também foi proposta como uma estratégia para melhorar a receptividade endometrial, mas os resultados que pareciam otimistas inicialmente, ainda não são definitivos, ficando essa estratégia geralmente indicada quando a paciente já teve muitos ciclos de falha na FIV.
Vale ressaltar que muitas mulheres conseguem engravidar mesmo com o endométrio mais fino do que é considerado normal, desde que sua receptividade seja favorável, ou seja, na sua espessura máxima.
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Reserva ovariana: o que é e como preservar
Quando começamos a investigar o status de fertilidade de uma mulher, um dos primeiros fatores que precisamos levar em consideração é a sua reserva ovariana. Trata-se da quantidade de óvulos disponíveis para amadurecerem e serem liberados durante o ciclo menstrual.
As mulheres nascem com aproximadamente 2 milhões de óvulos e vão perdendo cerca de mil a cada menstruação, de maneira que, ainda na adolescência, costuma sobrar apenas cerca de um terço dos gametas femininos.
Quanto mais o tempo passa, menor é a quantidade de óvulos disponíveis, um processo natural e impossível de se evitar.
É por isso que fica mais difícil engravidar após os 35 anos, quando os óvulos disponíveis são poucos e podem conter erros genéticos causadores de síndromes, má-formações e abortos espontâneos. Ao chegar ao fim da reserva ovariana e a mulher ter a sua última menstruação, dizemos que ela entrou em menopausa.
Entretanto, são muitas as mulheres que descobrem o comprometimento da sua reserva após tentarem engravidar naturalmente por pelo menos um ano, sem obter sucesso. Elas procuram a reprodução humana assistida e realizam uma série de exames, entre eles o anti mulleriano, que rastreia, no sangue, a quantidade do hormônio HAM.
Essa substância é produzida pelos ovários, mais precisamente pelas células da granulosa dos folículos que abrigam cada óvulo. Se estiver em baixa, quer dizer que a reserva ovariana da mulher está diminuída.
Fatores que impactam a reserva ovariana
Apesar de não poder impedir que a reserva ovariana se esgote algum dia, é sim possível adotar algumas atitudes para que a mulher mantenha seus óvulos saudáveis por mais tempo.
Basicamente, é fundamental levar uma vida saudável, evitar o tabagismo, café e álcool em excesso, mantendo uma dieta equilibrada com quantidades adequadas de ácido fólico, vitamina D e ômega 3. Atividade física e manejo de stress também são fundamentais para diminuir a velocidade da perda dos óvulos.
Há, também, casos em que a mulher tem insuficiência ovariana prematura, também conhecida como menopausa precoce, caracterizada pela diminuição drástica na quantidade de óvulos, causando amenorreia antes mesmo dos 40 anos.
Geralmente, é difícil dizer a causa do problema, mas acredita-se que pode estar ligado a doenças autoimunes ou genética. É possível lidar com a menopausa precoce com terapia de reposição hormonal, obtenção de gravidez ainda jovem, tratamento de doenças associadas ou preservação da fertilidade com a reprodução assistida.
Preservando a reserva ovariana com a reprodução assistida
É importante lembrar que, para que uma mulher engravide, ela só precisa que um óvulo saudável seja fecundado. Para quem está com a reserva ovariana baixa e quer engravidar imediatamente, esse pode não ser um problema.
Entretanto, o que acontece com as mulheres que não desejam ou não podem engravidar enquanto possuem uma reserva ovariana suficiente para ter uma ou mais gestações?
Nesses casos, a melhor estratégia é o congelamento de óvulos, a criopreservação. Nesse procedimento, a mulher é submetida, inicialmente, à estimulação ovariana e em seguida à coleta dos óvulos. Depois, esse material coletado recebe uma aplicação de nitrogênio líquido, que congela as amostras a temperaturas que chegam a -196ºC. Assim, mantemos todas as propriedades dos gametas.
Idealmente, o congelamento de óvulos deve ser feito antes dos 35 anos, para garantir uma boa quantidade e qualidade desses gametas, mas nada impede que a mulher passe por esse processo mais tarde, caso queira postergar ainda mais a gravidez.
Entretanto, como explicamos, as chances de problemas com a qualidade dos óvulos são maiores após os 35.

Tudo que você precisa saber sobre o banco de doadores de esperma
O banco de doadores de esperma ou banco de sêmen é uma das alternativas que possibilitam a mulheres ou casais tentantes a realização do sonho de ter um bebê.
Geralmente, esse recurso é procurado por casais homossexuais femininos, mulheres solteiras em busca de produção independente e casais heterossexuais que enfrentam problemas de fertilidade masculina.
A doação de gametas ainda é vista com alguma desconfiança aqui no Brasil e, justamente por isso, precisamos abordar esse assunto com muita seriedade e riqueza de informações, para que aqueles que procuram a reprodução assistida possam tomar suas decisões de maneira segura.
O que é o banco de sêmen
O banco de sêmen é uma espécie de arquivo que reúne amostras do material biológico coletado de doadores voluntários. O sêmen, que contém milhões de espermatozóides, é armazenado em tanques de nitrogênio líquido a -196ºC e chegam a ter 30 anos de validade.
Esse banco reúne, também, diversos dados a respeito do doador, como seu histórico médico, familiar, cor dos olhos, da pele, cabelo, altura, peso, idade, profissão e outras informações. Assim, a mulher ou casal tentante consegue escolher o doador de acordo com seus próprios critérios.
Vale ressaltar, entretanto, que as doações são anônimas e voluntárias de acordo com a legislação brasileira e o Conselho Federal de Medicina.
Quem são os doadores de esperma
Os doadores de esperma são homens que decidem ir até o banco e se oferecerem para integrar o cadastro de voluntários. É necessário ter entre 18 e 50 anos, ser saudável e não pertencer a grupos de risco para doenças sexualmente transmissíveis.
Além disso, o doador também não pode ser portador de doenças genéticas ou ter patologias congênitas graves na família.
Com a decisão tomada, é necessário fazer uma série de testes, como espermograma e exames sorológicos para ter certeza de que o esperma é de boa qualidade e produzirá embriões saudáveis quando for utilizado.
A amostra fica, então, armazenada por um período para observação da janela de manifestação de determinadas doenças. Se estiver tudo certo, o homem entra de forma anônima para o cadastro de doadores.
Porque procurar o banco de doadores de esperma
O banco de esperma costuma ser procurado por mulheres que querem ser mães solo por meio da produção independente, ou seja, engravidar sozinhas sem a participação direta de um homem no processo.
Na maioria dos casos, são mulheres acima dos 35 anos que ainda não encontraram um parceiro para dividir a paternidade, mas que desejam engravidar assim que possível. Geralmente, a preocupação é com a viabilidade dos óvulos, que começa a ficar prejudicada a partir dessa idade.
Outra possibilidade são casais homoafetivos femininos que, sem a doação de esperma, não conseguiriam ter um bebê biológico. Além disso, a reprodução assistida possibilita que elas recorram à gravidez compartilhada, em que uma das mulheres doa o óvulo e a outra gera o bebê.
Casais heterossexuais em que o homem possui alterações graves no sêmen também podem se beneficiar da doação de esperma, realizando uma inseminação artificial intrauterina ou a Fertilização In Vitro com o esperma do doador.
Nos dois primeiros casos, a doação costuma ser encarada de maneira mais tranquila pelas pessoas envolvidas, mas ainda é um desafio, para muitos casais heterossexuais, receber uma doação de gametas.
Por isso, é muito importante que o casal tome essa decisão a partir de muito diálogo, se informando sempre com a equipe médica ou fontes confiáveis.
O sigilo envolvido no banco de doadores de esperma
Muitas pessoas se preocupam com o sigilo em relação à doação de gametas, mas o Conselho Federal de Medicina estabelece que a clínica que realiza o procedimento deve manter o sigilo em relação às identidades do doador e da família que recebeu a doação de esperma.
Ou seja, quando o homem doa seus gametas, não existe a possibilidade de reivindicar a paternidade do bebê gerado a partir do seu esperma.
Outra informação importante é que a clínica deve garantir que cada doador só produza duas gestações de crianças sexos diferentes em uma mesma região.