A resposta para a pergunta do título é: depende. A Síndrome do Ovário Policístico (SOP) pode causar alterações como a anovulação, ciclos irregulares e oligovulação, que é quando o ciclo menstrual dura períodos maiores que o normal, além de 35 dias.
Se os problemas trazidos pela SOP forem os citados acima, há uma menor probabilidade de gravidez quando comparado com uma mulher que ovula regularmente.
Vamos saber mais sobre esse tipo de doença endócrina que é o mais comum entre as mulheres em idade reprodutiva?
O que caracteriza a Síndrome do Ovário Policístico?
Para fechar um diagnóstico de Síndrome do Ovário Policístico é necessário que a paciente apresente, pelo menos, duas das três características seguintes: aumento dos níveis de andrógenos (hormônios masculinos) no sangue ou aumento de pêlos e acne, a presença de vários cistos no ovário constatados por meio do ultrassom e anovulação ou irregularidade dos ciclos menstruais.
A obesidade e a resistência à insulina também estão fortemente associadas à SOP, levando à elevação dos níveis de glicose, que, por sua vez, propulsionam uma maior formação de andrógenos do que estrógenos. Além de aumentar o risco ao desenvolvimento de diabetes.
Por isso, hábitos como reduzir o consumo de carboidratos e gorduras e fazer atividades físicas podem ajudar a restabelecer a regularidade dos ciclos.
Como é tratada a SOP?
Como não há cura para a Síndrome do Ovário Policístico, o tratamento é focado em controlar os efeitos provocados pela desregulação hormonal. Sempre a medida inicial é a orientação nutricional e dietética; atividade física regular, com a finalidade de perda de peso e controle hormonal.
Para as mulheres que não desejam engravidar, anticoncepcionais podem ser recomendados.
Já para aquelas que pretendem ter filhos, a ovulação pode ser induzida com a administração de medicamentos. A partir daí, técnicas de reprodução assistida podem ser a saída para a realização deste sonho.
Quais técnicas de reprodução assistida podem ajudar mulheres portadoras de SOP?
A escolha da técnica de reprodução assistida mais adequada vai depender das características do casal.
Se o futuro papai não apresentar problemas de fertilidade e a futura mamãe conseguir ovular e possuir tubas uterinas pérvias, ainda que seja portadora de SOP, a relação sexual programada pode ser suficiente para que esse casal consiga conceber um bebê.
Para os casos em que o homem possui alguma alteração leve, a Inseminação Artificial pode ser a saída. Já para os quadros mais complexos ou para aqueles casais que já passaram por tentativas frustradas, a Fertilização in vitro pode ser a técnica que trará melhores resultados.
De toda forma, a pessoa mais indicada para definir qual a melhor intervenção é o seu médico. Portanto, se suspeitar dessa situação, procure-o.