O Anti-Mulleriano (AMH) é o hormônio produzido pelos folículos – estruturas que armazenam os óvulos dentro dos ovários.
A dosagem do Anti-Mulleriano (AMH) serve para mensurar a reserva ovariana ou, em outras palavras, a quantidade de óvulos que a mulher ainda dispõe.
Mas ele não tem relação direta com a fertilidade, ao contrário do que se acredita no senso comum. Da mesma forma, a dosagem desse hormônio também não se refere à qualidade dos óvulos, esse fator tem maior proporcionalidade à idade da mulher.
Vamos entender melhor a função desse hormônio e como a constatação sobre os seus níveis pode ajudar no tratamento de Reprodução Humana Assistida?
O que é o Hormônio Anti-Mulleriano (AMH) e quais níveis são esperados para conseguir uma gestação?
O Hormônio Anti-Mulleriano (AMH) é uma proteína produzida pelas células da granulosa dos folículos ovarianos em desenvolvimento.
Ele é um indicador da reserva ovariana de uma mulher, ou seja, a quantidade de óvulos que ela possui em seus ovários. Quanto mais alto for o nível de AMH, maior será a reserva ovariana.
Em tratamentos de reprodução assistida, como a fertilização in vitro (FIV) ou a inseminação artificial, o AMH é um importante indicador da resposta ovariana ao tratamento.
Isso ocorre porque os medicamentos utilizados nesses tratamentos visam estimular a ovulação e o sucesso do tratamento depende da quantidade e qualidade dos óvulos produzidos.
Esse exame não é obrigatório para as mulheres que passam por tratamentos de reprodução assistida, mas ele pode ajudar a ajustar a dosagem dos medicamentos estimulantes da ovulação. Os níveis desse hormônio podem ser interpretado da seguinte forma:
AMH> 3,5 ng/ml: resposta muito alta;
AMH entre 2,5 e 3,5 ng/ml: resposta alta;
AMH entre 1,0 e 2,5 ng/ml: resposta média;
AMH entre 0,16 e 1,0 ng/ml: resposta baixa;
AMH < 0,16 ng/ml: resposta muito baixa.
Mulheres com baixos níveis de AMH podem precisar de doses mais altas de medicamentos para estimular a ovulação, enquanto aquelas com níveis muito altos de AMH podem ter um risco maior de desenvolver a síndrome de hiperestimulação ovariana (SHO).
A fertilidade é uma propriedade que sofre interferência de vários pontos diferentes. Então, altos níveis de hormônio Anti-Mulleriano não significam que a mulher pode adiar os projetos de maternidade indefinidamente, da mesma forma que baixos níveis não são uma sentença de infertilidade.