Não é por que a mulher não consegue ovular que ela precisará desistir do sonho de gestar o seu bebê.
A ovodoação é um ato que envolve amor, solidariedade, altruísmo, empatia e tantos outros nobres sentimentos humanos que possibilitam mulheres inférteis a passarem pela experiência da gravidez.
Vamos entender melhor?
Por que nem todas as mulheres produzem óvulos?
Algumas condições podem comprometer a produção dos óvulos. A primeira, e mais comum, está associada ao avanço da idade, que é a má qualidade dos óvulos ou, até mesmo, a menopausa. Afinal, ao atingirem determinada idade, a reserva ovariana das mulheres começa a entrar em declínio.
Essa falência ovariana também pode acontecer prematuramente em mulheres jovens.
Outra razão que pode diminuir a capacidade de produzir gametas são as cirurgias, que podem ser por questões oncológicas, para tratar endometriose ou qualquer outro motivo que demande intervenções nos ovários. Tratamentos como quimioterapia também podemcausar esse mesmo efeito.
Problemas hormonais também podem atrapalhar o processo de liberação dos gametas.
Regras para ovodoação e ovorecepção
O Conselho Federal de Medicina (CFM) estabeleceu alguns critérios para que a doação de óvulos seja feita assegurando o seguimento de padrões éticos e que vise a saúde do futuro bebê. Entre eles estão:
- Idade: a doadora deve tar até 37 anos e a receptora até 50 anos.
- A doação não deverá ter finalidade comerciais ou lucrativas.
- A identidade de doadoras e receptoras deve ser mantida em sigilo.
- No caso de doação entre parentes, não pode haver consanguinidade. Sendo assim, o parentesco deverá ser a partir do quarto grau.
Além disso, a condição geral de saúde de ambas também é avaliada. Inclusive, com o recente surto de varíola dos macacos, a Anvisa publicou a Nota Técnica 34/2022 recomendando que a doação de gametas não seja realizada por quem apresentar indícios da doença.
O fenótipo de doadoras e receptoras também é levado em consideração.
Qual procedimento é feito?
O procedimento que possibilitará a implantação do embrião no útero da receptora é a Fertilização in Vitro (FiV).
Essa técnica já foi explicada em posts aqui no blog, mas, em resumo, ela permite que a união do espermatozoide do futuro papai com o óvulo da doadora seja realizada em laboratório, gerando, assim, um embrião.
Feito isto, esse embrião será transferido ao útero da receptora e futura gestante para que ela possa passar por toda a experiência da gravidez.