Quando um casal sem filhos não consegue engravidar após um ano de tentativas frequentes, dizemos que ele sofre de infertilidade primária.
Nos casos em que o casal já tem um ou mais filhos biológicos ou, até mesmo, para aqueles que passaram por um aborto espontâneo, e, agora, encontram problemas para engravidar novamente ou em manter a gravidez, chamamos essa condição de infertilidade secundária.
O momento para se procurar uma ajuda médica é o mesmo recomendado para a infertilidade primária, ou seja, após um ano de tentativas. Já para as mulheres acima dos 35 anos, esse tempo pode reduzir para seis meses.
Em geral, os exames solicitados para investigar as causas são iguais para os dois casos.
Esse problema pode acometer cerca de 10% dos casais. Essa estimativa é praticamente a mesma dos acometidos pela infertilidade primária. Mas nem sempre esse fato é percebido por quem já tem filhos, por presumirem que está tudo bem com o seu sistema reprodutor.
Então, vamos entender melhor quais as possíveis causas e quais fatores estão envolvidos nesse tipo de infertilidade?
Causas para a infertilidade secundária
A infertilidade secundária pode se apresentar tanto em casais que não tiveram dificuldades em gestações anteriores, quanto naqueles que precisaram de tratamento para conseguir conceber.
Em alguns casos, a infertilidade secundária pode ter as mesmas fontes que a primária, mas, em outros, novos fatores de risco podem se somar às razões primárias ou podem surgir causas inéditas.
Entre possíveis motivações estão:
- Desregulação hormonal que pode provocar síndromes que prejudicam a liberação de gametas ou outros processos fundamentais à concepção. Entre os sintomas estão a irregularidade dos ciclos menstruais, a amenorreia, que é a ausência de menstruação, e cólicas intensas.
- Disfunções no útero, nas trompas de falópio e/ou na ovulação. Obstruções podem surgir após infecções, cirurgias, endometriose, IST’s ou outros problemas.
- Complicações em partos pregressos, como aderências.
- Baixa reserva ovariana devido ao avanço da idade: isso se deve à queda da reserva ovariana, nas mulheres. Principalmente após os 35 anos, a qualidade e a quantidade de óvulos tendem a reduzir; assim como a qualidade e a motilidade dos espermatozoides também apresentam declínio com o passar dos anos. Ainda pode haver a menopausa precoce, em que a reserva ovariana reduz drasticamente antes do esperado.
- Baixa qualidade ou motilidade do espermatozoide: como já citado acima, o avanço da idade se torna um empecilho cada vez maior para homens e mulheres que desejam conceber filhos biológicos. Essas alterações mencionadas são identificadas por meio de espermogramas.
- Maus hábitos, como a falta de controle do peso, tabagismo e etilismo prejudicam homens e mulheres.
Diante do exposto, podemos concluir que tanto a maternidade quanto a paternidade tardias são fatores que contribuem para a infertilidade secundária, devido às alterações do sistema reprodutor que surgem com o decorrer do tempo, se originam de outros problemas de saúde ou de exposição a agentes tóxicos.
Em alguns casos é possível reverter a infertilidade tratando a doença primária causadora dessa condição, mas em outros podem ser necessários tratamentos de reprodução assistida. O médico indicará qual a melhor solução para cada caso.