As mudanças culturais e sociais vivenciadas na atualidade incentivam que as mulheres adiem cada vez mais seus planos de engravidar e serem mães. Com isso, soluções para a preservação da fertilidade dessas mulheres vêm sendo constantemente criadas e renovadas.
Por que é preciso buscar meios de preservar a fertilidade da mulher e como isso pode ser feito?
Não é novidade que as mulheres têm um relógio biológico diferente dos homens.
Elas nascem com uma quantidade limitada de óvulos que vão diminuindo a cada ciclo menstrual, até que chega um momento em que essa reserva ovariana se esgota; diferente dos homens que produzem seus gametas por, praticamente, toda a sua existência.
O auge da idade fértil feminina é por volta dos 18/20 anos, mas nessa faixa etária as prioridades não costumam envolver a maternidade. A sociedade atual incentiva muito mais que essa mulher invista seu tempo em estudo, trabalho, viagens, busca da independência financeira ou outros sonhos e acabe adiando os planos de ter filhos.
Quando essa mulher conclui esses objetivos, ela já pode se encontrar na casa dos 35/40 anos, época em que a sua reserva ovariana já se encontra em significativo declínio. Mas, antes que isso ocorra, ela pode recorrer ao congelamento de óvulos ou alguma outra técnica disponibilizada pela Reprodução Humana Assistida.
Quais técnicas podem ajudar as mulheres a preservarem a sua fertilidade?
Apesar das técnicas de preservação da fertilidade feminina serem muito conhecidas por ajudarem a prevenir os problemas de fertilidade associados ao envelhecimento, elas também podem ser utilizadas por outros motivos.
Pacientes oncológicas, por exemplo, podem se resguardar quanto à sua fertilidade antes de se submeterem a tratamentos cirúrgicos ou quimioterápicos. Para isso, ela pode pode congelar seus óvulos ou o seu tecido ovariano.
Congelamento de óvulos
O congelamento de óvulos, também conhecido como criopreservação de óvulos, tornou-se uma opção viável para mulheres que desejam adiar a gravidez por motivos pessoais ou médicos.
Os óvulos são coletados e congelados em uma idade mais jovem, preferencialmente antes dos 35, quando estão em melhor qualidade, para serem utilizados posteriormente quando a mulher estiver pronta para engravidar.
Nessa técnica, os óvulos preservam as propriedades que possuíam no momento em que foram congelados, ficando preservados dos impactos provocados pelo envelhecimento.
Isso permite que as mulheres tenham mais controle sobre o momento em que desejam ter filhos, mesmo que escolham adiar a maternidade.
Congelamento de tecido ovariano
O congelamento de tecido ovariano é um recurso geralmente recomendado para situações mais específicas. Pacientes oncológicas que ainda não entraram na puberdade, por exemplo, podem conservar o tecido dos seus ovários e reimplantá-lo quando finalizar o tratamento e estiverem aptas a engravidar.