A nossa herança genética vai determinar diversas características. Entre elas estão alguns aspectos ligados à nossa capacidade reprodutiva. Um exemplo disso é que pessoas que têm gemelares na família estão mais propensas a terem gestações desse mesmo tipo.
Outra situação, ligada às características reprodutivas, tem a ver com a infertilidade. Algumas pessoas podem herdar genes que predisponham certas doenças prejudiciais à fertilidade, como a endometriose e alterações em estruturas do sistema reprodutor, nas mulheres; e, nos homens, pode ocorrer problemas como varicocele e azoospermia.
Vamos saber mais?
Qual a incidência de infertilidade na população mundial?
A estimativa, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é que 15%da população mundial seja inféritil.
A infertilidade ocorre, como já abordado em diversos textos anteriores, quando um casal realiza tentativas frequentes de engravidar durante um período de um ano, mas não consegue alcançar seu objetivo.
Ela pode ocorrer por razões femininas, masculinas ou do casal. Ainda há aquelas situações em que os motivos não são descobertos. Isso acontece em 10% dos casais inférteis.
Alguns problemas fisiológicos que afetam a fertilidade e podem ter origens genéticas
Entre 1 e 2% das pessoas diagnosticadas com problemas de fertilidade desenvolvem essa condição devido a características genéticas.
Mulheres que têm mães e irmãs com ovários policísticos estão mais propensas a também terem essa mesma síndrome.
Da mesma forma, a endometriose, que é caracterizada pelo crescimento do tecido que reveste o útero fora do seu local, também tem mais tendência de acontecer em parentes de primeiro grau.
Nos homens, a azoospermia, ou a ausência completa de espermatozoides pode acontecer devido a características genéticas herdadas.
Homens e mulheres podem nascer com predisposição genética para terem menopausa ou andropausa precoce, ou mesmo com uma tendência à insuficiência ovariana, no caso delas.
Como saber se fui acometido (a) por algum desses problemas?
Nem sempre essas enfermidades manifestam sintomas. Mas, se houver suspeitas, o primeiro passo é procurar um médico.
Para os homens, pode ser solicitado um espermograma, por exemplo, que, do ponto de vista da medicina reprodutiva, é o exame mais importante a ser feito neles.
Ele vai ajudar a descobrir, por meio da avaliação da quantidade e da qualidade dos espermatozoides coletados na amostra, se esse homem sofre de azoospermia.
Para elas, é importante realizar exames de imagem, como a ultrassonografia transvaginal, além de exames laboratoriais.