Apesar de a infertilidade ser caracterizada por frequentes tentativas de engravidar durante o período de um ano, alguns exames básicos podem começar a ser feitos antes mesmo de se atingir esse prazo.
Eles vão indicar se há algum problema que esteja impedindo a fecundação ou se o casal deve continuar tentando engravidar de forma natural por, pelo menos, mais algum tempo.
Quais são os exames mais básicos para confirmar se está tudo bem com a saúde reprodutiva do homem e da mulher?
Antigamente, a infertilidade era um problema irreversível, mas, agora, a medicina reprodutiva permite que certas alterações do sistema reprodutor sejam corrigidas e o sonho de ser pai ou mãe possa ser alcançado.
O principal exame a ser feito pelos homens é o espermograma. Ele dirá se a quantidade e a qualidade de espermatozoides expelidos na ejaculação são suficientes para chegar às trompas.
Já para as mulheres, é importante realizar uma histerossalpingografia, para indicar a perviedade das trompas, e o exame do hormônio anti-mulleriano, que vai apontar o quão boa está a reserva ovariana da futura mamãe.
Se eles apresentarem resultados normais, as tentativas podem prosseguir. Se, ainda assim, a visita da cegonha não chegar após um ano, exames mais complexos podem começar a ser solicitados. Em grande parte dos casos as causas da infertilidade são identificadas e tratadas.
Além disso, há outros fatores que também podem interferir na fertilidade e merecem atenção.
Hábitos e fertilidade
O peso e o estilo de vida são fatores que influenciam a fertilidade. Então, ao se iniciar os preparativos para as tentativas de engravidar, deve-se atentar ao excesso de magreza ou obesidade; ao tabagismo; alcoolismo; sedentarismo; e, claro, suspender os métodos anticoncepcionais, dormir bem e evitar o estresse.
Quando as causas da infertilidade não conseguem ser revertidas, entra em cena a reprodução assistida. Suas técnicas vão ajudar casais a gerar seus filhos biológicos, o que parecia impossível de acontecer diante dos percalços que os levaram a procurar uma ajuda especializada.
Como a medicina reprodutiva pode ajudar?
As origens da infertilidade são bem distribuídas. Sendo que 30% envolvem fatores masculinos, outros 30% femininos, 30% fatores mistos, ou seja, que pertencem ao casal e não a um só membro, e em 10% as causas não conseguem ser identificadas.
A escolha do tratamento vai depender das causas da infertilidade. Entre os recursos mais conhecidos e aplicados estão:
• Coito programado: que é a indução da ovulação por meio da aplicação de hormônios na mulher e monitoramento da ovulação com consecutivos exames de ultrassonografia. Isto é feito para indicar o momento mais propício para realizar as tentativas.
• Inseminação artificial: nela, também há a estimulação ovariana, porém, em vez do casal namorar para que a concepção ocorra naturalmente, é feita a coleta do sêmen e a seleção dos melhores espermatozoides em laboratório para que esse material seja depositado diretamente no útero. Ainda há a possiblidade de recorrer ao sêmen de um doador, quando os gametas do homem do casal são inviáveis ou quando a mulher opta por uma reprodução independente.
• Fertilização in vitro (FiV): a FiV é um procedimento mais complexo. As etapas de estimulação e coleta seminal são iguais às descritas anteriormente. Porém, a fecundação dos gametas é feita em laboratório, o que permite a observação da maturação do embrião e a escolha daqueles que estão mais aptos a se tornarem bebês saudáveis.
Ainda há condições em que os tratamentos de reprodução assistida são preventivos. Algumas situações em que as pessoas podem recorrer à preservação da fertilidade envolvem o adiamento da maternidade e pacientes oncológicos que correm o risco de perder a sua capacidade reprodutiva após o tratamento.