A Fertilização in Vitro (FiV) é uma das mais importantes técnicas de reprodução humana. Afinal, por meio dela, muitas pessoas com algum problema de fertilidade conseguem realizar o sonho da paternidade ou maternidade.
Mas esse procedimento não é realizado do dia para a noite. Muitas etapas fundamentais antecedem a FiV.
É essa preparação para o procedimento que vai ajudar no seu sucesso.
Vamos entender melhor como isso acontece?
Exames que antecedem o tratamento
Antes de se realizar a FIV é preciso esmiuçar as condições clínicas dos envolvidos.
Nessa etapa, os exames realizados visam subsidiar a escolha da técnica mais adequada para o caso em questão.
A avaliação sorológica, tanto do homem quanto da mulher, é feita por meio de testes como os de HIV, sífilis, hepatite B e C, rubéola e toxoplasmose.
Para ambos, também busca-se contatar se há alterações metabólicas e hormonais.
O exame mais comum para os homens realizarem é o espermograma. Sua finalidade é mensurar se a quantidade e a qualidade de espermatozoides expelidos na ejaculação estão adequadas.
Adicionalmente, pode ser solicitada a análise do índice de fragmentação de DNA espermático.
Nas mulheres, costuma ser necessária uma variedade maior de exames.
Entre aqueles que são solicitados mais frequentemente está a histerossalpingografia e a ultrassonografia transvaginal.
Esses exames de imagem vão ajudar a avaliar a integridade das estruturas que compõem o sistema reprodutor feminino. A normalidade das trompas de falópio é um dos itens observados por meio desse tipo de recurso.
O teste anti-mulleriano também é realizado corriqueiramente, uma vez que ele ajuda a determinar se a reserva ovariana está em níveis adequados.
Coleta de gametas
Superada essa fase de exames, pode-se partir para o tratamento de fato.
Ele se inicia com a estimulação ovariana feita com o auxílio de medicamentos hormonais.
Esses medicamentos vão fazer com que mais folículos amadureçam e, consequentemente, mais óvulos sejam liberados por ciclo.
O amadurecimento folicular é acompanhado por meio de exames de ultrassom. Com isso, o médico conseguirá identificar o momento ideal para realizar a coleta dos óvulos.
Nesse momento, pode-se coletar também o sêmen.
Com esses dois materiais em mãos, o profissional poderá efetivar a fertilização em laboratório.
Os embriões amadurecem em um ambiente controlado e, quando o médico e sua equipe identificar que chegou a hora certa, ele será transferido para o útero da mulher.
Algumas mudanças necessárias ao tratamento
Em relação à alimentação, recomenda-se que ela seja equilibrada para não prejudicar a saúde da futura gestante. É importante manter-se bem hidratada e não consumir ultraprocessados, principalmente.
Álcool, tabaco precisam ser evitados e medicamentos devem ser consumidos conforme a orientação médica.
As atividades físicas precisam ser mantidas, mas com moderação. Aquelas que exigem muito esforço podem ser prejudiciais.
É importante lembrar que as medicações também podem causar alguns efeitos, como retenção de líquido, mas que costumam desaparecer quando finaliza o tratamento. Se houver alterações mais graves, o médico precisa ser consultado.