Após passar por quase todo o processo de reprodução humana assistida, que vai desde os exames preliminares, passa pela coleta do material genético do homem e da mulher até chegar no momento de transferência do embrião para o útero, o que o casal mais deseja é que esse embrião se implante e evolua para um gestação.
Mas nem sempre isso acontece. Em alguns casos essa falha na implantação acontece por diversas vezes seguidas.
Vamos conhecer alguns motivos para que isso aconteça?
Movimentação da janela de implantação
A transferência do embrião para o útero da mulher não é feita a qualquer momento. O médico identifica o período, também chamado de janela de implantação, em que o organismo dessa futura gestante estará mais propício para que a implantação aconteça.
Contudo, alterações hormonais podem reduzir a receptividade do endométrio ao embrião.
Alterações no útero
Algumas doenças e malformações no útero podem dificultar o processo de implantação embrionária. A boa notícia é que boa parte delas são facilmente identificadas e podem ser tratadas.
Problemas como pólipos, miomas, deformidades anatômicas e endometriose podem comprometer a cavidade uterina e o endométrio, prejudicando a implantação do embrião.
Problemas hormonais
A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) é um exemplo de uma condição que está fortemente ligada a problemas hormonais.
Hormônios como o TSH, prolactina, progesterona e testosterona estão diretamente ligados à fertilidade do casal e a sua desregulação pode resultar em problemas de reprodução e diminuir as chances de implantação do embrião.
Trombofilias
Os coágulos característicos das trombofilias são empecilhos para o transporte adequados de nutrientes e oxigênio, o que acaba prejudicando a implantação do embrião.
Questões imunológicas
Quando há incompatibilidade do sistema imunológico materno com o embrião, o organismo da mulher pode identificá-lo como um agente agressor e expulsá-lo.
Fatores genéticos
O número normal de cromossomos esperado em um embrião é 46: 23 cromossomos originários do pai e os outros 23 da mãe. Quando isso acontece, esse embrião é chamado de euplóide.
Mas anomalias cromossômicas podem ocorrer, o embrião pode ter um número maior ou menor de cromossomos que o normal. Isso é chamado de aneuploidia.
Em alguns casos, o embrião aneuplóide consegue se implantar e se tornar um bebê, que pode nascer com alguma síndrome, como a Síndrome de Down. Mas, em outros, essa anomalia é incompatível com a vida e o organismo interrompe o processo de implantação ou mesmo a gestação.
Uma das principais causas para isso é a idade materna avançada.
Outros fatores
O tabagismo e a obesidade são outros fatores que contribuem para a não implantação do embrião. Por isso, são feitos exames que avaliam o quadro geral de saúde da futura gestante e as recomendações necessárias são feitas para que o organismo esteja preparado para receber o embrião.