A Fertilização in Vitro (FIV) é um recurso da Reprodução Assistida que permite casais inférteis a realizarem o sonho da paternidade.
Esse procedimento é dividido em diversas etapas, sendo a coleta de óvulos uma delas.
Vamos saber todos os detalhes desse procedimento?
Qual o perfil das mulheres que são submetidas a esse procedimento?
Nem toda mulher ou casal que sofre com algum problema de fertilidade precisará passar pela coleta de óvulos, afinal há tratamentos que não demandam esta etapa, como o coito programado.
Contudo, em diversos outros casos, essa etapa é uma das mais importantes para o tratamento.
Um exemplo é o caso de mulheres férteis que, por algum motivo, desejam adiar a maternidade ou precisam retirar os ovários. Elas podem recorrer ao congelamento de óvulos. Essa precaução permitirá que os seus gametas sejam preservados e que a idade não seja um fator que se torne tão expressivo, quando decidir ter filhos.
Assim, o médico coletará os seus óvulos e os manterá criopreservados até que ela chegue à conclusão que já está pronta para ter um bebê.
De forma parecida, mulheres que desejam uma produção independente ou casais homoafetivos podem ter o seu material genético coletado para que a fecundação seja realizada em laboratório.
Um terceiro caso é o de casais hétero que sofrem de infertilidade e têm indicação para a realização da FiV.
Como funciona o preparo para a coleta de óvulos?
Logo no início do tratamento, o médico solicitará exames que atestem a boa qualidade dos óvulos.
Ao superar essas questões clínicas, os próximos passos serão os seguintes:
Estimulação ovariana
Na estimulação ovariana, o médico prescreverá medicamentos hormonais que impulsionarão a seleção dos e óvulos disponibilizados pela seleção natural ovariana.
Acompanhamento da maturação folicular
Após a estimulação ovariana, o médico acompanhará o amadurecimento dos folículos por meio de exames de ultrassom realizados a cada 2 ou 3 dias.
Quando o médico identificar que os folículos estão maduros o suficiente, ele marcará a punção ovariana, que é o que permitirá a coleta de óvulos.
Como a punção ovariana acontece?
A punção ovariana, apesar de ser um procedimento considerado simples, acontece em centro cirúrgico por necessitar de sedação. Sendo assim, o jejum é um dos requisitos preparatórios.
O tempo médio de duração da coleta é de 20 minutos.
A sedação
A sedação se faz necessária pois a picada da agulha ou o movimento de punção no ovário podem causar alguma dor ou incômodo.
A fim de se evitar esse desconforto e dar maior segurança ao procedimento, a punção é feita com a paciente adormecida. Por isso, é necessária a presença de um anestesista durante a sua realização.
A punção
O procedimento é realizado através da aspiração do conteúdo dos folículos ovarianos através de um aparelho com sucção. O procedimento é realizado sem cortes ou pontos.
O material é enviado contendo os óvulos e é levado ao laboratório para ser analisado.
A análise
Com a chegada desse material ao laboratório, o profissional analisa as células colhidas e seleciona o material que será congelado.
Assim, a coleta de óvulos chega ao fim.
O que fazer após o procedimento?
Como a punção ovariana exige sedação, é necessário que a paciente fique em repouso no dia do procedimento. Podendo retornar à rotina no dia seguinte.
Em alguns casos, pode haver leve sangramento ou desconforto abdominal Para eles, seu médico fornecerá os sintomáticos necessários.
A continuidade do procedimento vai depender do objetivo para o qual a coleta foi realizada. Portanto, esse óvulo pode ser colocado em criopreservação, para ser utilizado no futuro, ou ele pode seguir para a fertilização.