A Fertilização in vitro (FiV) é um dos recursos recomendados para casais que tentam engravidar há mais de um ano, e não obtêm sucesso.
Ela consiste na fecundação do espermatozoide dentro do óvulo em ambiente laboratorial e posterior inserção desse embrião diretamente no útero da mulher.
Por não se dar de forma natural, algumas especulações podem rodear este tema. E uma das principais está relacionada à possibilidade desse método interferir negativamente na qualidade da gravidez e ocasionar o nascimento prematuro do bebê.
Vale ressaltar que os fatores que podem promover riscos a esse tipo de gestação são os mesmos apresentados quando a concepção acontece naturalmente.
Então, vamos conhecer alguns pontos que podem contribuir para a antecipação do parto, independentemente da forma como ocorreu a fecundação.
O que pode ser desfavorável para o andamento da gravidez?
É considerado como parto prematuro aquele que acontece antes de completar 37 semanas de gestação. Sabendo disso, aquelas mulheres que têm esse histórico de gestações com partos prematuros anteriores recebem cuidados redobrados. A gestação múltipla é também grande causa de prematuridade.
Somado a isso, um dos mais evidentes motivos de atenção está ligado às condições de saúde da mãe. A hipertensão, por exemplo, pode provocar um quadro de pré-eclâmpsia e prejudicar o desenvolvimento do feto.
Outras características fisiológicas maternas, como malformação uterina, miomas ou excesso de líquido amniótico se unem aos aspectos que representam desvantagem para a progressão da gestação. Contudo, não determinam o seu insucesso.
Os hábitos da mãe também devem ser observados, uma vez que estão claramente conectados à saúde do bebê.
Portanto, a suspensão do uso de álcool, tabaco, drogas ilícitas e de determinados medicamentos é primordial para evitar problemas.
A faixa etária materna é outro dos fatores de risco para a prematuridade. Mulheres com menos de 16 anos e as acima de 36 estão nos extremos do período reprodutivo, o que significa que o corpo não está tão apto à gestação.
Agora que já temos uma noção do que pode atrapalhar o bom andamento da gravidez, vamos ao que pode favorecer.
Como aumentar as chances de sucesso da gestação?
Apesar de a gravidez não ser uma doença, ela representa um momento em que há a necessidade de alguns ajustes na rotina e no estilo de vida das futuras mamães que esperam passar por essa experiência da melhor forma possível.
Então, o acompanhamento do pré-natal é o primeiro evento a ser inserido na agenda da gestante. As consultas periódicas com profissionais qualificados representam o principal artifício para prevenção de complicações.
Nelas, serão passadas as orientações que envolvem alimentação, atividades físicas, sobre os comportamentos que favorecem ou atrapalham esse período; além do acompanhamento, é claro, da saúde da gestante e seu bebê.
A alimentação balanceada também é um aspecto importante, pois ela fornecerá a quantidade certa de nutrientes para o bebê e sua mamãe.
Alguns tipos de dieta, como a mediterrânea, são recomendados, mas isso será definido pelo seu médico.
Os exercícios moderados estão inclusos nesta lista de bons comportamentos. Eles vão ajudar a evitar ganho excessivo de peso, a retomar o corpo mais rapidamente após o nascimento e facilitar o trabalho de parto.
Nesse ponto também convém seguir àquela máxima de evitar os extremos: tanto o sedentarismo quanto atividades intensas devem ser evitadas.
No decorrer deste texto, pudemos perceber que a utilização da FIV como meio de concepção não potencializa as chances de um parto prematuro ocorrer quando comparadas àquelas concebidas de forma natural.
Os fatores de risco são os mesmos para os dois casos e estão relacionados ao histórico de saúde dos pais e ao estilo de vida.
Mas, se ainda restar alguma dúvida sobre a segurança do procedimento, o melhor caminho é sempre buscar um especialista para conhecer os prós e contras para o seu caso em específico.