Você já tinha ouvido falar da clamídia? Ela é uma infecção sexualmente transmissível (IST) bastante comum, causada por infecção pela bactéria Chlamydia trachomatis. Ela é facilmente tratada com antibióticos, contudo, pode se espalhar rapidamente. Isso porque, muitas das vezes, é assintomática, o que dificulta o diagnóstico precoce. Quer saber mais? Continue lendo este artigo!
Sobre a clamídia
Anualmente, a clamídia é responsável por mais de 376 milhões de novos casos em todo o mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), e é considerada uma das ISTs curáveis, junto com a gonorreia, a tricomoníase e a sífilis.
Em nosso país, não há dados de infectados com a clamídia, tendo em vista que não é uma doença de notificação obrigatória. O que se pode afirmar é que a maioria dos casos ocorre em jovens com idade entre 15 e 24 anos.
Em termos gerais, a patologia causa infecção aos órgãos genitais. Contudo, pode atingir a garganta, os olhos e, em alguns casos, pode chegar até a faringe, causando problemas pulmonares.
Transmissão
A transmissão ocorre por meio do sexo sem proteção, seja ele vaginal, anal ou oral. Além disso, também pode acontecer de a mãe passar para o bebê durante a gravidez, parto ou amamentação. Caso a infecção seja transmitida para o bebê, pode causar conjuntivite ou pneumonia. O período de incubação é de aproximadamente 15 dias. É nesse período que pode acontecer o contágio.
Sintomas
De modo geral, a clamídia é assintomática, por isso, a maioria das pessoas somente procuram assistência médica quando as complicações se manifestam. Porém, em alguns casos, existe a presença de leves sintomas.
Entre eles, um corrimento parecido com clara de ovo, dor ao urinar e nas relações sexuais, sangramento, muita vontade de ir ao banheiro e, no caso dos homens, dor nos testículos.
Mesmo assim, mulheres contaminadas podem não apresentar nenhum sintoma e a doença acaba atingindo útero e trompas, provocando uma infecção que atrapalha a gravidez e pode até causar infertilidade.
Consequência da doença em mulheres
As infecções por clamídia em mulheres podem levar a consequências graves: doença inflamatória pélvica (DIP), infertilidade (em decorrência de alterações nas tubas uterinas pela clamídia), gravidez ectópica e dor pélvica crônica, por exemplo.
Além disso, se não for devidamente tratada, pode aumentar a suscetibilidade a outras infecções sexualmente transmissívels e a infecção durante a gravidez aumenta o risco de aborto, natimorto e parto prematuro.
Tratamento
O tratamento para a doença é realizado por meio de antibióticos e, assim, a infecção é curada. Porém, é preciso salientar que as medidas só devem ser tomadas depois da realização de exames e indicação do médico.
É crucial que o casal seja tratado de forma conjunta para que não haja uma nova transmissão entre eles. Durante o período de infecção, o ideal é usar preservativo ou suspender as relações sexuais por 7 dias. Se o tratamento for realizado corretamente, é possível acabar de vez com a bactéria.
Se a doença levar à infertilidade, ainda existem as técnicas de reprodução assistida para ajudar a reverter o quadro. Os procedimentos englobam tratamentos de baixa e alta complexidade. Entre eles, temos a relação sexual programada, a inseminação artificial e a fertilização in vitro.
Prevenção
Para evitar consequências mais graves, é preciso focar na prevenção. A camisinha, um dos melhores métodos contraceptivos de que dispomos, está disponível nos postos de saúde de forma gratuita, tanto para homens quanto para mulheres. O preservativo ainda é a melhor solução para prevenir e, somando-se a ele, é essencial fazer exames frequentes a fim de averiguar se existem bactérias ou infecções transmissíveis no organismo.
Em síntese, a clamídia é só um dos motivos para que você mantenha suas consultas urológicas em dia e entenda a importância do preservativo nas relações sexuais. Cuide-se!